Constantino ainda destaca que clube conseguiu aumentar limite e prazo para inscrições de atletas Paulo Uchôa/LeiaJáImagens/Arquivo

O aumento de cotas da Série B para esta temporada é tratado como uma vitória para o Santa Cruz. O clube esteve entre o grupo que foi conversar com a CBF visando uma melhor distribuição de receita entre as equipes da disputa. Para o tricolor, que sai de uma realidade financeira na qual recebia R$ 23 milhões na Série A para outra onde há uma queda brusca (inicialmente orçada em R$ 5,2 milhões), os R$ 6,2 milhões conquistados são vistos como uma maneira de manter as contas estabilizadas.

O vice-presidente do clube, Constantino Júnior, comenta que essa foi uma ação capitaneada pelas equipes rebaixadas para a Série B, mas que visa o bem de todos os clubes e até a maior competitividade na segunda divisão em busca de melhor posicionamento. “Já havia existido duas reuniões entre Santa, América Mineiro e Figueirense. Estávamos junto com eles capitaneando um processo que contemplasse uma distribuição de cotas mais justa e não desigual como a Série A, que contemplasse quem cai, porque quando você cai a despesa é grande e você vai para uma nova realidade. É preciso colocar o trem nos trilhos e a gente montou uma estratégia que foi boa para o Santa, para o Náutico e para deixar a Série B motivada até o final”, declarou o dirigente.

Para ele, o novo modelo faz com que as equipes almejem melhores posicionamentos até a última rodada. “Geralmente quem fica ali no meio da tabela não tem mais ambição. Agora vão passa a ter mais responsabilidade pelos recursos que ficarão disponíveis. Vão ser jogos encarados como final porque uma vitória na última rodada pode te levar da 15ª para a 9ª colocação e isso fará uma diferença grande. Vai dar mais motivação. Nenhuma equipe vai entregar os pontos antes”, analisa Constantino.

A nova distribuição de cotas não foi a única das propostas corais acatadas na CBF, segundo o vice-presidente, o clube também conseguiu aumentar o limite e o prazo de inscrições para a Série B no conselho técnico. “A CBF estava propondo limitar a inscrição em 33 atletas, mas o Santa colocou que fosse 40 porque sabemos que o mercado de Série A se alimenta muito da Série B, então é importante que se tenha o controle dessas inscrições. Pesou também a situação de inscrição. A CBF estava propondo que fosse ate a 22ª rodada igualando com a Série A, mas propomos que fosse ate a 25ª porque como a Série A vai vim buscar jogadores na Série B e como não se tem poderio financeiro para disputar, a Série B vai ter que buscar em outras séries. Isso vai necessitar de maior tempo”, complementou sobre a participação coral no conselho técnico.

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