O tempo fechou no Náutico. Nesta quinta-feira (27), os jogadores alvirrubros não subiram ao gramado do Centro de Treinamento Wilson Campos para o treino da tarde e convocaram a imprensa para anunciar a greve por atraso de salários, no tocante aos direitos de imagem. Mais experiente do elenco, o meia Marco Antônio foi porta-voz do grupo que se sentiu na necessidade de justificar o protesto para o público.

"Em nome de todos os jogadores e funcionários, queremos deixar claro o que se passou. Até esse último fim de semana, a gente tentou com todas as forças classificar o time e agora que acabou o campeonato, esperávamos uma posição da diretoria", disse.

Segundo o camisa 10, alguns diretores do Timbu já falam publicamente sobre contratações para a disputa da Série B, sem ter resolvido a situação dos jogadores que estão no clube. "Estamos querendo ver que vão fazer sobre nossos salários. Vemos notícias de contratações, trazer outros jogadores e nós aqui estamos em uma situação dificílima. Estamos pagando dentro de campo por tudo que acontece fora, mas queremos deixar claro ao torcedor que não deixamos de estar empenhados em momento algum", contou.

Com o clube passando por uma situação complicada nos bastidores, já que a comissão patrimonial não tem se entendido com a diretoria executiva e algumas disputas internas, os atletas esperam que tudo fique de lado pelo bem do clube. "A gente espera que a política fique de lado, todos pensem no melhor para o clube que amam, para que as coisas possam funcionar e termos todos vestindo a camisa com orgulho, trabalhando em prol do Náutico", finalizou Marco Antônio.

Segundo os atletas presentes na coletiva, a greve irá durar até que o presidente do Náutico, Ivan Brondi, se posicione quanto aos pagamentos de atrasados que supostamente beira os seis meses sem receber pelos direitos de imagem.

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