Roberto: 'Tínhamos a faca e o queijo na mão para empatar'
Treinador viu um Náutico igual em campo contra o Ceará e acredita que time perdeu nos detalhes
Mesmo equilibrando o duelo e criando excelentes oportunidades no segundo tempo, o Timbu vacilou na partida contra o Ceará. O erro no gol de Lima e o pênalti perdido por Giovanni custaram ao menos um empate ao Náutico e a distância para sair da zona do rebaixamento pode aumentar ao fim da rodada. São os lances que não podem ocorrer, especialmente contra times que lutam no outro extremo da tabela.
"É complicado. O Náutico fez um bom jogo, conseguimos ser competitivos contra uma equipe que briga a passos largos pelo acesso. A diferença na tabela não foi traduzida em campo. Durante muito tempo na partida, o jogo foi igual. O meio de campo do Ceará é de se tirar o chapéu, muita qualidade técnica individual e organização", disse o técnico Roberto Fernandes.
Com 10 dias até o próximo compromisso na Série B, o comandante sabe que precisa trabalhar. Ainda mais da forma que ele vê o campeonato. Para Roberto, a vitória longe de Recife está ficando próxima, mas o objetivo principal é fazer do alvirrubro, um time implacável em seus domínios. "Tenho certeza, nesse campeonato você escapa da degola sendo mandante. Por outro lado, acredito que estamos próximos de conquistar uma vitória fora de casa. Enfrentamos equipes do G4, que não são maiores ou mais tradicionais que nós, contudo fazem um campeonato muito maior que o nosso", contou.
No confronto da noite, o treinador ficou incomodado com as falhas, contudo sabe que o futebol é imprevisível, então preferiu não cravar que a vitória viria se o camisa 10 convertesse a penalidade. "O que mais fez falta foi a gente não marcar o gol. Se via sinais de preocupação real do Ceará de não perder o resultado. Houve um pênalti, que até questiono se não cabia expulsão. Tínhamos a faca e o queijo na mão para empatar. Se viria a reverter o placar depois, é suposição", comentou.
Reforços
Dentre os assuntos da coletiva, o tema contratações voltou à mesa. Com as saídas de Tiago Cardoso e Erick, a necessidade de reforçar o elenco aumentou e o tempo para fechar os negócios é curto. O comandante alvirrubro ainda não tem certeza de onde virão essas peças, e fala da dificuldade em que o clube se encontra, por isso, está procurando características específicas com uma condição em mente: o jogador precisa chegar pronto para jogar.
"Tudo que temos, analisado com a diretoria, é muito importante para que qualquer jogador venha apto a jogar. Não temos tempo de contratar um jogador no perfil do William. Vai nos ajudar, mas precisa de tempo para condicionar. Acho muito difícil alguém da Série A, ou custa caro, ou o atleta não quer vir. É um perfil muito direcionado, alguém que enxergue a vinda ao Náutico como a chance da vida, de evitar o rebaixamento e alavancar sua carreira", cravou.
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