Técnico aponta falta de confiança e cobra da arbitragem

Segundo Martelotte, é o terceiro jogo seguido em que o time acaba prejudicado em um lance decisivo

por Renato Torres sab, 07/10/2017 - 22:01
Rafael Bandeira/LeiaJáImagens Santa Cruz agora está a cinco pontos do primeiro time fora do Z4 Rafael Bandeira/LeiaJáImagens

A situação do Santa Cruz ficou feia na Série B com a derrota neste sábado (7), no Arruda. Mesmo tendo dominado as ações no segundo tempo, o tricolor teve um gol anulado e viu Matheusinho, mais uma vez, decidir a parada para o América-MG. Para complicar ainda mais, o Luverdense venceu o Figueirense e aumentou a distância para a Cobra Coral que agora é de cinco pontos. Não é de se estranhar que o treinador esteja sentindo o time menos confiante, algo que ele já enfrentou no início da temporada.

"Era um resultado que a gente não esperava. Sabíamos da dificuldade do jogo, mas entramos conscientes de que poderíamos buscar o resultado. Entendo que tivemos uma atuação melhor que o adversário, tivemos as chances mais claras, a posse da bola, jogamos dentro do campo do adversário. Não soubemos transformar isso em um placar que nesse momento é o que pesa, essa derrota foi grande, em casa e precisávamos vencer. Agora é recuperar a confiança dos jogadores e esse trabalho já começou nos vestiários", contou Marcelo Martelotte.

Foi nessa tecla, do fator emocional, que o comandante tricolor mais viu dificuldades. Ainda mais para os homens da frente que vivem um momento de escassez de gols. "É confiança, qualidade existe. Esses jogadores seriam titulares em outras equipes porque têm qualidade para isso. Estamos tentando, colocando todos para jogar e continuamos com dificuldade por causa da confiança. Isso tem um peso maior quando se fala em criação e finalização. O time vem bem, criando algumas jogadas, trabalhando bola e, infelizmente, não transforma em gols. É o aspecto emocional que mais pesa", afirmou.

Estacionado nos 29 pontos, com cinco a menos que o primeiro time fora, o torcedor do Santa já está fazendo as contas para evitar a queda. Martelotte prefere não entrar na onda, pois acredita que mais para frente, será algo mais concreto. "A matemática não é tão redonda para fazer previsão. Todos trabalham com uma margem sempre para mais. O número é 45, porém já se escapou com menos, e com mais. Pelo momento, não sei onde se pode chegar. Temos que encarar cada rodada como decisiva e parar de fazer conta, o importante é voltar a vencer para, lá na frente, buscar esse número", disse o técnico.

Apesar de não ter o costume de criticar a arbitragem, Marcelo não quis deixar passar o gol legal marcado por Anderson Salles que foi anulado no segundo tempo. Preferindo não focar no lance específico, ele fez um questionamento mais geral, citando outros lances das últimas rodadas que considerou decisivos para os resultados ruins em sequência.

"Não temos bola de cristal, mas seria diferente porque sairíamos na frente. A bola que bateu na mão do Londrina, em Porto Alegre e o impedimento de hoje, são lances difíceis e decisivos, todos dados contra nós. Três situações que pesam na nossa ocasião. Não sei se mudaria a história do jogo, o que falo é dos lances duvidosos, difíceis, apitados contra nós. Quando se repete, a gente precisa falar, mesmo não gostando. Hoje pode ter sido o menos duvidoso, o Anderson veio de trás e tinha vários atletas na mesma linha, em um bom momento nosso", destacou.

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