Paysandu atropela o Remo e instaura crise no Baenão
Anotou a placa? No primeiro Re x Pa do ano, no Mangueirão, em Belém, o time bicolor venceu por 3 a 0 e se vingou da série de quatro derrotas seguidas para o maior rival.
Pela quarta rodada do Parazão 2019, no estádio Mangueirão, o Paysandu venceu o Remo por 3 a 0, neste domingo (17). Ainda engasgado com as quatro derrotas para o maior rival na temporada passada, o Papão da Curuzu buscava se vingar dessa sequência. Já o Remo, além de manter o tabu, tentava apaziguar os ânimos da eliminação para o Serra (ES), na Copa do Brasil, na última quarta-feira.
Com as fortes chuvas ocorridas durante o dia, o gramado estava pesado, atrapalhando o toque de bola dos times. A primeira grande chance foi do Paysandu. Aos 4 minutos, Bruno Collaço lançou a bola para Vinicius Leite, que saiu em diagonal e chutou para uma boa defesa do goleiro Vinicius. Aos 12 minutos, a bola aérea, assim como na quarta-feira, voltaria a castigar o Leão. Leandro Lima bateu o escanteio na cabeça de Caíque Oliveira, que testou sozinho. Vinicius defendeu e na sobra Keven foi tentar cortar a bola mas acabou chutando em cima de Rafael Jensen. A bola pegou no zagueiro e entrou. Paysandu 1 a 0.
O desacerto da zaga remista começou cedo. Aos 4 minutos, o zagueiro Mimica torceu o tornozelo e teve que ser substituído por Keven, de 18 anos. Depois da partida, os médicos remistas confirmaram uma fratura e Mimica será operado nesta segunda-feira (18). O Remo vai ficar sem seu principal jogador de defesa por três meses.
O domínio bicolor era evidente e aumentou mais ainda aos 18 minutos. Num lance de total despreparo psicológico, o centroavante do Remo, David Batista, deu um pisão em Leandro Lima e levou cartão vermelho direto. Essa expulsão quebraria totalmente o sistema tático do técnico Netão, que além de perder sua referencia na frente, acabava desgastando os atacantes Henrique e Gustavo Ramos. Com um a mais, o Papão continuava a criar, e aos 32 minutos marcou o segundo gol. Vinicius Leite recebeu a bola na entrada da grande área e deu um passe primoroso para Paulo Rangel bater no canto do goleiro azulino: 2 a 0 para o Papão e festa no lado B das arquibancadas. Com o fim do primeiro tempo, terminava a primeira etapa da agonia remista.
O segundo tempo começou com o Paysandu em cima. Aos 10 minutos, Marco Antônio chutou de fora da área e assustou a meta azulina. No Remo, o técnico Netão tirou Ronael e colocou Echeverría. O paraguaio criou a melhor chance do Leão no jogo: um chute colocado, da entrada da área, que passou assustando o goleiro Mota.
Vendo que a mudança do Remo fazia efeito, o técnico bicolor João Brigatti tirou o cansado Vinicius Leite e colocou Elielton, que jogaria nas costas de Echeverría. Aos 29 minutos da etapa complementar, Elielton recebeu a bola na lateral, passou por Echeverría, e cruzou na cabeça de Paulo Rangel, que ganhou de Djalma no alto e cabeceou a bola no canto da trave. A bola ficou pipocando na linha e Nicolas chegou para complementar. Era o terceiro gol do Papão. Na súmula, o árbitro Delson de Freitas acabou deu o gol para Paulo Rangel, deixando o atacante com dois gols no jogo. No meio da festa da torcida bicolor, o Paysandu ainda perdeu a chance do quarto gol. Aos 43 minutos, Alan Calbergue levantou a bola na área e encontrou Nicolas sozinho na pequena, Vinicius fez uma boa defesa e evitou o quarto gol. Aos 47, Vacaria chegou entrando pesado em Bruno Collaço e levou o segundo o amarelo. Era o segundo expulso do time azulino.
Depois do apito final, a torcida do Paysandu comemorou muito o resultado, que além de quebrar a sequência negativa em clássicos, afundava seu maior rival na crise. Já do lado azulino fica o questionamento se o técnico Netão aguentará esses dois últimos baques e permanecerá no cargo.
O próximo jogo do Paysandu será na quarta-feira (20), contra o Águia de Marabá, no estádio da Curuzu, às 20 horas. Já o Remo deve se reapresentar nesta segunda-feira, no Baenão. O Leão jogará na quinta-feira (21), contra o Paragominas, na Arena Verde, no interior do Estado, às 20 horas.
Por Breno Mendonça.