Bottas lidera 1º treino livre do GP do Japão
Sob um clima seco, sem contratempos, o piloto da Mercedes foi o mais veloz desta sessão inicial do GP japonês, ao registrar o tempo de 1min28s731
Mais importante do que foi planejado inicialmente pelas equipes, o primeiro treino livre do GP do Japão de Fórmula 1 contou com a liderança do finlandês Valtteri Bottas na noite desta quinta-feira (manhã de sexta, no horário local). A atividade se tornou fundamental para os times porque a organização da F-1 cancelou o 3º treino livre e adiou a classificação de sábado para domingo em razão do tufão Hagibis, que atingirá o Japão neste fim de semana.
Sob um clima seco, sem contratempos, o piloto da Mercedes foi o mais veloz desta sessão inicial do GP japonês, ao registrar o tempo de 1min28s731. Lewis Hamilton, líder do campeonato e grande favorito ao título, foi o segundo mais rápido, com 1min28s807. O bom desempenho da dupla aumentou ainda mais o favoritismo da Mercedes.
Neste fim de semana, o time alemão poderá confirmar por antecipação o título do Mundial de Construtores. A primeira posição garante à equipe vencedora uma premiação estimada em 100 milhões de euros (cerca de R$ 452 milhões).
O que mais chamou a atenção quanto à performance dos carros da Mercedes nesta primeira sessão em Suzuka foi a diferença para a Ferrari, que ainda sonha com o título de pilotos. O alemão Sebastian Vettel, o melhor do time italiano neste primeiro treino livre, ficou quase um segundo atrás da marca registrada por Bottas, com 1min29s720. O monegasco Charles Leclerc, com 1min29s912, veio logo atrás.
Depois dos carros da Mercedes e da Ferrari, veio a Red Bull, como de costume. O holandês Max Verstappen anotou o quinto melhor tempo da sessão, com 1min20s046, e o tailandês Alexander Albon, em sexto, marcou 1min30s375.
O Top 10 do treino contou ainda com o espanhol Carlos Sainz Jr., da McLaren (1min30s702), o mexicano Sergio Pérez (1min30s810) e o canadense Lance Stroll (1min30s959), ambos da Racing Point, e o britânico Lando Norris, da McLaren (1min31s001).
A atividade, realizada sobre pista seca, não contou com sustos ou acidentes. Apenas dois pilotos sofreram com contratempos. Carlos Sainz teve uma pane no motor da sua McLaren logo ao entrar na pista. E o italiano Antonio Giovinazzi, da Alfa Romeo, não conseguiu sair dos boxes em razão de uma falha mecânica.
Os pilotos voltam para a pista nesta sexta para o segundo e último treino livre do GP japonês. Pelo horário de Brasília, a sessão terá início às 2 horas da madrugada.
TREINO CANCELADO - Pouco antes do fim do primeiro treino livre em Suzuka, a organização da Fórmula 1 anunciou o cancelamento do treino classificatório, realizado costumeiramente aos sábados. De acordo com a previsão meteorológica, o tufão Hagibis deve atingir o país asiático justamente neste dia.
Como consequência, a F-1 decidiu cancelar todas as atividades agendadas para o sábado, incluindo o terceiro treino livre, a classificação e as entrevistas de pilotos e dirigentes das equipes. O circuito será fechado no sábado por segurança. "A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) e a Fórmula 1 apoiam esta decisão visando a segurança dos torcedores, competidores e todos os demais no Circuito de Suzuka", informou a F-1.
Com esta decisão, o treino classificatório foi adiado para a manhã de domingo, às 10 horas (local), equivalente às 22 horas de sábado no horário de Brasília. O cronograma da corrida não foi afetado: a largada está marcada para as 14h10 (2h10 da manhã, de Brasília).
Não é a primeira vez que fenômenos climáticos afetam a programação do GP do Japão. O mais recente deles aconteceu em 2014, quando uma chuva forte atingiu a pista de Suzuka durante a realização da corrida. Antes disso, em 2004 e 2010, o treino de classificação para o grid foi adiado para o domingo, ocorrendo na manhã do mesmo dia do GP por causa do tempo ruim que impediu a disputa do qualificatório no sábado.
As costas leste e oeste do país asiático serão atingidas por chuvas torrenciais de sexta-feira até a passagem do tufão, confirmada para o sábado, e a Agência Meteorológica do Japão alertou que o fenômeno poderá provocar inundações e ocasionar a formação de ondas e marés altas.