Aposta da F-1, filho de Schumacher estreia sob expectativa

Sua chance nesta temporada é vista como um bom teste para que o jovem piloto siga os passos do pai na Ferrari no futuro

sex, 26/03/2021 - 08:06
Handout / FERRARI PRESS OFFICE / AFP Mick, o filho mais novo do heptacampeão Michael Schumacher Handout / FERRARI PRESS OFFICE / AFP

Um observador desatento poderia ler os sobrenomes do grid atual da Fórmula 1 e pensar que estava de volta aos anos 2000. Afinal, o campeonato terá na pista os sobrenomes Alonso, Raikkonen e Schumacher... Sim, o poderoso sobrenome alemão está na disputa novamente, agora com a inexperiência de Mick, filho do heptacampeão mundial, que continua sua luta pela vida após acidente enquanto esquiava com a família nos alpes franceses em 2013.

Com apenas 21 anos, Mick deu um salto na carreira nas duas últimas temporadas. Ele teve uma passagem discreta pelo kart, mas chamou a atenção do mundo do automobilismo ao se sagrar campeão da Fórmula 3 Europeia em 2018. O título abriu as portas da Fórmula 2 no ano seguinte.

Sem se destacar na primeira temporada na nova categoria, terminando apenas na 12.ª colocação, ele mostrou forte evolução no seu segundo ano na F-2, com nove pódios. E foi campeão. Naquela altura, já integrava a Academia da Ferrari, para jovens pilotos, e seu nome aparecia com frequência nas perguntas dos jornalistas aos dirigentes do time italiano.

A proximidade entre Ferrari e Mick aumentará ainda mais este ano, quando ele será titular da Haas. O time americano é o mais ligado ao italiano na F-1 atualmente. E sua chance nesta temporada é vista como um bom teste para que o jovem piloto siga os passos do pai na Ferrari no futuro.

"Pela forma como vem se desenvolvendo, ele costuma aprender bastante na primeira temporada numa categoria nova. E se torna muito forte na segunda metade da segunda temporada. É por isso que acho que as duas primeiras temporadas dele na F-1 serão muito importantes", diz o chefe da Ferrari, Mattia Binotto.

Para Binotto, o jovem Schumacher poderá ganhar uma chance na Ferrari daqui a dois anos. "Hoje é muito cedo para decidir, mas há motivos para acreditar que Mick estará de vermelho em 2023", confia o chefe ferrarista.

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