Machismo, racismo e homofobia; candidatos abordam temas
Candidatos a presidente do Náutico apresentaram seu projetos para as questões abordadas
O mais recente caso de acusação de assédio, cometido pelo ex-diretor e irmão do presidente do Náutico, Errison Melo, contra Tatiana Roma, dentro do clube, jogou os holofotes mais uma vez para o machismo envolto no meio do futebol. Algo que parece nunca ter fim.
De quebra, homofobia e racismo também entraram na pauta. Coisas diferentes, mas questionamentos parecidos. O ano de 2021 trouxe alguns exemplos de como essas coisas ainda seguem bem vivas no futebol pernambucano. Quem não se lembra da proibição, que acabou revertida, e que proibia o Náutico de usar a camisa do 'Vidas Negras Importam'? E do ataque homofobico sofrido pelo ex-BBB Gil do Vigor por parte de conselheiros do Sport e que acabou em pizza?
Por conta da necessidade de discutir o tema, na série de entrevistas do LeiaJá com os candidatos às eleições no Náutico - Bruno Becker, Diogenes Braga e Plínio Albuquerque - todos foram questionados e apresentaram suas visões e seus projetos para combater atos como os citados.
Veja o que disse cada um.
Bruno Becker - Náutico Sustentável
“Se eu quero tratar de forma orgânica isso dentro do clube, eu preciso ter uma diretoria para cuidar disso. A questão das minorias é uma questão social que o clube tem. Ele está inserido no contexto social e precisa se posicionar sobre diversas pautas. Isso não é ativismo político. Não faz sentido o executivo mandar um ofício para o conselho com intuito de jogar com a camisa rosa, a maioria votar para jogar com a camisa, a CBF autorizar e o clube, sem dar satisfação, decidir que não ia jogar mais com a camisa rosa”.
Diogenes Braga - Avança Náutico
"Os clubes são formadores de opinião, são grandes multiplicadores de ideias e de pensamentos e a entidade tem que se comprometer com todos os valores sociais. Temos inúmeros projetos nesse sentido, da própria forma de comunicação do clube, da demonstração do clube que já aconteceu e vem acontecendo. Não é uma questão de começar a ser feito. A camisa preta que o Náutico colocou é muito simbólica. Não adianta ter um projeto, ou uma ação, é uma questão muito mais comportamental”.
Plinio Albuquerque - Inova Náutico
"Não acho que uma camisa vai dizer qual conceito de uma gestão. A minha gestão vai ser uma gestão inclusiva na prática e de todas as formas. Seja num banheiro que respeite homens e mulheres, seja no respeito a qualquer pessoa de qualquer opção sexual, de cor, de qualquer coisa. Vai ser uma gestão de fato inclusiva. Não pode ser só uma camisa”.