Futebol dos EUA se compromete com igualdade salarial
Vinte e oito jogadoras da seleção feminina dos Estados Unidos iniciaram uma ação coletiva contra a política discriminatória da U.S. Soccer, a federação americana de futebol
A Federação de Futebol dos Estados Unidos e um grupo de jogadoras que processaram a entidade alcançaram um acordo para que a seleção feminina receba o mesmo valor que a seleção masculina - anunciaram as partes em um comunicado conjunto.
"A U.S. Soccer se comprometeu a oferecer, a partir de agora, a mesma remuneração às seleções nacionais feminina e masculina em todos os amistosos e torneios, incluindo a Copa do Mundo", afirma os termos do acordo.
Vinte e oito jogadoras da seleção feminina dos Estados Unidos, campeã mundial na França em 2019, iniciaram uma ação coletiva contra a política discriminatória da U.S. Soccer, a federação americana de futebol.
O acordo deve acabar com as demandas iniciadas por este grupo de jogadoras e contempla um total de 24 milhões de dólares, dos quais US$ 22 milhões serão distribuídos entre as atletas da seleção feminina.
A aplicação dos termos do acordo está condicionada à ratificação de um convênio coletivo entre atletas da seleção nacional e a federação.
A presidente da U.S. Soccer, Cindy Parlow Cone, ex-jogadora da seleção, afirmou em setembro que esperava "harmonizar" as premiações da Copa do Mundo para as seleções masculina e feminina, com o objetivo de solucionar a disputa entre a instituição e as atletas.
A questão das premiações foi uma parte importante da demanda apresentada pela seleção feminina dos Estados Unidos em 2019 e, em particular, a apresentada pela estrela Megan Rapinoe, que acusou a Federação de "se recusar, de maneira obstinada", a pagar suas jogadoras de forma justa.