Maratona de Pequim volta a ser realizada após dois anos

Com uma bandeira chinesa na mão, ou uma peruca rosa, os participantes iniciaram a corrida da Praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial), em clima de festa

dom, 06/11/2022 - 10:34
Jade Gao Participantes da maratona de Pequim Jade Gao

Cerca de 30.000 corredores, alguns com máscara, participaram neste domingo (6) da primeira maratona de Pequim desde 2019, após dois anos de suspensão devido à pandemia.

Com uma bandeira chinesa na mão, ou uma peruca rosa, os participantes iniciaram a corrida da Praça Tiananmen (Praça da Paz Celestial), em clima de festa.

Centenas de espectadores se reuniram ao longo do percurso para torcer pelos corredores, sob um céu nublado e ar levemente poluído.

Este foi o primeiro grande evento esportivo na capital chinesa desde os Jogos Olímpicos de Inverno, realizados em fevereiro.

"Hoje realizei meu grande sonho", comentou à AFP Gao Lixiang, um dos participantes, que começou a treinar para a maratona durante a pandemia.

Quase três anos após a descoberta do vírus da covid-19 em Wuhan (centro da China), Pequim mantém sua política rígida de combate ao vírus, com confinamentos rigorosos, quarentenas e testes massivos.

Por esta razão, apenas pessoas locais puderam participar da prova, ao contrário das edições anteriores, que atraíam corredores estrangeiros.

Alguns corredores usaram máscara durante toda a corrida, que foi vencida por Anubaike Kuwan em duas horas, 14 minutos e 34 segundos. Este atleta é originário de Xinjiang, uma região do noroeste da China.

A maratona ia ser retomada no ano passado, mas acabou sendo cancelada para evitar novos surtos de covid antes dos Jogos de Pequim.

A política de "zero covid" da China cortou os contatos do país com o resto do mundo desde 2020, a fim de limitar os contágios por pessoas vindas do exterior.

Esta situação interrompeu as tentativas do país de organizar grandes eventos esportivos e forçou o cancelamento de torneios como o GP de Fórmula 1 e competições de golfe e tênis, bem como os campeonatos mundiais de basquete ou atletismo.

Nos últimos dias, a China registrou seu maior número de infecções por covid-19 desde maio, e isso apesar da política inflexível de "zero covid".

No entanto, o número de casos no gigante asiático ainda é muito menor do que no resto do mundo.

Neste domingo, mais de 4.000 novos casos foram registrados em todo o país, 49 deles em Pequim. A China tem 1,4 bilhão de habitantes.

Várias maratonas planejadas para este mês estão sendo realizadas, incluindo a de Xangai, em 27 de novembro.

Será o primeiro grande evento esportivo na cidade desde o confinamento de dois meses na primavera boreal passada.

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