Médico é suspeito de ser o 'Senhor das Armas' pernambucano

Polícia apreendeu 65 armas e 20 mil munições numa casa localizada em Caruaru, no Agreste do Estado

por Damares Romão seg, 23/02/2015 - 11:24

Um médico cardiologistaestá sendo procurados pela polícia. Wellington Martins dos Santos, de 54 anos é acusado de ser proprietário de 65 armas e 20 mil munições apreendidas em Caruaru, no Agreste de Pernambuco.

O esquema começou a ser investigado no dia 14 de janeiro pelo Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc). "Nós tínhamos a informação de que criminosos estavam se deslocando até a cidade de Caruaru para comprar armas", explicou o delegado Leonardo Freire.

Da sexta (20) para o sábado (21), uma equipe se deslocou até o município e numa casa localizada na Rua São Roque, no bairro de Nossa Senhora das Dores, os agentes encontraram todo o armamento numa espécie de sótão. No imóvel estavam Aprígio Medeiros Neto, 31, Beatriz Alves Dias, 30, e Edson Lima da Silva, 56.

"Aprígio e Beatriz foram presos em novembro do ano passado, também por porte de arma, mas estavam soltos desde dezembro. Na época eles acusaram o médico e a psicóloga de serem os donos do material. Por isso, em janeiro foi expedido um mandado de prisão contra o cardiologista e a psicóloga".

Com o principal articulador foragido, Edson se passavam por Wellington para negociar com os criminoso. Os três foram detidos e encaminhados para unidades prisionais do Estado.

Para tentar chegar até o homem considerado como o “senhor das armas”, a polícia ainda mantém algumas informações em sigilo. Mas o delegado adianta que parte do material pode ter vindo do Paraguai. No arsenal estavam 31 espingardas, pistolas, coletes, facões e munições de diversos calibres.

"A partir dessa apreensão vamos conseguir reduzir o número de homicídios, já que 90% desse tipo de crime são cometidos com armas de fogo. E esse material que tiramos se circulação tem características de ser utilizado em assassinatos, assalto a banco e carro-forte. São armas de grosso calibre, inclusive com silenciador", concluiu o chefe da Polícia Civil, Antônio Barros.

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