Servidores da Apac e da CPRH param atividades nesta quarta
Trabalhadores também prometem passeata rumo à sede da Secretaria de Administração para cobrar diálogo com a gestão estadual. Categorias pedem reajuste salarial e melhor estrutura de trabalho
Funcionários da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) e da Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) cruzam os braços novamente nesta quarta-feira (8). Pouco mais de um mês após o Sindicato dos Trabalhadores Públicos da Agricultura e Meio Ambiente do Estado de Pernambuco (Sintape) protocolar um documento com reinvindicações dos funcionários, o Governo do Estado não agendou nenhuma reunião para discutir as pautas das categorias. A categoria pede reajuste salarial e melhor estrutura para trabalhar.
Segundo o presidente do Sintape, Manoel Saraiva, os servidores completam em 2016 três anos sem nenhuma reposição salarial. A categoria tenta negociar com a gestão de Paulo Câmara um aumento de 26% no salário, levando em conta a inflação dos anos que passaram sem receber um acréscimo. Melhores condições de trabalho também estão na pauta da categoria. "O pessoal chegou a um limite, para se ter uma exemplo, temos um laboratório na CPRH que fica no subsolo e é uma verdadeira agressão ao servidor. Um local inadequado e insalubre para quem lida com químicos", argumenta Saraiva.
De acordo com informações do Sindicato, os funcionários da Apac e da CPRH farão paralisam as atividades nesta manhã, com protesto em frente a sede da Agência, no bairro de Casa Forte, na Zona Norte do Recife. Seguindo a programação, às 13h, um ônibus levará os trabalhadores até a Igreja Nossa Senhora do Rosário, a no Pina. Ás 14h, a categoria sai em passeata rumo à sede da Secretaria de Administração (SAD), onde os trabalhadores farão um ato pelo início das negociações das reivindicações dos funcionários.
Esta não é a primeira mobilização da categoria. No último dia 1º de junho, os servidores realizaram a paralisação de advertência nas sedes das duas instituições. Para alertar a gestão, eles distribuíram uma 'Carta Aberta' à sociedade, denunciando a situação das duas entidades, que além da falta de estrutura e baixos salários, também sofre com a falta de segurança em suas sedes.
O diálogo com a gestão estadual é uma das prioridades do Sintape. Em nota, o Sindicato informou que é consciente das dificuldades financeiras da administração estadual, mas que entende que a "crise na economia" não pode ser transformada em "crise democrática" por falta de diálogo do Governo com uma categoria que se encontra em plena data-base, período do ano em que patrões e empregados se reúnem para repactuar os termos dos seus contratos coletivos de trabalho.