Bolsas da Europa ganham força no fim do pregão e sobem
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,05%, em 376,62 pontos
As bolsas europeias operaram sem sinal único nas horas iniciais do pregão desta quinta-feira, 8, diante da expectativa pela decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). A comunicação do BCE, porém, acabou por enfraquecer o euro, o que beneficiou ações de exportadoras da região e apoiou os índices acionários. O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,05%, em 376,62 pontos.
O BCE manteve a política, como esperado. A novidade, porém, foi que seu comunicado retirou uma menção à possibilidade de elevar o montante do programa de compra de bônus, caso o cenário piore. A notícia, num primeiro momento, fortaleceu o euro, porém a moeda comum perdeu força diante de outros sinais favoráveis a uma política monetária mais relaxada do BCE. O presidente da instituição, Mario Draghi, reafirmou sua preocupação com a trajetória fraca dos preços. "O quadro da inflação não mudou muito", admitiu ele. "Um amplo grau de estímulo monetário continua a ser necessário", enfatizou.
O euro mais fraco ajudou as ações de exportadoras europeias, já que o câmbio nesse caso representa uma vantagem para essas companhias. A libra também se enfraqueceu durante o pregão, o que ajuda as exportadoras britânicas.
Além disso, houve expectativa entre investidores por detalhes sobre o plano do governo do presidente americano, Donald Trump, de elevar tarifas à importação de aço e alumínio. Durante o pregão europeu, contudo, não houve novidades nessa área.
Na agenda de indicadores, as encomendas à indústria da Alemanha recuaram 3,9% em dezembro ante janeiro, após ajustes sazonais. Analistas previam baixa bem menor, de 1,5%.
Entre as ações em destaque, Casino caiu 3,66% em Paris, após o balanço da varejista francesa mostrar queda forte no lucro, de 2,68 bilhões de euros em 2016 para 120 milhões de euros no ano passado, embora ela tenha registrado crescimento nas vendas.
Na bolsa de Londres, o índice FTSE-100 fechou em alta de 0,63%, a 7.203,24 pontos. Entre os bancos, Lloyds subiu 0,37% e Barclays, 0,64%, enquanto a petroleira BP subiu 0,72%. Já a mineradora Glencore caiu 1,10%, em jornada negativa para o cobre.
Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,90%, a 12.355,57 pontos. Deutsche Telekom subiu 0,72%, entre os papéis mais negociados, e Deutsche Bank caiu 0,58%. E.ON teve alta de 0,99%, no setor de energia, enquanto a companhia aérea Lufthansa caiu 1,66%.
Na bolsa de Paris, o CAC-40 ganhou 1,28%, a 5.254,10 pontos. No território positivo, Total subiu 0,82% e Crédit Agricole, 0,29%. Já Air France-KLM caiu 4,51%, após divulgar números atualizados sobre o número de passageiros transportados.
Na bolsa de Milão, o índice FTSE-MIB avançou 1,15%, a 22.731,10 pontos. No setor bancário italiano, Intesa Sanpaolo subiu 0,56% e Banco BPM, 1,95%. Eni teve ganho de 0,50%, enquanto Telecom Italia se destacou, com ganho de 4,63%.
Em Madri, o índice IBEX-35 teve ganho de 0,49%, a 9.646,20 pontos. Santander subiu 0,20%, Telefónica avançou 2,06% e Abengoa B cedeu 1,75%, na praça local. Iberdrola teve alta de 1,27%.
Em Lisboa, o PSI-20 fechou em alta de 1,04%, em 5.395,13 pontos. Banco Comercial Português subiu 0,52% e EDP-Renováveis avançou 2,52%, enquanto Galp Energia teve alta de 0,58%. (Com informações da Dow Jones Newswires)