Acusado de mandar matar médico será julgado no Cremepe

Cláudio Amaro Gomes pode ficar impedido de exercer a profissão

sab, 14/04/2018 - 20:07
Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo Assim como na época do julgamento de dois dos indiciados, família deve novamente se mobilizar Chico Peixoto/LeiaJáImagens/Arquivo

O Conselho Regional de Medicina de Pernambuco (Cremepe) julgará na próxima quarta-feira (18) o médico Cláudio Amaro Gomes na esfera administrativa. O médico é acusado de ser o mandante do assassinato do cirurgião torácico Artur Eugênio de Azevedo no dia 12 de maio de 2014. 

O júri poderá decidir pela cassação do diploma médico, proibindo Cláudio de exercer a profissão. O Cremepe não julgará o homicídio, mas a acusação de assédio moral e perseguição travada com o médico Artur.

Mais uma vez, familiares e amigos de Artur deverão se mobilizar para acompanhar o julgamento. "Penso que a medicina perdeu Artur. Como médica, tenho imenso respeito por essa profissão. Pelo que nos propomos a fazer a cada novo dia, a cada olhar de dor. Penso também que posturas como a de Cláudio não podem ser admitidas ou passar desapercebidas. Ele maculou, manchou esse ofício. Abrigá-lo entre nós é ser conivente com uma postura doentia e selvagem", diz texto assinado pela esposa da vítima, Carla Azevedo.

O caso - Artur Eugênio foi assassinado a tiros. O corpo do cirurgião foi encontrado na BR-101, no bairro de Comporta, em Jaboatão dos Guararapes, Região Metropolitana do Recife. Segundo as investigações, o mandante do crime seria o médico Cláudio Amaro Gomes devido à desentendimentos com Artur, inveja profissional e perdas financeiras devido a ações tomadas pela vítima, como o fim da sociedade e a composição da própria equipe cirúrgica.

Já foram julgados criminalmente Cláudio Amaro Gomes Júnior, filho do suposto mandante, e Lyferson Barbosa da Siva, acusado de ser um dos executores. Eles foram condenados a 34 anos e quatro meses e 26 anos e quatro meses de prisão, respectivamente. 

Cláudio Amaro Gomes e Jailson Duarte César, que seria o contratante dos executores, entraram com recurso e por isso não foram julgados na mesma ocasião. O recurso já foi julgado e recusado. Outro acusado do assassinato, Flávio Braz, morreu em uma troca de tiros com a Polícia Militar em 2015.

COMENTÁRIOS dos leitores