Macron pede fim das ameaças de tarifas dos EUA contra a UE
Em março, o governo Trump impôs tarifas de 25% à importação de aço e de 10% à de alumínio, mas deu aos 28 países da UE uma isenção temporária, contanto que eles renegociem o comércio bilateral
Lideranças da União Europeia pediram que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pare de lançar ameaças de impor tarifas à importação de aço e alumínio. Segundo elas, é possível discutir o comércio, porém sem esse tipo de comportamento.
"É a soberania econômica da Europa e o que nós exigimos é que sejamos isentos sem condições nem limites de tempo", afirmou o presidente da França, Emmanuel Macron, durante um encontro com países dos Bálcãs. "Eu não acho que devamos considerar isso ou aquilo quando é uma contravenção às leis do comércio internacional."
Em março, o governo Trump impôs tarifas de 25% à importação de aço e de 10% à de alumínio, mas deu aos 28 países da UE uma isenção temporária, contanto que eles renegociem o comércio bilateral.
Convencida de que os EUA desrespeitam regras de comércio global, a UE estabeleceu uma lista de possíveis retaliações equivalentes a 2,8 bilhões de euros (US$ 3,4 bilhões) em produtos americanos, caso não seja permanentemente isenta dessas tarifas. Além disso, tem rejeitado renegociar sob ameaças. "Nós podemos melhorar as coisas, de maneira pacífica", afirmou Macron.
A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, afirmou que há uma posição comum no bloco: "Nós queremos isenção ilimitada, mas também estamos preparados para falar sobre o que podemos fazer reciprocamente para reduzir barreiras ao comércio".
Caso a isenção seja retirada, a UE está pronta a aprofundar a cooperação em energia, notadamente em gás natural liquefeito, melhorar acesso recíproco ao mercado para produtos industrializados e trabalhar juntos para reformar as regras da Organização Mundial de Comércio (OMC). A UE rejeita a afirmação de Trump de que são necessárias tarifas para a segurança nacional dos EUA e vê as medidas protecionistas como um privilégio indevido a empresas locais. Fonte: Associated Press.