Caminhoneiros:greve deixa ruas,lojas e restaurantes vazios

A equipe de reportagem do LeiaJá foi ao centro do Recife ouvir os comerciantes

por Jameson Ramos qui, 24/05/2018 - 12:15

Restaurantes, vendedores ambulantes, lojas de cosméticos. O comércio de forma geral está sentindo dificuldades para vender os seus produtos por conta da falta de compradores no centro do Recife; causada pelo paralisação dos caminhoneiros que começou na última segunda-feira (21).  Às 11h da manhã (pré-horário de almoço), restaurantes como o Sertanense, situado na rua das flores, que neste horário estaria já bem movimentado em dias normais, estava só com as vendedoras na porta. “Desde segunda (21) que o movimento vem caindo. Ontem (23) o movimento já foi fraquíssimo, informou uma das vendedoras.

Sem muita gente pra comprar, Daniele Maria Alcântara, que vende películas para unha na Rua da Palma, diz que mesmo os seus produtos sendo vendidos com valores que vão de R$ 3 a 5 reais, nesta quarta-feira (23) conseguiu vender apenas o total de R$ 10. Daniele afirma que antes dessa paralisação dos caminhoneiros conseguia arrecadar com o seu trabalho diário cerca de 50 reais.

Pelo que a equipe de reportagem do LeiaJá observou, quem mais está sentindo os efeitos do esvaziamento do Centro da capital é a parte de alimentos. Como muitos deles são para consumo diário, os que não são vendidos vão para o lixo. “Ontem mesmo eu joguei duas caixas de salgado fora”, explana a vendedora Michelly Pereira.

André do espetinho, como se identificou, confirma que desde quando iniciou a manifestação dos caminhoneiros que “o movimento só faz cair. Eu posso lhe dizer que pra mim foi uma queda de 70% do que eu vendia todo dia”, lamenta. Maria do Carmo não sabe dizer quanto em percentual ela deixou de vender, mais está triste porque das três mãos de milho que estava acostumada a pegar, nesta semana reduziu para a metade. “E eu vou pegar pra não vender? O pouco que sobra é muito pra gente. Ontem (quarta-feira) eu só vendi 10 pamonha, por exemplo. Tá difícil pra todo mundo”, finaliza Dona do Carmo.

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