UE se reúne na Áustria para debater a imigração

As chegadas de migrantes registraram uma queda drástica desde 2015, mas o tema imigração provoca tensão dentro e entre os Estados membros da UE

qui, 12/07/2018 - 08:20
CHRISTOF STACHE, HERBERT NEUBAUER, Andreas SOLARO (Da esq. para dir.) O ministro alemão do Interior, Horst Seehofer; o ministro austríaco do Interior, Herbert Kickl; e o ministro italiano do Interior, Matteo Salvini CHRISTOF STACHE, HERBERT NEUBAUER, Andreas SOLARO

Os ministros do Interior da União Europeia (UE) devem examinar nesta quinta-feira na Áustria novos projetos para impedir a chegada de migrantes a suas costas, na primeira reunião do bloco sob a presidência austríaca, que defende opções radicais para o tema.

Reunidos em Innsbruck, os ministros devem detalhar a ideia, ainda vaga mas polêmica, das "plataformas de desembarque" na África para receber os migrantes resgatados no Mediterrâneo, ideia apresentada em um encontro de cúpula celebrado no fim de junho em Bruxelas.

As chegadas de migrantes registraram uma queda drástica desde 2015, mas o tema imigração provoca tensão dentro e entre os Estados membros da UE.

O ministro austríaco de extrema-direita Herbert Kickl (FPÖ, partido que integra a coalizão de governo com os conservadores em Viena) receberá nesta quinta-feira o colega italiano Matteo Salvini, também de extrema-direita e que defende uma postura inflexível na questão.

Salvini, líder do partido Liga, proibiu que os barcos das ONGs que socorrem os migrantes no Mediterrâneo entrem nos portos italianos.

Ele deve pedir aos sócios europeus que não enviem aos portos italianos navios atualmente em missão internacional.

Horst Seehofer, líder do partido bávaro conservador CSU, que desafiou a autoridade da chanceler alemã Angela Merkel sobre a imigração, também comparecerá à reunião de Innsbruck, considerada "informal" e sem a previsão de anunciar qualquer decisão.

O ministro alemão suspendeu provisoriamente a ameaça de rejeitar unilateralmente os migrantes na fronteira com a Áustria, o que poderia provocar um efeito dominó fatal no espaço Schengen.

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