Ouro recua com dólar mais forte
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para entrega em agosto fechou em queda de 0,59%, para US$ 1.210,60 por onça-troy
O ouro fechou em queda o pregão desta quinta-feira, 2, à medida que o dólar teve alta generalizada após a decisão de política monetária do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), com influência da escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China e em um cenário de fortalecimento da economia americana.
Na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex), o ouro para entrega em agosto fechou em queda de 0,59%, para US$ 1.210,60 por onça-troy.
O presidente do BoE, Mark Carney, em pronunciamento após a reunião de política monetária do banco central britânico, destacou que as perspectivas positivas para a economia do país podem ser afetadas "de modo significativo" pelas expectativas em relação ao Brexit, trazendo ainda mais incertezas em torno das negociações sobre a saída do Reino Unido da União Europeia.
Na tarde de quarta-feira, a decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americana), que manteve a taxa básica de juros entre 1,75% a 2,0% ao ano, reforçou também o fortalecimento da economia dos EUA, destacando especialmente o mercado de trabalho aquecido. Nesse sentido, dadas as incertezas com o Brexit e a perspectiva de que o aperto monetário nos EUA continuará, o dólar se fortaleceu ante moedas fortes e de países emergentes. Com o avanço da divisa americana, o ouro, cotado em dólar, se torna mais caro para detentores de outras moedas.
O cenário foi ainda influenciado pela escalada das tensões comerciais entre EUA e China, que ganharam força depois que o governo do presidente americano, Donald Trump, ameaçou na quarta-feira impor tarifas de 25% sobre US$ 200 bilhões em produtos chineses - mais do que os 10% mencionados anteriormente. Nesta quinta-feira, o governo chinês apelou para que os EUA "corrijam sua atitude".
O secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, no entanto, afirmou em entrevista que Trump avalia que "potencialmente é a hora de elevar a pressão sobre a China" no comércio.