CNI tenta derrubar barreiras à exportação
O grupo coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem, entre seus objetivos, reduzir barreiras que prejudicam as exportações locais
Num momento em que as maiores potências econômicas globais se voltam para ações protecionistas, a indústria brasileira lança nesta segunda-feira (6) a Coalização Empresarial para Facilitação de Comércio e Barreiras (CFB). O grupo coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) tem, entre seus objetivos, reduzir barreiras que prejudicam as exportações locais.
A entidade já identificou 20 barreiras comerciais que, segundo cálculos da Fundação Getulio Vargas (FGV), impediram exportações de US$ 30,5 bilhões em produtos brasileiros só no ano passado. Países membros do G-20, que reúne as maiores economias do mundo, dominam a lista, com 17 barreiras.
Na lista de vetados pela União Europeia, por exemplo, está o pão de queijo. A região proíbe a entrada de produtos com mais de 50% de lácteos em sua composição, mas o pão de queijo nacional tem apenas 20% do derivado do leite. Já os EUA estabelecem cotas para lácteos brasileiros. O suco de laranja paga 7,5% se entrar na China com temperatura abaixo de 18ºC. Se estiver mais alta, o imposto vai a 30%. A vizinha Argentina exige declaração da composição de produtos têxteis.
"O foco da coalizão será atuar de forma proativa para derrubar barreiras que impedem nosso acesso a mercados no exterior", diz Fernando Pimentel, presidente da Associação Brasileira da Indústria Têxtil (Abit), que também vai presidir a CFB. O diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI, Carlos Abijaodi, diz que a ideia é "trabalhar a competitividade tanto da porta para dentro do Brasil, com a facilitação do comércio, quanto para fora, com a eliminação de barreiras". Participam do lançamento da CFB o ministro da Indústria (Mdic), Marcos Jorge, e o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid, entre outros. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.