Brasil fecha mais empresas do que abre pelo 3º ano seguido

Em 2016, 648.474 empresas formais deram entrada no mercado, enquanto 719.551 registraram saída

por Nataly Simões qua, 03/10/2018 - 14:02

Pelo terceiro ano seguido mais empresas foram fechadas do que abertas no Brasil, de acordo com o levantamento divulgado hoje (3) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A pesquisa aponta que 648.474 empresas formais deram entrada no mercado em 2016, enquanto 719.551 registraram saída.

Em 2016, segundo o levantamento, o setor de eletricidade e gás foi o que registrou a maior taxa de fechamento de empresas (26,3%), seguido pelo de construção (21,1%), informação e comunicação (19,6%) e outras atividades de serviços (19,3%).

Já a taxa de abertura de empresas foi maior entre os setores de atividades financeiras, seguros e serviços relacionados (20,2%), atividades imobiliárias (19,5%) e atividades profissionais, científicas e técnicas (19,4%).

Ainda em 2016, cerca de 4,5 milhões de empresas estavam ativas no Cadastro Central de Empresas (Cempre) e empregavam aproximadamente 38,5 milhões de pessoas. Do total de pessoas ocupadas, 83,1% eram assalariadas e 16,9% atuavam como sócias ou proprietárias. Na comparação com 2015, de acordo com o IBGE, houve queda de 4,2% no total de pessoas ocupadas e de 4,8% no total de assalariados.

O levantamento apontou também que das 4,5 milhões de empresas ativas em 2016, 3,8 milhões existiam há mais de um ano. Dentre as 648,5 mil que deram entrada no mercado naquele ano, 463,7 mil tinham acabado de ser criadas, enquanto 184,7 mil haviam sido reativadas.

A idade média de empresas sobreviventes em 2016 era de 11,2 anos. No entanto, a pesquisa constatou que entre as empresas sobreviventes, apenas 38% tinham cinco anos de atuação. Ao analisar as 660,9 mil empresas que foram abertas cinco anos antes do levantamento, o IBGE identificou que 75,2% sobreviveram até 2012, 64,5% sobreviveram até 2013, 52,5% sobreviveram até 2014, 45,4% sobreviveram até 2015 e 38% sobreviveram até 2016. Isso significa que uma em cada quatro empresas criadas em 2011 não sobreviveram após o primeiro ano.

O IBGE destacou que as maiores taxas de sobrevivência, entre 2012 e 2016, foram de empresas relacionadas à área da saúde, serviços sociais e atividades imobiliárias. Já a taxa de sobrevivência mais baixa foi das empresas ligadas ao comércio e à manutenção de veículos.

COMENTÁRIOS dos leitores