Teles pedem atenção de novo governo e regulação atualizada
Na discussão, os presidentes das teles clamaram por celeridade na atualização da Lei Geral de Telecomunicações, que completou duas décadas em 2018 e cuja revisão está parada no Senado
Atenção do novo governo e atualizar a lei de telecomunicações para os dias de hoje: esses foram os pedidos dos executivos das principais operadoras do País em debate realizado na quarta-feira (17) na Futurecom, maior feira do setor na América Latina, que termina nesta quinta-feira (18) em São Paulo.
Na discussão, os presidentes das teles clamaram por celeridade na atualização da Lei Geral de Telecomunicações, que completou duas décadas em 2018 e cuja revisão está parada no Senado. Segundo os executivos, as obrigações previstas na lei, focadas especialmente na telefonia fixa, não atendem mais às necessidades dos brasileiros, que hoje buscam mais internet e menos chamadas de voz. "Ninguém mais usa orelhão, mas não podemos deixar de investir nos telefones públicos (por conta da lei)", ressaltou Eurico Teles, presidente da Oi.
Apesar do descontentamento, os executivos estão otimistas com uma nova presidência - querem já discutir após o 2º turno. Eduardo Navarro, presidente da Vivo, disse que tentou diálogo com os presidenciáveis, mas não teve acesso a eles. "Somos o terceiro setor que mais investiu no Brasil desde 1998, só atrás de petróleo e energia. Temos de ser ouvidos", disse.
José Félix, do grupo Claro, ressaltou que o setor incomodou "pouco" o governo nos últimos anos, fazendo cair os investimentos em telecomunicações.
Os executivos alertaram ainda que, sem investimentos no setor, o Brasil vai perder em competitividade global. Como exemplo, Sami Foguel, presidente da TIM no País, citou a tecnologia de conexão de quinta geração (5G), na qual crê que o País está ficando para trás. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.