Brasil terá 14 mil novos casos de câncer de boca este ano

Doença atinge mais homens, fumantes, consumidores frequentes de bebidas alcoólicas e pessoas acima de 50 anos

por Nataly Simões seg, 05/11/2018 - 15:22

Na Semana Nacional de Prevenção do Câncer Bucal, iniciada nesta segunda-feira (5), o Ministério da Saúde alerta para os hábitos que podem ajudar a reduzir o risco da doença que, segundo a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca), deve atingir 14,7 mil brasileiros até o fim deste ano, sendo 11,2 mil homens e 3,5 mil mulheres.

Dados da pasta revelam que o câncer de boca é mais comum entre homens e que 70% dos casos são diagnosticados em pessoas acima de 50 anos. Fumantes e consumidores frequentes de bebidas alcóolicas também fazem parte do grupo de risco da doença que afeta os lábios e o interior da cavidade oral, podendo atingir o céu da boca, as gengivas, bochechas e língua.

“Atitudes simples como abstenção de fumo e bebidas alcoólicas, dieta rica em alimentos saudáveis e boa higiene oral diminuem as chances de desenvolver a maioria das doenças malignas, inclusive os tumores na boca, que são os mais comuns tipos de câncer de cabeça e pescoço no Brasil”, alertou o Inca.

Os principais sintomas a serem observados pela população, segundo o Ministério da Saúde, são lesões na cavidade oral ou nos lábios que não cicatrizam por mais de 15 dias; manchas vermelhas ou esbranquiçadas na língua, gengivas, bochecha e céu da boca; nódulos (caroços) no pescoço; e rouquidão persistente. Nos casos avançados da doença, os sintomas mais comuns são dificuldade para falar, mastigar e engolir; e sensação de que há algo preso na garganta.

Visitas periódicas ao dentista também favorecem o diagnóstico precoce da doença, já que permite identificar lesões suspeitas, ressaltou a pasta. Se diagnosticado no início e tratado de forma adequada, 80% dos casos de câncer de boca tem cura.

O tratamento depende de avaliação médica, mas geralmente requer cirurgia oncológica e/ou radioterapia. Os dois podem ser usados de forma isolada ou associada e ambos têm bons resultados em lesões iniciais. A indicação depende da localização do tumor e das alterações funcionais que possam ser provocadas.

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