Michael Bloomberg doa US$ 1,8 bilhão para universidade
Bloomberg afirmou que a doação pretende ajudar os estudantes com baixa e média renda a pagar pelos estudos universitários
O ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg anunciou que vai doar 1,8 bilhão de dólares para a Universidade Johns Hopkins, no que se acredita que é a maior doação para uma instituição de ensino superior.
Bloomberg afirmou que a doação pretende ajudar os estudantes com baixa e média renda a pagar pelos estudos universitários, em um país onde os custos do ensino superior em centros de elite superam 50.000 dólares ao ano, uma barreira intransponível para a maioria das famílias.
"Eu tive sorte: meu pai era um contador e nunca recebeu mais de 6.000 dólares por ano. Mas eu tive condições de pagar a Universidade Johns Hopkins com um empréstimo estudantil da Defesa Nacional e ao manter um emprego no campus", escreveu Bloomberg em um artigo publicado no jornal New York Times.
"Meu diploma de Hopkins abriu portas que de outra maneira teriam permanecido fechadas, e me permitiu viver o sonho americano".
Bloomberg, que fez sua primeira doação de cinco dólares à universidade um ano depois de sua formatura, já doou desde então 1,5 bilhão para as áreas de pesquisas, ensino e financiamento.
A nova doação será adicionada às anteriores e servirá como ajuda ao financiamento para estudantes qualificados de famílias com baixo nível de renda.
"Quero garantir que a universidade que meu deu uma oportunidade será capaz de abrir permanentemente a outros a mesma porta de oportunidade", escreveu Bloomberg.
O empresário, no entanto, reconheceu que sua doação ajuda apenas um centro universitário em um país onde há mais estudantes em uma dezena de centros de elite que pertencem ao 1% das famílias mais ricas que alunos que procedem das famílias que estão entre as 60% da menor faixa de renda.
E isto apesar de muitos estudantes de baixa renda terem as mesmas qualificações para serem aceitos, destacou Bloomberg.
"Estes passos sozinhos não são suficientes. Os subsídios federais não acompanharam o ritmo do aumento dos preços e os estados reduziram a ajuda estudantil. As doações privadas não podem nem devem compensar a falta de apoio governamental", completou.