Caso Aldeia: filho acusado consegue liberdade provisória
A decisão foi tomada por Danilo "não ter antecedentes criminais ou apresentar qualquer ameaça social". Ele pode ser liberado após pagamento de fiança
Danilo Paes, suspeito de ter participado na morte do próprio pai, o médico Denirson Paes, conseguiu na justiça a substituição da prisão preventiva pela liberdade provisória e poderá sair da prisão já nesta sexta-feira (21). A decisão foi tomada por Danilo não ter antecedentes criminais, “personalidade de homem comum, e um jovem que não apresenta qualquer ameaça social”, decretou a juíza do caso, Marília Falcone Gomes Lócio.
No entanto, a farmacêutica Jussara Paes, viúva e também acusada da morte do, então, marido, permanecerá presa. Jussara confessou à justiça ter praticado o crime sozinha - inocentando o filho das acusações.
Para a liberdade provisória do engenheiro, medidas cautelares foram impostas: comparecimento mensal em juízo entre os dias 01 e 05 de cada mês para justificar suas atividades; proibição de manter contato com as testemunhas dos presentes autos; recolhimento domiciliar no período noturno entre 22h e 6h; entrega de passaporte e o pagamento de fiança no valor de R$ 5 mil.
A decisão acontece pouco depois da juíza Marília Falcone determinar que o jovem fosse mantido em cela isolada no Complexo do Curado, Zona Oeste do Recife, no último dia 5 de dezembro. Na época, a juíza tinha afirmado que a ação era para evitar que Danilo passasse por situações vexatórias.
Sobre o caso
A Polícia Civil concluiu que a motivação do crime foi um relacionamento extraconjugal mantido pelo médico. Relacionado a isso, estariam as consequentes mudança de padrão de vida e separação iminente as quais a farmacêutica seria submetida.A investigação apontou que Denirson foi asfixiado em seu quarto entre os dias 30 e 31 de maio. O corpo foi arrastado por cerca de seis metros até um corredor na área externa, onde houve uma tentativa de carbonização e o corte do corpo em duas partes.