Crianças com deficiência vivem um dia de fuzileiros navais
A iniciativa, que chega à sua terceira edição, busca promover a inclusão através de atividades lúdicas
A Marinha do Brasil recebeu neste sábado (11) em seu Centro de Instrução Almirante Sylvio de Camargo, no Rio de Janeiro, várias crianças com deficiência para o evento Um Dia de Fuzileiro Naval e Marinheiro. A iniciativa, que chega à sua terceira edição, busca promover a inclusão através de atividades lúdicas.
"Começou como sendo um projeto voltado para as crianças com autismo, mas foi dando tão certo que foi se expandindo. Hoje, ele alcança crianças com outras deficiências e a Marinha acolhe também as famílias. O sucesso é tão grande que outras unidades no Brasil estão replicando o evento", disse o contra-almirante Renato Ferreira.
Segundo ele, o retorno imediato são os sorrisos das crianças. "Elas fazem a camuflagem, que é a pintura do rosto, interagem com os instrumentos musicais da banda dos fuzileiros navais e têm a oportunidade de ver nossos equipamentos mais vistosos como o helicóptero e os carros de combate. As crianças podem passear nas viaturas".
O evento integra o calendário oficial do aniversário do Corpo de Fuzileiros Navais, que completou 211 anos. Fundado em 7 de maio de 1808, o a corporação é uma das forças integrante da Marinha do Brasil.
O Instituto Nacional de Educação de Surdos (Ines) foi uma das instituições parceiras das atividades e levou cerca de 80 alunos. "É um ambiente perfeito para os surdos porque é um ambiente visual. Eles também têm contato com livros, computadores, fotos. Estavam presentes crianças com síndrome de down, com autismo, e houve uma forte interação entre pessoas com diferentes deficiências. Há um aprendizado muito grande nessa integração. Os surdos estão muito felizes e vamos continuar essa parceria com a Marinha", disse André Martins de Bulhões, diretor-geral do Ines.
O militar Roberto da Silva dos Santos, pai de uma criança autista de 8 anos, avaliou positivamente a atividade proporcionada pela Marinha. "Ele gosta de ver militares pela televisão. Ter esse contato ao vivo, participar dessas atividades de maneira bem divertida e poder se aproximar dos coleguinhas é muito bacana".