FAO: 41 países precisam de ajuda alimentar externa
A lista de países inclui 31 da África, a Venezuela e o Haiti, segundo o informe Perspectivas de colheitas e situação alimentar publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura
As secas e os conflitos prolongados são os principais responsáveis pelo fato de que 41 países do mundo, entre eles a Venezuela, continuam precisando de ajuda alimentar externa, indicou nesta quinta-feira a FAO, em Roma.
A lista de países inclui 31 da África, a Venezuela e o Haiti, segundo o informe Perspectivas de colheitas e situação alimentar publicado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).
Os 41 países que necessitam de ajuda alimentar externa atualmente são: Afeganistão, Bangladesh, Burkina Faso, Burundi, Cabo Verde, Camarões, Chade, Congo, Djibuti, Eritreia, Etiópia, Guiné, Haiti, República Centro-Africana, República Popular Democrática da Coreia, República Democrática do Congo, Iraque, Quênia, Lesoto, Libéria, Líbia, Madagascar, Malawi, Mali, Mauritânia, Moçambique, Mianmar, Níger, Nigéria, Paquistão, Senegal, Serra Leoa, Somália, Sudão do Sul, Sudão, República Árabe Síria, Uganda, Venezuela, Iêmen e Zimbábue.
Paralelamente, as colheitas de cerais se anunciam abundantes em vários países da América Latina e da Ásia, enquanto a melhora das condições de segurança contribuiu para impulsar a produção agrícola na Síria, que está em guerra, aponta a FAO.
Os conflitos e distúrbios sociais provocam fome em cerca de metade dos 41 países que precisam de ajuda, enquanto outros enfrentam uma grave escassez de recursos devido à grande afluência de refugiados procedentes de países vizinhos que experimentam tensões.
Segundo o informe da agência especializada das Nações Unidas, na Venezuela, "a hiperinflação diminuiu gravemente o poder aquisitivo local, gerando graves limitações no acesso dos lares aos alimentos".
Os pesquisadores estimam que se registrará nesse país "uma queda da produção de cereais devido à falta de insumos agrícolas".
Segundo estimativas da FAO, "cerca de 4,3 milhões de pessoas abandonaram o país e se estabeleceram em países vizinhos, onde suas necessidades humanitárias são 'significativas'", aponta o informe.