EUA manterá soldados no Afeganistão, garante Pentágono
Os Estados Unidos anunciaram a retirada de mil soldados do nordeste da Síria e, dias depois, a Turquia lançou uma ofensiva contra as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG)
Os afegãos não devem perceber a retirada de maneira repentina e quase total das forças americanas da Síria, como um precedente do que se pode esperar no Afeganistão - afirmou o secretário da Defesa dos EUA, Mark Esper, nesta segunda-feira (21).
Os Estados Unidos têm um "compromisso de velha data" com o país, destacou Esper, que está no quartel-general da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), "Resolute Support" ("Apoio Firme", em tradução livre), no Afeganistão.
À frente de uma coalizão internacional, os EUA expulsaram os talibãs do poder, em 2001.
"Todas estas coisas devem tranquilizar nossos aliados afegãos e os demais para que não interpretem mal nossas operações da semana passada na Síria e as comparem com o Afeganistão", frisou o secretário da Defesa.
Os Estados Unidos anunciaram a retirada de mil soldados do nordeste da Síria e, dias depois, a Turquia lançou uma ofensiva contra as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG). O grupo é considerado "terrorista" por Ancara, mas, até agora, vinha se beneficiando do apoio americano.
Esper reafirmou a vontade dos Estados Unidos de permanecerem no Afeganistão, onde enfrentam "uma ameaça terrorista virulenta". A fonte inicial foi (a rede) Al-Qaeda e, agora, "encontra-se nos talibãs, no ISI-K (grupo Estado Islâmico Província de Khorasan, um braço afegão do EI) e em outros grupos".
Junto com Esper, o comandante das forças americanas e da Otan, general Scott Miller, apontou que os EUA reduziram suas forças em 2.000 homens no último ano.
Ainda restam 13.000 soldados dos EUA no país, segundo o porta-voz das forças americanas no Afeganistão, coronel Sonny Legget.