EUA manterá soldados no Afeganistão, garante Pentágono

Os Estados Unidos anunciaram a retirada de mil soldados do nordeste da Síria e, dias depois, a Turquia lançou uma ofensiva contra as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG)

seg, 21/10/2019 - 12:01
JIM WATSON (Arquivo) Os Estados Unidos têm um JIM WATSON

Os afegãos não devem perceber a retirada de maneira repentina e quase total das forças americanas da Síria, como um precedente do que se pode esperar no Afeganistão - afirmou o secretário da Defesa dos EUA, Mark Esper, nesta segunda-feira (21).

Os Estados Unidos têm um "compromisso de velha data" com o país, destacou Esper, que está no quartel-general da missão da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), "Resolute Support" ("Apoio Firme", em tradução livre), no Afeganistão.

À frente de uma coalizão internacional, os EUA expulsaram os talibãs do poder, em 2001.

"Todas estas coisas devem tranquilizar nossos aliados afegãos e os demais para que não interpretem mal nossas operações da semana passada na Síria e as comparem com o Afeganistão", frisou o secretário da Defesa.

Os Estados Unidos anunciaram a retirada de mil soldados do nordeste da Síria e, dias depois, a Turquia lançou uma ofensiva contra as milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG). O grupo é considerado "terrorista" por Ancara, mas, até agora, vinha se beneficiando do apoio americano.

Esper reafirmou a vontade dos Estados Unidos de permanecerem no Afeganistão, onde enfrentam "uma ameaça terrorista virulenta". A fonte inicial foi (a rede) Al-Qaeda e, agora, "encontra-se nos talibãs, no ISI-K (grupo Estado Islâmico Província de Khorasan, um braço afegão do EI) e em outros grupos".

Junto com Esper, o comandante das forças americanas e da Otan, general Scott Miller, apontou que os EUA reduziram suas forças em 2.000 homens no último ano.

Ainda restam 13.000 soldados dos EUA no país, segundo o porta-voz das forças americanas no Afeganistão, coronel Sonny Legget.

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