Camisinha é aliada no combate ao câncer de pênis

Se não tratada, doença pode levar a amputação do órgão

qui, 21/11/2019 - 16:53
Pixabay Homens que recebem um diagnóstico precoce da doença podem manter a vida sexual ativa Pixabay

Muitas pessoas não sabem, mas o preservativo é um dos métodos que ajudam a diminuir os riscos de câncer entre homens e mulheres. Isso porque a camisinha protege de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)e combate o surgimento de tumores no pênis, entre os homens.

Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aponta que 30% dos brasileiros não imaginam que o preservativo pode reduzir o risco de desenvolver um câncer. “O uso da camisinha é comumente relacionada a proteção contra o HIV, mas ela também combate tumores que têm relação com o HPV, como o colo do útero, vagina, vulva, ânus, boca, garganta e o câncer de pênis”, ressalta o oncologista do Centro Paulista de Oncologia/ Oncoclínicas Andrey Soares.

O câncer de pênis é considerado raro, porém o diagnóstico precoce pode trazer ótimos resultados para o paciente. “Os homens, em geral, tendem a se preocupar menos com a saúde e com isso fazem menos exames. Informar sobre a importância do uso de camisinha também na prevenção do câncer masculino é fundamental e dever dos agentes públicos”, orienta Soares.

Os sintomas do câncer de pênis são lesões que podem parecer verrugas ou feridas. Em estágios mais avançado da doença costumam aparecer ínguas na região da virilha. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) mais da metade dos homens demora um ano para procurar um médico após o aparecimento das lesões, com isso, aumentam as chances de um tratamento com menos consequências físicas. “O tratamento pode ser desde procedimentos locais parciais, até a necessidade de amputação total do pênis. A radioterapia e a quimioterapia também podem fazer parte do tratamento. Quando diagnosticado precocemente, existem chances reais de cura”, explica Soares.

O oncologista lembra que pacientes com câncer de pênis que são tratados com procedimentos parciais podem manter uma vida sexual normalmente, porém, em casos graves, quando ocorre a amputação do membro, a atividade sexual se perde. “A vida sexual não se resume a penetração do pênis na companheira ou no companheiro, um casal pode manter a vida sexual de diversas maneiras. O mais importante é a prevenção”, conclui Soares.

 

 

COMENTÁRIOS dos leitores