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Voltada para a prevenção e conscientização sobre o câncer de próstata, a campanha Novembro Azul deve alcançar a todas as pessoas que podem ser acometidas por essa doença, o que inclui as mulheres transexuais e travestis. O alerta é de urologistas ouvidos pela Agência Brasil, como o médico Ubirajara Barroso Jr., chefe da Divisão de Cirurgia Urológica Reconstrutora do hospital da Universidade Federal da Bahia (SFBA). Barroso foi responsável pela primeira cirurgia de transição de gênero pelo Sistema Único de Saúde (SUS) na Bahia.

Realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), a campanha agora é mais abrangente, chamando a atenção do homem para a necessidade de se consultar com um urologista desde a adolescência. Além de enfatizar que é preciso avaliar a saúde do homem desde a idade mais tenra, com a campanha Vem pra Uro!, a iniciativa volta-se para as pessoas que são designadas como sexo masculino ao nascer, mas passam a se identificar com o sexo feminino, que é o caso das mulheres trans, afirma o urologista.

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Ubirajara Barroso Jr. ressalta que não é só a mulher trans precisa ser incluída nos cuidados com a saúde. “Não esqueçamos que muitos homens trans que, inicialmente, podem necessitar de cuidado ginecológico, porque persistem com vagina, útero, trompa e ovários, acabam submetendo-se à correção cirúrgica, com reconstrução de um falo, seja com o próprio clitóris ou com retalhos, e passam a penetrar, ficando sujeitos a riscos de alterações urinárias pela reconstrução da uretra e, também, de infecções sexualmente transmissíveis.”

Glândula

No caso da mulher trans, apesar de o sexo designado ao nascer ser o masculino, duas coisas podem acontecer durante ou após transição hormonal ou cirurgias. “Primeiro, todas as mulheres trans mantêm a glândula prostática, que não é abordada no procedimento cirúrgico. E quem não foi submetido a cirurgia ainda tem pênis”. Por isso, Barroso diz que não é raro constatar, entre aquelas que evitam ir ao Sistema Único de Saúde (SUS) por medo de preconceitos, casos de má higiene da genitália e laceração da pele por amarrarem o pênis para escondê-lo, provocando irritações, que são um fator de risco para o câncer.

O médico destaca que, embora seja feita a transição de gênero, muitas pessoas esquecem que ali existe uma próstata. “A própria mulher trans não tem consciência disso. Muitas vezes, no cuidado com a saúde, isso não é abordado”. Há ainda a crença de que o uso de hormônios femininos pode proteger completamente a mulher trans do câncer de próstata. “Mas é possível, mesmo usando hormônios femininos, a mulher trans ser afetada pelo câncer de próstata”. Outro equívoco é achar que a cirurgia engloba a retirada da próstata. “A próstata fatalmente estará lá, a não ser que haja uma doença que exija sua retirada.”

Barroso diz que a mulher trans com próstata precisará do urologista à medida que for envelhecendo, tanto quanto o homem cis. Por outro lado, lembra o médico, o câncer de próstata é 100% curável se for detectado precocemente. Quanto mais tardia for transição, pela própria presença de mais hormônios masculinos, maior será a chance de câncer de próstata. “E há relatos de cânceres que já vêm com metástase, por conta também do mau acesso à saúde, da desinformação”, acrescenta.

Preconceito

Embora muitas pessoas transgênero deixem de procurar o SUS com receio de ouvir agressões ou ser discriminadas, ofendidas ou mal recebidas, o especialista lembra que o sistema é para todos, é universal. “Ter acesso à saúde, ao respeito, à dignidade é um direito da população trans. Isso é constitucional”, destaca Barroso. Segundo ele, a SBU tem um departamento que trata dos cuidados urológicos na população trans.

“Portanto, é muito importante que o Novembro Azul seja, de fato, mais abrangente e mais inclusivo, não focando somente na prevenção do câncer de próstata, mas também na conscientização, tanto dos homens cis quanto dos homens trans e das mulheres trans, da necessidade de procurar o urologista”. O tema é sempre abordado nas sessões de educação continuada da entidade, diz Barroso Jr., reiterando que o Novembro Azul passou a ser o mês de conscientização da saúde do homem e, agora, também de todas as pessoas que precisam de um urologista.

De acordo com o urologista e oncologista Carlos Carvalhal, membro da SBU e médico do Hospital São Francisco na Providência de Deus, independentemente da escolha de como a pessoa vai se relacionar com o mundo, os profissionais da saúde têm que fazer o mesmo trabalho com todos. O mais importante é garantir que as pessoas trans sejam acolhidas da mesma forma que qualquer outro paciente, por todos os profissionais da área. Ele diz que preconceito não deveria existir e defende a realização de um trabalho social grande para tornar mais fácil o acesso desses indivíduos tanto no SUS quanto no setor privado.

Assim como Barroso Jr., Carlos Carvalhal enfatiza que ainda não existe protocolo para retirada da próstata em cirurgias de redesignação de sexo. “A retirada da próstata traz malefícios anatômicos que podem gerar complicações Por isso, as mulheres trans ficam com a próstata e devem fazer a mesma avaliação que o público masculino”. Carvalhal ressalta que, como a parte da genitália era do sexo masculino, essas pessoas vão ter problemas comuns aos homens. Algumas medicações podem diminuir a prevalência de câncer, mas não evitam a doença e, “às vezes, até dificultam o diagnóstico”, afirma.

Com a detecção precoce, a chance de cura do câncer de próstata é muito maior, confirma Carvalhal. Segundo ele, os homens têm pouco costume de procurar o urologista. “As mulheres se cuidam muito mais. O homem, não.”

Campanhas plurais

A presidente da Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra), Keila Simpson, diz que campanhas como o Novembro Azul deveriam ser feitas o ano todo, para incentivar a avaliação frequente da próstata. “Precisamos ter, cada vez mais, campanhas orientando as pessoas a cuidarem da saúde durante todo o ano”. Para Keila, campanhas específicas como o Outubro Rosa, contra o câncer de mama, e o Novembro Azul, contra o câncer de próstata, podem ser entendidas como restritivas a mulheres e homens, respectivamente. E isso acaba levando as mulheres trans, por exemplo, a não se sentirem incluídas. “Elas não vão ter atenção com essas campanhas. Com a informação que não as está atingindo, de fato, elas não vão ligar”.

Para Keila, o movimento social tem muito a contribuir para o debate sobre binaridade de gênero. “E que as pessoas que não se identificam com o gênero a elas atribuído no nascimento possam se sentir incluídas, principalmente em relação à saúde, que se sintam parte do processo”

Keila destaca ainda a necessidade de os profissionais do SUS se atualizarem e se reciclarem para atender às mulheres trans da mesma forma que homens e mulheres cis são atendidos. "Por isso, muitas resistem em procurar consultórios médicos que estão inteiramente binarizados. “E, aí, os preconceitos e as discriminações acontecem. O que se espera é que um espaço que vai cuidar da saúde não tenha preconceitos. E não acabe estabelecendo situações que fazem desse exame tão importante um tipo de comédia para estigmatizar um processo de cuidado da saúde.”

Uma das ações sugeridas por Keila é a criação de espaços, principalmente públicos, que não sejam separados para homens e mulheres, que sejam espaços comuns, em que toda a população, incluindo mulheres trans, possam estar. “Que sejam neutros. Homens e mulheres no mesmo espaço, e cada especialidade atendendo os seus pacientes”. A partir daí, seria possível evitar um pouco desse constrangimento, enfatiza.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu para os homens "criarem coragem" para fazer o exame de toque retal que permite identificar os tumores da próstata que são palpáveis. "Seja homem, faça o exame de próstata", comentou Lula, na esteira do Novembro Azul, mês mundial de combate ao câncer de próstata.

"Todo homem que se preza, que se respeita, que gosta da família, da sua mulher, dos seus filhos, do seu pai, da sua mãe, que gosta dele próprio, da sua vida, precisa criar juízo e fazer exame de próstata", declarou, em transmissão semanal ao vivo nas redes sociais, denominada de Conversa com o Presidente, nesta terça-feira (7). "Tem vários tipos de exame, mas tem um que os homens têm medo que é chamado 'toque'."

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Segundo Lula, "muito pior que o médico dar o toque é você descobrir que está com câncer e morrer por uma doença que podia curar". O presidente pediu para os homens que têm medo do exame perguntarem para suas mulheres "quantos toques ela leva na vida toda vez que vai ao médico e sai a mesma mulher que entrou".

"Morre muita gente por conta do câncer de próstata e você pode evitar isso com um pouquinho de coragem", afirmou.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), no Brasil, sem considerar os tumores de pele, o câncer de próstata é o mais comum entre os homens. São mais de 65 mil novos casos todos os anos, segundo estimativa do órgão. Dentro de um recorte, o homem nordestino corre maior risco de desenvolver a doença, enquanto o preto tem mais chance de desenvolver a forma mais grave dela.

A oncologista Silvia Fontan destaca que nos homens negros, além de ser mais agressivo em boa parte dos casos, o câncer de próstata nessa parcela da população tende a aparecer de forma mais precoce e, por isso, é indicado uma triagem para esse público a partir dos 45 anos.

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O câncer de próstata ocupa a primeira posição mais frequente em todas as Regiões brasileiras, com um risco estimado de 63,94 por 100 mil na Região Sudeste; de 62 por 100 mil na Região Sul; de 65,29 por 100 mil na Região Centro-Oeste; de 72,35 por 100 mil na Região Nordeste; e de 29,39 por 100 mil na Região Norte.

Em 2020, de acordo com o Atlas da Mortalidade por Câncer do INCA, foram 18.841 mortes por câncer de próstata no Brasil. No mesmo ano, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, 810 homens morreram por conta do câncer de próstata no Estado. 

Embora seja um dos tipos de câncer mais comum em homens, por medo, machismo ou desconhecimento, muitos deles ainda preferem não conversar sobre o assunto.

“Ainda existe preconceito e, por incrível que pareça, ele ainda é grande, principalmente aqui porque quanto mais interior, quanto mais Nordeste, maior esse preconceito com o exame de toque. Por isso, é importante a divulgação em todos os meios para a gente conseguir conscientizar, porque se você faz o exame de toque junto com o PSA, você aumenta e muito a chance de descobrir o tumor na fase inicial, aumentando e muito a chance de cura", fala Silvia.

Mas porque a necessidade do toque retal?

Fontan explica que, com o toque, o urologista sente a próstata e vê se ela está normal. “O toque é um dos exames mais fidedignos para detectar uma operação prostática”, garante. 

Além do toque, existe o exame de PSA, que é um exame de sangue que mede a quantidade de uma proteína produzida pela próstata, que é justamente o Antígeno Prostático Específico (PSA). Níveis altos dessa proteína podem significar câncer, mas também doenças benignas da próstata.

Confira abaixo detalhes sobre a doença e formas de prevenção divulgados pelo INCA

Qual exame confirma o câncer de próstata?

Para confirmar a doença é preciso fazer uma biópsia. Nesse exame são retirados pedaços muito pequenos da próstata para serem analisados no laboratório. A biópsia é indicada caso seja encontrada alguma alteração no exame de PSA ou no toque retal.

Homens sem sintomas precisam fazer exames?

Há uma divergência no universo médico sobre exames de rotina em homens sem sintomas da doença. Mas existem benefícios e riscos.

Benefícios

Realizar o exame pode ajudar a identificar o câncer de próstata logo no início da doença, aumentando assim a chance de sucesso no tratamento. 

Tratar o câncer de próstata na fase inicial pode evitar que se desenvolva e chegue a uma fase mais avançada.

Riscos

Ter um resultado que indica câncer, mesmo não sendo, gera ansiedade e estresse, além da necessidade de novos exames, como a biópsia.

Diagnosticar e tratar um câncer que não evoluiria e nem ameaçaria a vida. O tratamento pode causar impotência sexual e incontinência urinária.

Quais são os sinais e sintomas?

Na fase inicial, o câncer de próstata pode não apresentar sintomas e, quando apresenta, os mais comuns são: dificuldade de urinar, demora em começar e terminar de urinar, sangue na urina, diminuição do jato de urina e a necessidade de urinar mais vezes o dia ou à noite.

É possível prevenir o câncer de próstata?

A oncologista Silvia Fontan explica que o exercício físico faz parte de um conjunto de ações que ajudam a prevenir o desenvolvimento de tumores malignos, porque quando você se exercita, traz mais saúde para as células em geral. “Você aumenta a circulação sanguínea e consegue aumentar a eliminação de compostos tóxicos. A atividade física e a dieta balanceada são os dois ganchos para você tentar diminuir as chances de qualquer tipo de tumor e da maioria das doenças. Isso não quer dizer que as pessoas sedentárias e obesas vão desenvolver câncer [necessariamente]”, assevera.

Ter uma alimentação saudável, praticar atividade física, manter o peso corporal adequado, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas pode diminuir o risco de várias doenças.

Novembro Azul é o mês de conscientização e prevenção do câncer de próstata. Nesse período, ações de saúde pública destacam que todo homem, a partir dos 50 anos, tem que ir ao urologista, pelo menos uma vez por ano. Homens negros ou com parentes de primeiro grau que tiveram câncer de próstata devem iniciar as consultas e exames preventivos mais cedo, aos 45 anos.

 O câncer de próstata é o segundo tipo mais comum entre os homens (depois do câncer de pele não melanoma). Um em cada seis homens terão câncer de próstata durante a vida.

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 A doença afeta mais os homens acima de 50 anos, com excesso de peso e sedentários. Negros não apenas têm mais possibilidades de desenvolver o câncer de próstata, como estão sujeitos às formas mais agressivas da doença, indicam estudos científicos. 

O Novembro Azul lança perguntas importantes: tenho dificuldade para urinar? Acordo várias vezes durante a noite para ir ao banheiro e, mesmo assim, percebo que o jato está fraco? Há vestígios de sangue na urina? Sinto vontade fazer xixi com urgência? Se a resposta for sim para pelo menos uma dessas perguntas, é importante procurar um urologista.

A preocupação em incentivar os homens a procurar um especialista é antiga e aumentou por causa da pandemia. O medo de contrair covid-19 e os tabus que envolvem a realização dos exames preventivos são obstáculos para os homens procurarem atendimento médico.

De acordo com o urologista João Frederico Andrade, do Centro de Tratamento Oncológico – CTO, homens brasileiros vivem, em média, sete anos menos do que as mulheres. "No caso do câncer de próstata, a negligência do público masculino pode resultar em um diagnóstico tardio, que significa que o tratamento será mais difícil”, diz ele.

Pesquisa realizada pelo Instituto Lado a Lado pela Vida, em 2019 (antes da pandemia), com 2.405 homens, mostrou que 59% deles não costumavam ir ao urologista. Entre os homens acima de 50 anos atendidos pela rede privada, 89% disseram já ter feito o PSA e 65%, o exame de toque. Entre os atendidos pelo SUS, 45% nunca foram submetidos ao toque retal e 16% não fizeram o exame de PSA.

Durante a pandemia, cerca de 90% afirmaram que houve uma redução em 50% das cirurgias eletivas, e 54,8% relataram que as cirurgias de emergências diminuíram pela metade. O atendimento ambulatorial e nos consultórios médicos teve uma redução ainda maior, de 80%. Foi o que constatou o levantamento feito pela Sociedade Brasileira de Urologia no ano passado.

Em sua fase inicial, o câncer da próstata tem uma evolução silenciosa. Por isso, muitos homens não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata, também chamado de HPB. Quando alguns sinais começam a aparecer, 95% dos tumores já estão em fase avançada, dificultando a cura.

A avaliação periódica é o primeiro e mais importante passo. “As chances de recuperação chegam até 90% quando a doença é diagnosticada precocemente”, alerta o especialista.

Confira os sintomas que são suspeitos e indicam que o homem deve ir ao médico:

·         Sensação de que sua bexiga não se esvaziou completamente e ainda persiste a vontade de urinar.

·         Dificuldade para interromper o ato de urinar.

·         Urinar em gotas ou jatos sucessivos.

·         Necessidade de fazer força para manter o jato de urina.

·         Vontade incontrolável de urinar, mesmo quando a bexiga não está cheia.

·         Sensação de dor na parte baixa das costas ou na pélvis (abaixo dos testículos).

·         Problemas em conseguir ou manter a ereção.

·         Sangue na urina ou no esperma (esses são casos muito raros).

·         Dor durante a passagem da urina ou nos testículos.

·         Ejaculação dolorida.

·         Dor lombar, na bacia ou nos joelhos.

·         Sangramento pela uretra.

Os fatores que podem ajudar a prevenir o câncer de próstata são alimentação saudável - rica em frutas, verduras, legumes, grãos e cereais integrais; manter o peso ideal do corpo, praticar atividades físicas, não fumar e evitar o consumo de bebidas alcoólicas.

Exames preventivos, como o toque retal, são fundamentais. O exame é rápido e indica se a próstata apresenta algum tipo de alteração. Quando há presença de câncer, a glândula endurece. Caso a alteração seja detectada, o médico pode solicitar outros exames para confirmar o diagnóstico, como o PSA (Antígeno Prostático Específico), o ultrassom transretal e a biópsia da glândula para análise.

A mais recente estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS), indica que o câncer de próstata corresponde a 13,5% de todos os cânceres no mundo. A cada dia, 42 homens morrem em decorrência do câncer de próstata e aproximadamente 3 milhões vivem com a doença no mundo.

No Brasil, a doença corresponde a 29,2% dos tumores malignos em homens, se não considerarmos os tumores de pele não melanoma. A estimativa é de que a doença deve ter mais de 65.840 casos novos para cada ano do triênio 2020-2022, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA). Cerca de 15 mil homens morreram em 2018 por causa do câncer de próstata.

Com informações da assesoria do CTO.

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A campanha Novembro Azul, que reforça a prevenção do câncer de próstata nos homens, também estende a preocupação para a doença desenvolvida em cães. Segundo a médica veterinária veterinária, especialista em oncologia e cirurgia, e professora da Universidade de Guarulhos (UNG), Karla Oliveira, é importante estar atento às medidas preventivas. "O diagnóstico precoce é essencial para o estadiamento e prognóstico da doença. Os sinais clínicos mais comuns nas doenças prostáticas são tenesmo, gotejamento de sangue, hematúria e afecções urinárias recorrentes. Ainda podem apresentar febre, dor abdominal e dor ao urinar, que leva à anúria", explica.

Além dos sintomas que podem acometer o pet com câncer prostático, é preciso prestar atenção na alteração de humor do animal. "Vale sinalizar que infecções urinárias que não apresentam resposta positiva sobre o tratamento podem indicar tumores de próstata", diz Karla. 

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A médica veterinária explica que há vários tipos de câncer de próstata. Os carcinomas e os sarcomas são os mais incidentes. "Para maior averiguação da patologia é recomendado o pedido de exames complementares, como ultrassonografia, que nos permite avaliar o tamanho e contorno prostático, e também o parênquima glandular e as estruturas interiores", diz Karla. "Porém, somente a ultrassonografia não é suficiente para distinguir as doenças prostáticas. Para um resultado mais minucioso devemos optar por citologia por agulha fina da região ou por biópsia para obter um diagnóstico definitivo", complementa.

Segundo a médica, não há uma prevenção segura, já que a doença ocorre de forma espontânea, mesmo em animais já castrados. "Ou seja, a castração não é um fator inibidor da prevalência do câncer prostático. O tratamento é cirúrgico, quimioterápico e radioterápico, muitas vezes sendo ineficiente, de acordo com a progressão da doença", finaliza.

 

O Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira (11) um projeto piloto para o desenvolvimento de ações de cuidado integral à saúde do homem e prevenção do câncer de pênis no âmbito da Atenção Primária à Saúde. O projeto faz parte da campanha Novembro Azul, de prevenção ao câncer de próstata e em prol da saúde masculina.

Durante a cerimônia, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assinou portaria que destina R$ 20 milhões ao projeto. Os recursos serão aplicados na qualificação das práticas de cuidado à saúde masculina em estados com taxa de mortalidade de câncer de pênis acima de 0,60 por 100 mil homens no período de 2014 a 2018. Os estados são: Piauí, Maranhão, Tocantins, Pará e Sergipe. Também receberão o incentivo 370 municípios com população de até 100 mil habitantes com média de registro de, ao menos, um diagnóstico de câncer de pênis. 

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O Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que ocorram 1.130 novos casos de câncer de pênis neste ano, os mais graves envolvem, inclusive, a amputação do membro masculino. Para o câncer de próstata, os dados apontam para 65.840 novos casos a cada ano, entre 2020 e 2022, e para o câncer de boca, 11.180 novos casos ao ano, no mesmo período.

O secretário da Atenção Primária à Saúde, Rafael Câmara, destacou que, apesar de menos prevalente, o câncer de próstata não deve ser esquecido, já que pode ser prevenido e ter diagnóstico precoce. “Muito se fala em câncer de próstata, e este é um foco grande do nosso ministério, mas o câncer de pênis também é um problema que durante muito tempo ficou deixado de lado. O foco da campanha deste ano também dá importância muito grande a isso”, disse.

O projeto também prevê ações educativas de higiene genital, de prevenção a infecções pelo papilomavírus humano (HPV), que são fatores de risco para o câncer de pênis, e de identificação precoce da doença. “O maior fator de risco é a falta de higiene, então é uma política que vai se manifestar daqui a alguns anos”, ressaltou Câmara.

No caso do câncer de próstata, homens com mais de 55 anos, com excesso de peso e obesidade, estão mais propensos à doença. É o tipo mais comum de câncer entre a população masculina. Já o câncer de boca é o quinto em incidência entre homens e, normalmente, acomete pessoas com mais de 40 anos. Tabagismo, consumo excessivo de álcool, exposição solar sem proteção, infecção pelo vírus HPV e imunossupressão estão entre os fatores de risco para a doença.

De acordo com o Ministério da Saúde, o objetivo do Novembro Azul é sensibilizar a população masculina e profissionais de saúde quanto a ações de autocuidado e cuidado integral, considerando fatores socioculturais relacionados à masculinidade e ao adoecimento dos homens.

“A ação precoce e preventiva é o melhor caminho. O homem é diferente: a gente demora para buscar o médico, demora para realmente ceder a isso, e muitas gente acaba agravando a sua doença por essa característica masculina. Temos que tratar esse assunto, temos que trabalhar, sim, temos que buscar o médico antes de chegar a uma situação mais complicada”, disse o ministro Pazuello, ao comentar a destacou a importância da prevenção de doenças..

Após a cerimônia, um grupo de motociclistas fez um passeio pela Esplanada dos Ministérios, em Brasília, para marcar o lançamento da campanha.

Outras ações

Nos próximos dias o Ministério da Saúde firmará um acordo de cooperação técnica com a Sociedade Brasileira de Urologia, buscando a qualificação de políticas públicas destinadas aos homens. Um grupo de trabalho será instituído para elaborar uma série de atividades para ampliar as práticas de prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de câncer de pênis, próstata e testículo no país. 

Além disso, o Ministério da Saúde lançou nesta quarta-feira, em parceria com o Serviço Social do Transporte e Serviço Nacional de Aprendizagem do Transporte (Sest/Senat), o Cartão de Saúde do Caminhoneiro e Caminhoneira. O documento será usado para registro e acompanhamento, pelos profissionais de saúde, de informações clínicas sobre os motoristas em qualquer estabelecimento da atenção primária do país, seja público ou privado. 

A ação prevê a impressão e distribuição inicial de 500 mil cartões para estados e municípios. O Cartão do Caminhoneiro e da Caminhoneira também estão disponíveis na página do Ministério da Saúde na internet.

O Brasil conta, desde 2009, com a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde do Homem, cujo objetivo é promover a melhoria das condições de saúde da população masculina brasileira. O documento é dividido em eixos prioritários, que englobam o acesso e o acolhimento na rede pública de saúde, o planejamento familiar, o incentivo ao acompanhamento da paternidade desde a gestação, a prevenção de violências e acidentes e o cuidado em relação às doenças prevalentes na população masculina. 

Nesse contexto, o Ministério da Saúde vem trabalhando para estimular a população masculina a buscar consultas e exames por meio da Estratégia do Pré-natal do Pai, um check-up que é feito antes do nascimento do bebê. Homens da faixa etária de 20 a 39 anos foram os mais atendidos pela estratégia entre os anos de 2018 a 2020, representando mais de 50% dos atendimentos na atenção primária.

Muitas pessoas não sabem, mas o preservativo é um dos métodos que ajudam a diminuir os riscos de câncer entre homens e mulheres. Isso porque a camisinha protege de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs)e combate o surgimento de tumores no pênis, entre os homens.

Uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC) aponta que 30% dos brasileiros não imaginam que o preservativo pode reduzir o risco de desenvolver um câncer. “O uso da camisinha é comumente relacionada a proteção contra o HIV, mas ela também combate tumores que têm relação com o HPV, como o colo do útero, vagina, vulva, ânus, boca, garganta e o câncer de pênis”, ressalta o oncologista do Centro Paulista de Oncologia/ Oncoclínicas Andrey Soares.

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O câncer de pênis é considerado raro, porém o diagnóstico precoce pode trazer ótimos resultados para o paciente. “Os homens, em geral, tendem a se preocupar menos com a saúde e com isso fazem menos exames. Informar sobre a importância do uso de camisinha também na prevenção do câncer masculino é fundamental e dever dos agentes públicos”, orienta Soares.

Os sintomas do câncer de pênis são lesões que podem parecer verrugas ou feridas. Em estágios mais avançado da doença costumam aparecer ínguas na região da virilha. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca) mais da metade dos homens demora um ano para procurar um médico após o aparecimento das lesões, com isso, aumentam as chances de um tratamento com menos consequências físicas. “O tratamento pode ser desde procedimentos locais parciais, até a necessidade de amputação total do pênis. A radioterapia e a quimioterapia também podem fazer parte do tratamento. Quando diagnosticado precocemente, existem chances reais de cura”, explica Soares.

O oncologista lembra que pacientes com câncer de pênis que são tratados com procedimentos parciais podem manter uma vida sexual normalmente, porém, em casos graves, quando ocorre a amputação do membro, a atividade sexual se perde. “A vida sexual não se resume a penetração do pênis na companheira ou no companheiro, um casal pode manter a vida sexual de diversas maneiras. O mais importante é a prevenção”, conclui Soares.

 

 

Will Smith só queria fazer um vídeo engraçado para seu canal no YouTube, mas acabou descobrindo um pólipo pré-canceroso. O ator se submeteu a uma colonoscopia, a primeira de sua vida, e compartilhou com os fãs todos os momentos. Contudo, durante o exame, ele descobriu o tumor que foi retirado para uma investigação mais minuciosa. 

Bem-humorado como sempre, Smith postou no seu canal todo o processo que envolveu sua colonoscopia. "Dizem que você não chega a 50 milhões de seguidores se você não mostrar sua bunda. Então, aqui estou eu, fazendo uma colonoscopia", disse no vídeo o ator que tem 51 anos. 

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Tudo correu dentro do previsto, no entanto, durante o exame foi encontrado um pólipo pré-canceroso, imediatamente removido para uma análise mais detalhada. Will aproveitou o momento para deixar um recado de conscientização para seu público masculino. "Já é 2019, precisamos estar com a saúde em dia. Há muita vergonha em se cuidar para ser saudável. Caras, vocês só precisam se cuidar", disse. 

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A Policlínica Lessa de Andrade, ligada à Secretaria de Saúde da Prefeitura do Recife, localizada no bairro da Madalena, realiza desta segunda (19) até a sexta-feira (23) ações voltadas para o Novembro Azul, mês de conscientização sobre a saúde do homem. Serão realizadas palestras e os usuários da unidade poderão fazer exames, aferição da pressão arterial, teste de glicose, peso, altura e índice de massa corporal (IMC) e testes rápidos de HIV, sífilis e hepatites B e C.

As palestras também abordarão temas como doenças crônicas não transmissíveis; educação em saúde bucal e câncer de boca; e os cuidados com a saúde integral do homem. Na sexta-feira (23), os pacientes que passarem por avaliação e estiverem dentro de grupos de risco, serão encaminhados para fazer exame de PSA (marcador sanguíneo que pode indicar qualquer alteração na próstata)

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O calendário completo de ações do mês pode ser conferido no Portal da PCR – www.recife.pe.gov.br.

Por Jéssika Tenório

Para marcar o Novembro Azul, mês de conscientização na prevenção do câncer de próstata, a Lucilo Maranhão Diagnósticos promoverá uma ação beneficente em prol do Hospital de Câncer de Pernambuco (HCP). Neste sábado (10), a partir das 14h, acontecerá uma amistosa partida de futebol no campo do Hotel Sheraton Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho. A entrada é gratuita e aberta ao público. 

Além de vestir a camisa da prevenção, os times irão prestigiar um bate-papo sobre saúde masculina com os médicos urologistas Dimas Antunes e Renan Eboli. O evento também contará com a parceria da cervejaria DeBron Bier, Harley-Davidson, Pontual Turismo, Ecohus, A3 Design, Noha Shoes, Trois Barbearia, Studio Mobli, Clínica Pele e Sigla. O buffet, que será doado para o evento, leva assinatura do chef português Fernando Fonseca, responsável pelo menu dos restaurantes do Hotel Sheraton Reserva do Paiva. 

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Na ocasião, ainda haverá um leilão de capacetes exclusivos da Harley-Davidson, confeccionados especialmente para a ação. Todo o valor arrecadado com os produtos e serviços comercializados durante o evento será destinado para o HCP. 

Da assessoria.

Os alunos de Enfermagem e Ciências Biológicas da UNG (Universidade Guarulhos) realizam neste sábado (25), às 9h, uma ação social voltada à saúde na Associação Pró-Moradia Nosso Lar, Nosso Teto, no Jardim Marilena em Guarulhos.

Durante o evento, serão realizadas orientações sobre o câncer na próstata, assim como testes de glicemia e aferição de pressão.

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A ação faz parte das comemorações do Novembro Azul, que visa a conscientização a respeito de doenças masculinas, com ênfase na prevenção e no diagnóstico precoce do câncer de próstata. O movimento surgiu na Austrália em 2003, mas no Brasil acontece todos os anos desde 2008.

Associação Pró-Moradia Nosso Lar, Nosso Teto fica na Rua Sebastião da Boa Vista, 1053, no bairro Jardim Marilena, na região do Taboão em Guarulhos. As orientações acontecem das 11h às 14h.

A ação é gratuita e aberta ao público.

Mais informações no telefone (11) 24641151.

Anualmente o mês de novembro é utilizado como pano de fundo para a campanha de combate ao câncer de próstata. Como acontece com as mulheres em outubro, a ocasião é utilizada para a conscientização da importância da realização de exames regulares. O diagnóstico precoce da doença é essencial para salvar a vida dos pacientes.

Como parte dessa campanha, o LeiaJá, em parceria com a UNINASSAU e o Hospital Esperança, irá transmitir AO VIVO uma prostatectomia radical robótica, que é a retirada com o auxílio de um robô da próstata de um paciente com câncer nessa glândula. A partir das 16h30 desta sexta (17), o internauta poderá acompanhar através do Facebook do LeiaJá e da UNINASSAU, a cirurgia realizada pelo urologista Misael Wanderley .

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O câncer de próstata deve se manifestar em um a cada sete homens no Brasil, nos próximos anos. A afirmação é do doutor Álvaro Dias Bosco, médico urologista do Instituto Brasileiro de Controle de Câncer. Segundo o especialista, 25% dos casos de câncer entre os homens são desse tipo. Apenas um em cada quatro homens realizam os exames anuais necessários para detectar a doença.

De acordo com o médico, um dado importante para prevenção da doença é o acompanhamento do histórico familiar. Homens cujo pai ou irmão já tiveram câncer de próstata têm duas vezes mais chances de desenvolver a doença. No caso de três parentes, mesmo que não sejam de primeiro grau, a possibilidade é cinco vezes maior. “Esse monitoramento começa aos 50 anos, mas em caso de histórico familiar deve-se procurar orientação já aos 45 anos”, declara Dias Bosco.

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O dia 17 de novembro é a data em que se celebra o Dia Mundial de Combate ao Câncer de Próstata. O Novembro Azul foi criado por um grupo de amigos em um pub australiano, no ano de 1999, justamente para lembrar a data. Em vários locais do mundo os homens deixam de se barbear durante todo o mês para mostrar adesão ao movimento, que também recebe o nome de “No Shave November” (novembro sem se barbear, em tradução livre).

Em decorrência do Novembro Azul, os cuidados voltados à saúde dos homens são oferecidos pela Prefeitura do Recife (PCR). Na quarta-feira (23), servidores do órgão poderão ter acesso a testes rápidos que podem expor o panorama da sua saúde. O serviço é disponibilizado na Sala dos Motoristas, localizada na garagem da sede da prefeitura.

Na ocasião, serão oferecidos testes rápidos de HIV e Sífilis, além de glicemia e aferição de pressão. Preservativos e materiais educativos para a saúde do homem também serão distribuídos. A conscientização e prevenção do câncer de pênis, câncer de próstata e sobre saúde bucal ficam a cargo de palestras realizadas no local. 

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Mudar a vida após a notícia de uma doença. Abdicar dos planos de ampliar a família, passar por cirurgia e tratamento. Esta pode ser a situação vivida por homens vítimas do câncer de próstata, mal que deve afetar mais de 61 mil indivíduos somente em 2016, segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer (INCA). Apesar do medo devastador de possuir a doença, os exames preventivos precoces fazem toda diferença na forma de tratar a enfermidade, aumentando as chances de que o paciente leve uma vida normal após a cirurgia.

“Os pacientes chegam apreensivos ao consultório, alguns trazidos pela família, mas grande parte por livre e espontânea vontade. Então, são feitos exames de toque, ultrassonografia e de sangue, o PSA (Antígeno Prostático Específico). Caso existam alterações, é feito um acompanhamento a fim de identificar do que se trata essa alteração”, explica o urologista Francisco Cavalcanti.

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Entre os 61.200 homens presentes na expectativa do INCA para 2016 está J. B, de 48 anos. O profissional em manutenção de equipamentos hospitalares descobriu em junho que tem câncer de próstata. “Desde os 45 anos venho fazendo exames, acompanhamento das minhas taxas de PSA que sempre deram altas, desde a primeira vez. Então após três anos de investigações, na quarta biópsia foi descoberto o câncer”, detalhou.

Com a notícia, o choque de saber que sua vida mudaria em alguns aspectos. “Não é fácil receber a notícia de que você está com câncer, que passará por uma cirurgia. Estou tentando me adaptar a isso ainda. Hoje, depois de 47 dias da cirurgia, já voltei a trabalhar, mas sei que não poderei mais ter filhos”.

Segundo o médico Francisco Cavalcanti, em todos os casos cirúrgicos, o paciente fica estéreo, mas as chances de impotência e incontinência urinária variam entre os pacientes. “O mais importante é realizar o diagnóstico precoce, a partir disso, as chances da vida desse paciente ter um seguimento normal é muito maior”. O profissional explica que os homens com histórico de câncer de próstata na família devem iniciar os exames a partir dos 45 anos. Já para quem não possui casos registrados entre os parentes, a busca do médico deve ser feita a partir dos 50 anos.

Preconceito com exame de toque

O urologista aponta que há cerca de dez anos, o número de homens que apresentam resistência ao exame preventivo tem reduzido. “Ainda existe, mas é uma parcela mínima o número de homens que não querem buscar o médico e são trazidos pelos familiares”, aponta.

Segundo J. B, nunca houve negligência da sua parte. “A mim não cabe preconceito, tabu ou qualquer tipo de contrariedade à prevenção. Hoje em dia, temos técnicas eficientes que podem detectar a doença em estágio inicial, então não faz sentido se prejudicar por preconceito”.  

Visando a prevenção do câncer de próstata, o Serviço Social da Indústria de Pernambuco (Sesi) oferece exames gratuitos a partir desta terça-feira (8). Ao todo, serão realizados dois mil procedimentos que podem detectar a doença na população. O serviço faz parte da campanha de incentivo ao Novembro Azul e estará disponível até o próximo dia 17, em uma unidade móvel instalada na quadra do Quartel do Derby, na área central do Recife, no horário entre 8h e 13h.

O atendimento é voltado a homens a partir de 40 anos, que devem passar por exames de ultrassonografia e famoso PSA - exame de sangue que complementa o diagnóstico do câncer de próstata. Quem possuir idade inferior também poderá ser atendido, desde que tenha encaminhamento médico. 

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Ao todo, serão distribuídas 150 fichas diariamente e quem desejar utilizar o serviço deve se dirigir ao local com o CPF e carteira de identidade. O paciente precisar estar em jejum para a realização dos exames.   

O Sesi informa que durante o feriado do próximo dia 15 de novembro não haverá atendimento, no entanto, para mais informações, é possível entrar em contato com o órgão pelo telefone (81) 3412.8330, e-mail relacionamento@pe.sesi.org.br, ou pelo WhatsApp (81) 98829.3330. 

Mais ações

Dentro do cronograma de atividades para o Novembro Azul, o Sesi também está realizando palestras educativas em empresas a fim de sensibilizar o público masculino sobre a prevenção do câncer de próstata. De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (Inca), esta motivação se dá pela tendência de que a doença pode fazer 61 mil novas vítimas ainda este ano. 

A partir de hoje (1º), a campanha Novembro Azul passa a ser um movimento permanente e que contempla a saúde integral do homem. A proposta do Instituto Lado a Lado pela Vida, que coordena a ação, é mobilizar a população masculina e seus responsáveis diretos, no caso de crianças e adolescentes, para conhecerem mais sobre sua saúde, em diferentes fases da vida.

Na página da campanha, o instituto disponibilizou uma lista das doenças que mais afetam a saúde masculina, seja na infância, na adolescência, na fase adulta e na terceira idade. Ao clicar em cada uma delas, é possível encontrar informações sobre diagnóstico, fatores de risco, prevenção, sintomas e tratamento. 

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Na infância, as doenças citadas incluem fimose, infecção urinária e prostatite (inflamação da próstata). Já entre adolescentes, a lista destaca arritmia cardíaca, doenças sexualmente transmissíveis e ejaculação precoce. Na fase adulta, aparecem doenças como cálculo urinário e diversos tipos de câncer. Por fim, na terceira idade, integram a lista diabetes, disfunção erétil e hipertensão arterial.

“Por meio da informação, junte-se a nós na conscientização dos cuidados com a saúde e mudança de hábitos, da importância do diagnóstico precoce e adesão ao tratamento”, propõe o Instituto Lado a Lado pela Vida.

Sobre o Novembro Azul

Criada em 2011, a campanha, originalmente, visa orientar a população masculina sobre o câncer de próstata. A doença figura como o segundo tipo de câncer mais comum entre homens, com mais de 13 mil mortes anuais – uma a cada 40 minutos. Mais de 61 mil novos casos devem ser registrados no país em 2016, segundo o Instituto Nacional do Câncer.

Durante todo o mês de novembro, serão realizadas atividades de orientação sobre o câncer de próstata e a saúde do homem e ações para estimular a atividade física. Haverá distribuição de material informativo e prédios serão iluminados na cor azul – entre eles, o Viaduto do Chá, em São Paulo, e o Congresso Nacional, em Brasília.

Um dos destaques da programação é o II Fórum Ser Homem no Brasil, marcado para a próxima segunda-feira (7). Com apoio do Senado Federal, o evento vai reunir profissionais de saúde, parlamentares, governantes, representantes do Ministério da Saúde e população em geral para debater a prevenção e o combate ao câncer de próstata e outros tipos de câncer, como de pênis e testículo.

Nas redes sociais, a campanha vai tratar da saúde integral do homem e usará as hashtags #novembroazul , #denovembroanovembroazul , #menospreconceito e #maisvida. A programação completa do Novembro Azul pode ser conferida no site do instituto. 

No próximo dia 30, para encerrar as atividades do mês do novembro azul, a Faculdade Maurício de Nassau, de João Pessoa, promoverá uma ação para conscientizar a população quanto à prevenção e o tratamento do câncer de próstata. Serão em torno de 60 alunos da instituição trabalhando na ação que vai das 8h às 17h.

Na faculdade, a coordenadora da clínica faculdade, Ivana Torres, afirma que diversos estandes serão montados para atender ao público, cada um realizando inúmeras ações. “Neste espaço, nós teremos estandes que estarão distribuídos de forma que a pessoa se sinta em um circuito de saúde, visitando locais com informações sobre como o câncer acontece, os fatores de risco, incidência, exames preventivos e o que a mulher precisa saber sobre a saúde dos homens”, informa.

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A atividade que será realizada serve para finalizar um mês que recebeu uma atenção especial da instituição para a prevenção da doença. “Durante todo o mês de novembro realizamos ações para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e tínhamos que encerrar este mês com mais este trabalho”, comentou.

A clínica escola oferecerá atendimentos e tratamentos gratuitos à população. E fica localizada na Avenida São Paulo, 1103, Bairro dos Estados. Os telefones para contato são: (83) 98791-4654 e 99660-4856. A marcação pode ser feita pessoalmente, através de encaminhamento médico, ou por telefone.

Profissionais da secretaria de saúde do Recife irão oferecer serviço de prevenção de câncer de próstata para cerca de 150 funcionários do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (Fiocruz), na UFPE. Ação faz parte do movimento nacional Novembro Azul. 

Os homens receberão teste rápido para HIV e sífilis, além de orientação em roda de conversa referente a DST, câncer de próstata, vacinação e distribuição de preservativos. 

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A ação contará com residentes e técnicos de enfermagem; assim como as coordenações de Saúde do Homem, Saúde da Mulher e o Programa Nacional de Imunização. 

Com informação da assessoria

Até o final deste ano, estima-se que mil homens residentes no Pará deverão descobrir que sofrem de câncer de próstata - 330 deles somente em Belém. Os dados são do Instituto Nacional do Câncer (Inca), que apresenta uma taxa bruta de 25,09 ocorrências para cada 100 mil habitantes no Estado.

Em 2014, o Hospital Ophir Loyola, referência em tratamento da doença no Pará, registrou 277 casos. Até setembro deste ano, 211 ocorrências foram confirmadas. Por conta desses índices, o hospital decidiu intensificar a programação da campanha de conscientização Novembro Azul.  

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Mundialmente, o mês de novembro é dedicado às ações voltadas para a prevenção do câncer de próstata e também à saúde do homem. O Ophir Loyola aderiu à causa há quatro anos. No hospital, o câncer de próstata ocupa o primeiro lugar entre os tipos que mais acometem os homens na faixa dos 68 anos.

O Inca aponta que o câncer de próstata é o segundo mais comum entre homens, ficando atrás somente do de pele. São 69 mil novos casos registrados a cada ano, o que equivale a 7,8 ocorrências por hora. A probabilidade de morte provocada pela doença aumenta após os 50 anos de idade.

O urologista Ricardo Tuma informa que o câncer de próstata é com frequência descoberto através de exame físico ou por monitoramento dos exames de sangue, como o teste do Antígeno Prostático Específico (PSA). Segundo o médico, os tumores crescem de forma lenta, em média um centímetro a cada 15 anos.

Ricardo Tuma alerta que o toque real e a dosagem do PSA devem ser feitos em todo homem a partir dos 45 anos. Se houver histórico da doença na família, recomenda-se que os exames preventivos sejam feitos a partir dos 35 anos. Por ser uma doença silenciosa, consultar-se periodicamente com um especialista é essencial, acrescenta o médico.

Pênis - Um outro tipo de câncer que atinge os homens com grande incidência é o de pênis. Este é mais comum nas regiões Norte e Nordeste. Em 2014, o Ophir Loyola registrou 46 novos casos da doença e já contabiliza 34 até setembro deste ano.

O câncer de pênis está associado à fimose (não retirada do prepúcio, pele que recobre a glande), à falta de higiene do órgão e à contaminação pelo papiloma vírus humano (HPV). No Brasil, só em 2013, a doença ocasionou a morte de 396 homens. Considerado um tumor raro, o câncer de pênis tem maior incidência a partir dos 50 anos, mas também atinge jovens. 

Com informações de Ana Laura Carvalho.

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