Pilates ajuda na reabilitação de pessoas com deficiência
O exercício também auxilia pessoas que sofreram amputação e precisam passar pelo processo de reabilitação
Os médicos afirmam que praticar exercícios físicos traz benefícios para o corpo e mente, ajudam no bem estar e nos cuidados com a saúde. Entre as pessoas com deficiência (PCD) a dica também é válida, principalmente o método pilates, que auxilia na adaptação de pessoas que sofreram alguma amputação.
Segundo o fisioterapeuta Ivan França, instrutor de pilates da MetaLife, o pilates é um aliado na reabilitação, pois os exercícios são completos e trabalham com pouco impacto. “Eles são realizados de maneiro segura, sempre dentro da amplitude permitida”, explica.
França começou a praticar o pilates em 2009, depois de perder parte da perna esquerda em um acidente de trânsito. “Eu fiz algumas sessões, não foram muitas. Quando estava para terminar a faculdade eu fiz o curso de formação em pilates, conheci o método e me apaixonei”, conta.
O fisioterapeuta usou o método pilates como reabilitação após perder a perna esquerda | Foto: Divulgação
Em casos de amputação, a flexibilidade, a força, a postura e a sensibilidade da pessoa sofrem modificações e o corpo necessita de uma reeducação. Nessa fase, a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável auxiliam no fortalecimento dos músculos. “Antes de sofrer o acidente eu treinava ginástica olímpica, também gostava de corrida de rua e corro até hoje. Além disso, treino capoeira há 22 anos. Todos esses esportes acabam interagindo, trazendo vivência motora e coordenação”, afirma França.
Segundo o fisioterapeuta, os exercícios de pilates são realizados de acordo com o ritmo de cada pessoa e suas condições físicas. A progressão é efetiva de maneira proporcional ao desempenho. “Quando você trabalha com reabilitação tem que querer transformar o mundo dessa pessoa. Por isso, meu trabalho como instrutor de pilates atua com foco de realizar as tarefas que fazemos diariamente, como sentar, levantar e empurrar”, explica França.
França ressalta que as pessoas com deficiência também podem praticar hidroginástica, natação, musculação e outras atividades físicas. O que importa é que a pessoa sinta-se confortável praticando os exercícios.