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José Roberto Burnier usou as redes sociais para reforçar a importância da atividade física na saúde. Após ter um infarto, o jornalista da TV Globo afirmou que seu condicionamento físico foi essencial para a recuperação de seu caso.

Ao publicar uma imagem de seu exame, ele escreveu:

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Quando os médicos falam que temos que fazer exercícios físicos, eles sabem o que dizem. Só escapei porque eu estava condicionado. Meu coração teve força para criar os atalhos que me salvaram.

Caso você esteja por fora, José Roberto foi internado no dia 29 de dezembro de 2023, logo após apresentar o SP2 na emissora. Por não saber a gravidade de seu estado de saúde, ele até chegou a ir dirigindo até Hospital Sírio-Libanês, onde permanece internado após uma cirurgia de emergência.

Melhoras pra ele, né?

Luiza Possi deixou os seguidores de queixo caído com uma postagem cheia de atitude. A cantora usou as redes sociais para mostrar um pouco como é o seu treino. Fazendo atividade física de biquíni, a artista refletiu brevemente sobre objetivos de vida.

"Mantenha-se firme no seu propósito. As vezes mais pra lá do que pra cá mas não se perca de você mesma", começou a loira, na legenda da postagem.

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No vídeo divulgado, ela aparece pulando corda em um lugar paradisíaco. "O exercício físico diz muito de como você se relaciona com a sua vida… fica a reflexão…", completou. Assim que fez o compartilhamento do conteúdo, Luiza passou a colecionar diversas mensagens dos seus seguidores. Muita gente ficou impressionada com a boa forma da dona dos hits Tudo Que Há de Bom e Eu Sou Assim.

"Dois filhos… tá mais linda que garota de 15 anos , comentou uma internauta. "Representa lindamente a minha geração", disse mais uma pessoa, no Instagram. Outra escreveu: "Muita perfeição pra uma mulher só".

Confira o vídeo:

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Neste dia 8 de agosto é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Colesterol. A data tem o objetivo de alertar as pessoas sobre os riscos de ter colesterol alto, um dos fatores que mais contribuem para o crescimento de doenças cardiovasculares. O colesterol em si não é perigoso, ele é essencial para o funcionamento do corpo. Mas, quando está alto, é uma doença silenciosa do coração que, quando se manifesta, causa uma piora ligada ao estilo de vida. 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o problema representa a principal causa de óbito no Brasil, registrando 300 mil mortes por ano. Além disso, 40% dos brasileiros apresentam níveis elevados. Com a adaptação de algumas atitudes, é possível combater e reduzir os níveis de colesterol e conquistar uma qualidade de vida mais saudável e obter mais saúde ao longo dos anos.

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Segundo a Dra. em clínico geral, Karla Nogueira, um dos perigos do colesterol alto está relacionado a doenças cardiovasculares, como a hipercolesterolemia (aumento da concentração de colesterol no sangue), que aumenta o risco de aterosclerose, causada pelo excesso de gordura na corrente sanguínea. Confira a seguir, cinco dicas da médica de como podem ser reduzidos e tratados.  

Seguir as recomendações dos médicos com compromisso: A busca da mudança do estilo de vida é uma trajetória e a saúde é algo que não se consegue mensurar, só se percebe quando a doença está em evidência. As escolhas que se faz determinam o estado de saúde do corpo e da mente. 

Praticar exercícios físicos: Fazer exercícios de três a cinco vezes por semana ajuda a baixar o colesterol alto e trazer mais saúde em vários outros aspectos. 

Alimentação balanceada: Reduza a ingestão de alimentos gordurosos ou ricos em açúcares e dê preferência a gorduras poli-insaturadas, ricas em ômega 3, presentes em peixes como salmão e sardinha. 

Hidratação: Beber água é importante para garantir que ajude na digestão, facilitando a circulação, fortalecendo os músculos, contribuindo com o cérebro e até mesmo com o funcionamento do coração. 

Evitar fumar e o consumo de bebidas alcoólicas: As bebidas alcoólicas consumidas em grande quantidade e com frequência são estopins para o aumento do colesterol e o tabagismo contribui para o estreitamento das artérias e redução do fluxo sanguíneo. Isso aumenta o risco de formação de placas de gordura nas paredes das artérias, dificultando ainda mais a circulação e elevando as chances de problemas cardiovasculares.  

“O tratamento inclui dieta, atividade física e medicamentos. Também inclui as estatinas que são os medicamentos mais recomendados por causa da sua eficácia. Com elas, é possível reduzir o quadro, mas o estilo de vida é um forte aliado na redução. E se necessário, outros medicamentos por via oral”, aconselha Nogueira.

Pesquisa do Instituto Nacional de Saúde da Mulher, da Criança e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), intitulada Levantamento da Adequação de Crianças e Adolescentes Brasileiros às Diretrizes do Movimento 24 Horas Antes e Durante a Pandemia da Covid-19, mostra impacto significativo das restrições da pandemia na redução da atividade física e no aumento do tempo de tela de crianças e adolescentes brasileiros.

O estudo foi feito com 525 crianças e adolescentes até 18 anos de idade de diferentes regiões do Brasil, sendo realizado por meio de um formulário de entrevista digital que inluiu características sociodemográficas das famílias, atividade física moderada a vigorosa, tempo recreativo de tela e duração do sono antes e durante a pandemia. 

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Os pesquisadores do IFF/Fiocruz, Natália Molleri, Saint Clair Gomes Jr, Daniele Marano e Andrea Zin investigaram a adequação a estes hábitos durante a pandemia da covid-19.

“A quantidade de atividade física moderada a vigorosa, tempo de tela recreativo (televisão, celular, computador, notebook ou tablet) e a duração adequada do sono têm reconhecida importância para a saúde de crianças e adolescentes, mostrando associações positivas com o desenvolvimento motor, condicionamento físico, redução da adiposidade (excesso de gordura no organismo) e melhora no condicionamento cardiometabólico. Ainda assim, poucos estudos avaliaram a adequação a estes hábitos em países de baixa e média renda”, informou, em nota, a terapeuta ocupacional do Instituto, Natália Molleri.

Segunda a pesquisadora, as medidas de isolamento social contribuíram para a redução da atividade física. A proporção de famílias que faziam essa adequação baixou de 61,43% antes da pandemia para 38,57% durante a pandemia. Também foi menor a correta adequação do tempo de tela recreativo entre crianças e adolescentes brasileiros, que antes era feita por 67,22% das famílias e reduziu para 27,27%, na pandemia.

“Portanto, enquanto Instituto Nacional, exercemos papel essencial na educação quanto à importância da atividade física, redução do uso de telas e tempo de sono adequado de acordo com a faixa etária”, explicou Natália.

Uma das pesquisadoras responsáveis pelo levantamento, Andrea Zin, disse que as crianças já estavam dormindo menos, se exercitando menos e estavam muito tempo em frente à tela antes da pandemia. Segundo ela, com as aulas remotas, aumentou muito o tempo de tela à frente do computador e do celular e cresceu o sedentarismo decorrente do confinamento. “A pergunta é: até que ponto a gente conseguiu voltar à normalidade dessas atividades?”. 

Vila Olímpica da Gamboa

A Vila Olímpica da Gamboa, na região central do Rio, vinculada à Secretaria Municipal de Esportes, atende a cerca de 800 crianças e adolescentes a partir de 2 anos com aulas de natação, skate, judô, futebol, futsal, basquete e balé. 

O coordenador técnico da vila olímpica e professor de educação física, Luciano Machado Barros, observou que, na volta às atividades após o período do isolamento social da pandemia, muitas crianças estavam com sobrepeso e com dificuldades de interação social. 

“Elas estavam com nível de paciência menor, com dificuldade de lidar com os coleguinhas e com o professor. O esporte, além de trazer benefícios motores e de prevenção a doenças, engloba as questões sociais, porque envolve convívio social e melhora da autoestima”, disse.

As pessoas que praticam atividade física regularmente correm menos risco de se infectar com Covid-19 e de desenvolver sintomas graves, conclui um estudo publicado nesta terça-feira (23, noite de segunda em Brasília), mas com limitações admitidas por seus próprios autores.

"Uma atividade física regular está associada a um menor risco de infecção" ao coronavírus, assim como para um melhor prognóstico em questão de "hospitalizações, gravidade e mortalidade", diz o estudo publicado no British Journal of Sports Medicine.

Já está bem estabelecido que uma boa atividade física favorece uma melhor resposta do organismo às doenças respiratórias em geral, mas este trabalho se concentra na Covid-19.

Não se trata de um estudo isolado, mas de uma análise que retoma e compila em torno de 15 trabalhos pré-existentes.

Os autores indicam que uma atividade física regular reduz ligeiramente o risco de infecção e, sobretudo, os de hospitalização (-36%) e de morte (-43%).

Para alcançar o ponto máximo, os autores estimam que sejam necessários pelo menos 150 minutos de atividade moderada ou 75 minutos de atividade vigorosa por semana.

Contudo, o estudo tem limitações e não permite concluir quais mecanismos imperam no organismo.

É provável que uma boa atividade física melhore a resposta imunológica, mas também que limite alguns fatores de risco ante a covid como o sobrepeso.

Os autores advertem que as conclusões devem ser tomadas "com precaução" porque a metodologia dos estudos usados varia muito.

A maioria se baseia nos dados fornecidos pelos pacientes sobre sua atividade física, não em uma avaliação objetiva.

Os pesquisadores tampouco descartam um risco de tendência que leve a publicar somente os estudos com conclusões sobre um suposto efeito positivo da atividade física.

Mas "nossas conclusões poderiam orientar os médicos e as autoridades sanitárias" sobre o nível de atividade física para recomendar, em particular nos casos de alto risco de covid, concluem os autores.

A Prefeitura de Paulista abriu, nesta quinta-feira (18), as inscrições gratuitas para os interessados em praticar atividades físicas. Para participar é necessário comparecer a um dos 27 polos espalhados pela cidade. De acordo com a prefeitura, as aulas acontecerão das 6h às 8h e das 18h às 20h, duas vezes por semana, nas praças e parques do município. 

Atualmente, a iniciativa conta com a participação de 10.070 pessoas. Um dos pontos mais movimentados é o da Avenida São João de Deus, que fica nas proximidades das quatro torres, na orla do Janga

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O intuito da ação é "promover um estilo de vida e envelhecimento saudável, oferecendo, além das atividades de práticas corporais, acolhimento e educação em saúde". 

Hoje (6) é comemorado o Dia Mundial da Atividade Física. Em consequência da pandemia do Covid-19, muitas pessoas que faziam exercícios na academia tiveram que se adaptar para fazê-los em casa, o que levou muita gente a parar essa rotina e cair no sedentarismo. A boa notícia é que ninguem precisa estar na academia para deixar de ser sedentário.  

Segundo os especialistas, certas atvidades cotidianas aparentemente simples, quando praticadas com regularidade podem fazer muita diferença na luta contra o sedentarismo e os quilos a mais na balança. São elas: subir e descer escadas; pular corda, fazer ponte, caminhada, dança e aeróbico. Após ter uma frequência desses exercícios, faça o acompanhamento médico e outros exercícios para estimular o crescimento da atividade corporal. 

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O sedentarismo se caracteriza pela falta de atividades físicas em pessoas de qualquer faixa etária e também pela redução dessa prática. Ou seja, uma pessoa pode ser sedentária mesmo praticando alguma atividade. Isso ocorre quando ela é feita de forma insuficiente para atender às necessidades do organismo.  São consequências do sedentarismo: doenças cardiovasculares (esforço do coração para nutrir o corpo durante uma caminhada intensa); aumento do colesterol (camadas de gordura nas artérias prejudicando o fluxo sanguíneo); diabetes (energia do açúcar não gerada); obesidade (acúmulo de gordura) e atrofia muscular (má desenvoltura dos músculos). 

Evitar o sedentarismo é importante, mas manter-se em forma também precisa incluir uma alimentação saudável, descanso adequado e acompanhamento médico. 

Por Camily Maciel 

 

Na próxima quinta-feira (3) é celebrado o Dia Mundial da Bicicleta. A data foi instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em abril de 2018, depois de um estudo defender a bicicleta não apenas como uma fonte de exercício físico e lazer, mas também como ferramenta de desenvolvimento sustentável. 

  De acordo com o fisioterapeuta Fábio Akiyama, a prática do exercício físico em geral é de extrema importância em condições normais e também na pandemia. “Se praticado de forma regular, faz com que nosso sistema imunológico esteja mais fortalecido e menos propensos às doenças”.  E quando a prática é sobre duas rodas, a vantagem é o fato de não acontecer exclusivamente em locais fechados, em academias, mas também nas ruas. O fisioterapeuta, no entanto, recomenda que a atividade seja feita em qualquer lugar, desde que não haja  aglomeração, e que a pessoa se sinta segura. Seja ao ar livre ou não,  devem ser mantidos certos protocolos, como o uso de máscara.  

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Segundo o especialista, existem uma série de benefícios que o exercício físico com a bicicleta gera. “Um treino com spinning [bicicleta estática] vai proporcionar uma melhora no condicionamento físico e respiratório, vai ativar a circulação do sangue e fortalecer a musculatura abdominal e dos membros inferiores”. Já quando se trata do ciclismo ao ar livre, além desses fatores, a atividade vai proporcionar uma série de questões neurais, por conta da estratégia que se cria ao planejar um trajeto para o destino que se quer seguir.

Este este é o exemplo de Victor Del Vecchio, 29 anos, advogado, que faz o uso da bicicleta com bastante frequência e não pretende adquirir um carro. “Eu vejo a bicicleta não apenas como uma forma rápida de me locomover, mas é uma maneira de adicionar um exercício físico no meu dia, além de eu estar contribuindo para a sociedade, à medida que tira um carro de circulação, emite menos poluentes e reforça a cultura do uso da bicicleta como meio de transporte”, afirma. 

O advogado conta que mesmo se usasse o mesmo trajeto com o carro, ainda assim não chegaria tão rápido quanto de bicicleta por causa do trânsito, especificamente nos horários de pico. “Também é uma forma de conhecer e vivenciar a cidade. Andando de bicicleta você observa mais o seu entorno, muito mais que se você passasse de carro ou até mesmo moto, você acabaria não aproveitando muito”, aponta. 

O fisioterapeuta conta que neste momento de pandemia, a bicicleta pode servir como uma ferramenta para se livrar do estresse também, já que o isolamento social proporcionou mais momentos em casa, dando espaço ao sedentarismo. “Quando a gente só fica em casa, nosso nível de estresse e nosso estado de tensão aumentam. Então, quando a gente fala sobre praticar uma atividade física, a gente não pensa apenas na questão cardiorrespiratória, a gente pensa também na questão de bem estar e na questão hormonal por trás disso”, analisa.

Desta forma, quando se trata de uma situação com a pandemia, a tendência é que a tensão seja mais presente. “Um corpo estressado é um corpo ácido, que favorece a presença de doenças e infecções. Inclusive na questão mental, porque a atividade física libera neurotransmissores que fazem com que nosso corpo se sinta bem e a gente tenha bom humor. E assim, é possível levar toda esta situação [pandemia] de uma maneira não tão traumática”, observa.

 

 

 

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Com a pandemia da covid-19, muitas áreas precisaram se adaptar ao chamado novo normal. Com os profissionais de Educação Física não foi diferente, eles que promovem a saúde das pessoas por meio de acompanhamento e orientação de práticas de esportes ou exercícios físicos em ambientes reservados ou ao ar livre.

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Para debater a temática, a I Semana Paraense de Atividade Física e Saúde, que ocorre entre 26 e 28 de maio de 2021, na Faculdade UNINASSAU, em Belém, tem como principal objetivo capacitar alunos e professores, por meio de palestras, mesas-redondas, bem como oportunizar possibilidades de aprendizado e integrar ainda mais o aluno com a universidade.

Segundo o professor e coordenador do evento, Márcio Cerveira, a jornada é voltada aos discentes internos e alunos das outras Instituições de Ensino Superior (IES) da região metropolitana de Belém. "Assim como a docentes internos e externos que buscam se capacitar e melhorar seu networking na área de saúde e bem estar", disse Márcio Cerveira.

O professor informa que a jornada será presencial, seguindo todos os protocolos sanitários. Segundo o professor, em menos de 36 horas as inscrições estavam esgotadas. O evento contará com mais de 400 participantes, entre alunos e professores inscritos.

Para o professor universitário Marco Antônio Rabelo da Silva, que participará do evento como palestrante, as expectativas são positivas. "Acredito que este encontro será enriquecedor, pois a pandemia fez com que houvesse uma grande transformação nos nossos métodos de intervenção, e momentos como este vão proporcionar um bom debate, o qual servirá para a atualização de discentes e profissionais que estão atuando no mercado", declara.

Marco Antônio analisa a nova realidade do período pandêmico na área de atuação que passou a acontecer de modo remoto. "O alcance dos profissionais passou a ser maior, pois, para além do tradicional atendimento presencial, já está estabelecida a possibilidade de atender várias pessoas a distância. Com isso, a produtividade aumenta, e o combate ao sedentarismo se torna mais efetivo", afirma.

A jornada também contará com a presença de estudantes, como é o caso de Letícia Salgado, que está no terceiro semestre do curso de Bacharelado em Educação Física. Ela sinaliza a relevância de eventos desta natureza para sua formação. "Todo aprendizado e capacitação é de suma importância em todas as áreas, principalmente na área da saúde. A ciência evolui com o tempo e eventos como a Semana Paraense de Atividade Física e Saúde vêm para atualizarmos estes conhecimentos", destaca.

Para Vinícius Guimarães, que cursa o sétimo semestre de Educação Física, o evento tem outra perspectiva, pois ele estará colaborando na organização. "Acredito que a proposta foi muito bem acertada e vai agregar na minha formação, através de novas percepções para esse novo momento", observa. Segundo o universitário, as expectativas são as melhores tanto em nível de organização quanto de produção de conhecimento.

A Semana será na UNINASSAU Belém e garante aos participantes certificado de 50 horas. "Estou muito feliz pelo resultado e só quem ganha é a comunidade acadêmica paraense", finaliza o coordenador Márcio Cerveira.

Por Dinei Souza.

 

A vereadora Andreza Romero e o marido, o deputado estadual Romero Albuquerque, ambos do PP, apresentaram projetos em suas respectivas Casas para reconhecer academias, estúdios de musculação, de artes marciais e outros centros de atividade física como serviço essencial à saúde pública. Enquanto Andreza pressiona pela liberação na Câmara do Recife, Romero faz a mesma movimentação na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

Com a restrição ao setor anunciada pelo governador Paulo Câmara (PSB) por meio do Decreto nº 50.346, publicado no Diário Oficial do Estado nessa terça (2), a partir desta quarta (3) qualquer atividade não essencial fica proibida das 20h às 5h, de segunda à sexta. Aos fins de semana os estabelecimentos não poderão abrir as portas.

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Desse modo, igrejas, shoppings e demais centros comerciais estão excluídos do rol de 24 setores considerados essenciais, como farmácias, postos de combustível e supermercados. A medida segue até o dia 17 de março.

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Para propor a liberação às academias, a vereadora ressalta os benefícios físicos e emocionais da atividade física, e sugere que o setor sempre esteve disposto a cumprir os protocolos de segurança sanitária. “O estímulo à prática de atividades físicas reflete diretamente na qualidade de vida e reduz os riscos de desenvolvimento de doenças cardiovasculares, diabetes e problemas relacionados à baixa imunidade, que são fatores de agravamento para a covid-19”, explicou.

Enquanto a vacina contra a Covid-19 não chega para toda a população, quem continua firme no isolamento social tenta manter a forma com exercícios físicos em casa. Porém, o excesso ou desempenho inadequado podem ter efeito reverso e causar complicações em quem pratica. 

O alerta é do cirurgião vascular Calogero Presti, que explica que o controle na frequência dos exercícios é fundamental para evitar lesões de músculos, tendões e articulações - e até mesmo fraturas ósseas de estresse e tendinites.

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“Exercício físico saudável, em geral, é aquele moderado, em dias alternados para a recuperação muscular, habitual e com frequência de três a quatro vezes por semana”, destaca o médico, que também é membro do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. 

O especialista pontua que antes de iniciar qualquer tipo de treinamento físico é aconselhável que o paciente com doença vascular se submeta a um exame clínico e cardiológico para detectar e avaliar possíveis comorbidades. Pois, caso seja necessário, o preparador físico, em conjunto com um médico, pode aconselhar o treinamento mais adequado para cada situação.

Doenças vasculares, como as varizes, pedem atenção especial durante a prática esportiva. No caso de pacientes com insuficiência venosa crônica, há dificuldade de retorno sanguíneo ao coração quando a pessoa se encontra parada, em pé ou sentada. 

“Os exercícios mais indicados nessa situação são aqueles que promovem a contração e alongamento dos músculos das pernas, em especial as caminhadas, exercícios em esteira ou com bicicleta. A natação e a hidroginástica são particularmente úteis, pois facilitam o retorno venoso pela atenuação da gravidade quando dentro d’água, além de fortalecerem e alongarem os músculos”, orienta Presti. 

Exercícios físicos intensos também podem causar rabdomiólise, ou seja, necrose muscular. Na maioria dos casos, ela ocorre quando o paciente inicia ou reinicia o treinamento físico sem a supervisão de um educador. “O exercício excessivo pode produzir edema das células musculares das extremidades e, como consequência, a necrose dos músculos em graus variáveis, o que ocasiona liberação da mioglobina (proteína muscular) no sangue”, informa.

Grandes quantidades de mioglobina no sistema circulatório podem causar depósitos nos túbulos renais, o que pode gerar insuficiência e mau funcionamento dos órgãos. Em casos extremos, hemodiálise, perda dos rins ou até mesmo o óbito são possíveis, explica o médico.

Exercícios em casa

Qualquer estímulo a atividades físicas de vida diária como jardinagem, limpar e arrumar a casa, lavar louça, arrumar armários, subir e descer escadas e dançar aumentam o gasto calórico, mantêm a atividade muscular, evitam a obesidade e diminuem a depressão durante o distanciamento social, aconselha o especialista.

“Os pacientes com doenças vasculares periféricas se beneficiam muito dos exercícios aeróbicos, sendo aconselhável caminhadas de 30 a 40 minutos 3 a 4 vezes por semana ao ar livre. O exercício aeróbico pode ser realizado na mesma frequência, com esteira ou bicicleta ergométrica em casa.”

Segundo o médico, para os que permanecem em home office é aconselhável interromper o tempo de permanência no computador, intercalando 15 minutos de atividade física a cada 30 minutos de trabalho, movimentando os braços, as pernas, respirando livremente, andando ou fazendo alongamento.

“Quanto aos exercícios recomendados por seu médico ou educador físico, não exagere na quantidade, intensidade e duração. A alta intensidade e o tempo de recuperação muscular e cardiovascular insuficientes podem ser prejudiciais ao sistema cardiovascular, à imunidade, provocar lesões musculares, articulares e tendinites”, completa o médico.

Outra orientação do especialista é manter-se bem hidratado durante os exercícios e evitar fazê-los em ambientes quentes e pouco ventilados. Em caso de desconforto durante o exercício, como cansaço excessivo, falta de ar, dor torácica e tonturas, interrompa os exercícios e procure orientação médica.

“A prática de exercícios físicos deve ser interrompida de imediato na presença de sintomas relacionados à Covid-19 como febre, falta de ar, tosse seca e perda do olfato ou paladar”, destaca o médico.

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) mostra que esportistas correm menos riscos de serem hospitalizados por causa do coronavírus.

De acordo com o estudo, as internações foram 34,3% menos entre pessoas que praticam ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou 75 minutos de exercícios intensos durante a semana.

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A maior taxa de internação foi constatada entre os homens, os idosos, os obesos ou com sobrepeso, os de menor nível socioeconômico e menor escolaridade que participaram da pesquisa.

No entanto, ao eliminar os fatores considerados pelos pesquisadores como de maior risco, a constatação foi de baixa de 34,3% na hospitalização dos pacientes tidos como fisicamente ativos.

“Buscamos avaliar se havia alguma redução na prevalência de hospitalização também entre os que praticavam atividade física por um período menor que o recomendado, mas nesse caso a diferença não foi significativa do ponto de vista estatístico”, explicou Marcelo Rodrigues dos Santos, pós-doutorando na FM-USP e idealizador da pesquisa,  à agência de notícias da Faculdade de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

Entre os últimos meses de junho e agosto, pesquisadores da FM-USP entrevistaram 938 brasileiros que foram acometidos pela Covid-19. Os participantes voluntários responderam perguntas sobre o período em que trataram a doença (sintomas, medicamentos, tempo de internação ou não) e foram questionados sobre fatores considerados preponderantes para o contágio pelo coronavírus. Dos consultados, apenas 9,7% dos participantes tiveram que ser internados devido às complicações da doença. 

De acordo com os especialistas, a prática esportiva pode contribuir para o controle do peso e a prevenir doenças crônicas como diabetes e hipertensão. Tanto a obesidade como as comorbidades citadas são tidas como fatores de risco para o agravamento do quadro infeccioso de Covid-19.

Para aqueles que não tiveram a opção de continuar praticando exercícios físicos durante o período de lockdown de academias e parques, a reconquista de condições antes adquiridas pode ser um desafio.

Apenas um mês sem a prática de exercícios pode acarretar na perda de até 30% da capacidade muscular adquirida em um ano, explica Rafael Fonseca, médico do esporte e ortopedista.

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“Quem não se adaptou ao treino em casa durante esses meses de lockdown por conta da pandemia, certamente terá que redobrar os cuidados para retomar às atividades”, alerta.

Entre os cuidados recomendados pelo médico estão o uso contínuo de máscaras e de álcool gel, a constante hidratação do corpo, a disciplina perante a escolha dos exercícios que serão realizados e a atenção redobrada quanto aos treinos de alta intensidade.

No caso das pessoas que ficaram sem praticar exercícios por causa da quarentena, a flexibilidade e o alongamento corporal são afetados.  Em cerca de seis semanas sem treinar, o resultado pode ser a redução da capacidade de contração muscular, reduzindo a força do indivíduo.

Foi o que aconteceu com a advogada Ana Flávia Minquete, 43 anos. Ela era praticante de musculação e outras atividades físicas mas, por causa da quarentena, passou a ter dificuldade para executar exercícios específicos. “Sinto que perdi o jeito de fazer alguns exercícios, enquanto outros continuo com a mesma facilidade de antes”, diz Ana Flávia, que se preocupa sobretudo com o risco de sofrer alguma lesão.

O universitário Leonardo Silva, de 23 anos, vinha praticando exercícios ao ar livre há mais de um ano, porém se viu sem opções quando os espaços públicos como parques foram fechados devido à pandemia.

“Nunca fui adepto a academia e equipamentos de treino, sempre usei apenas meu corpo em treinos funcionais e corridas”, conta.

Suas maiores dificuldades foram por conta das mudanças fisiológicas, além de perda de força muscular e resistência por causa do tempo que ficou sem treinar.

Entre as lesões mais comuns pelos efeitos da perda da condição fisiológica estão: distensão muscular (sendo a mais comum no período de retorno aos exercícios), tendinite (desenvolvida pela repetição de um mesmo movimento), ruptura de ligamentos e tendões (causada por movimentos bruscos, traumas ou até por um passo em falso que força a articulação) e lombalgia (dor na coluna por levantamento incorreto de pesos e má postura na execução dos exercícios).

Em nota publicada em seu site nessa quinta (23), o Conselho Regional de Educação Física da Primeira Região (CREF1), sediado no Rio de Janeiro, anunciou que protocolou notícia-crime contra a atriz Cláudia Raia por “exercício ilegal da profissão”.

Segundo o CREF1, foram recebidas “inúmeras denúncias” sobre a atuação irregular da atriz em suas redes sociais. Cláudia Raia estaria, no entendimento do conselho, orientando ou prescrevendo treinamento especializado de atividade física.

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A notícia-crime foi protocolada no Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) que ainda não tem prazo para se posicionar sobre o fato. O CREF1 reforçou na nota que “conteúdo específico de orientação ou prescrição de treinamento especializado de atividade física é função própria do profissional de Educação Física devidamente registrado no sistema CONFEF/CREF’s, nos termos da Lei Federal 9.696/98”.

O LeiaJá tentou contato com a assessoria da atriz, mas até o momento da publicação não houve retorno.

Estudar, trabalhar e buscar aprendizado constante sempre fizeram parte da rotina do advogado Maurício Maluf Barella, de 42 anos. Especializado na área de imóveis, ele também está terminando a faculdade de psicologia. E ainda se inscreve em cursos paralelos, lê livros, escreve resenhas para o blog que mantém, se exercita. Além de dar atenção à família, claro. De onde vem tanta empolgação, que faz o dia de pessoas como ele parecer ter 48 horas? E como esses supermotivados estão neste período de pandemia?

Para especialistas, a principal chave para esse ânimo redobrado é desenvolver o autoconhecimento para descobrir atividades que tragam felicidade. Força de vontade, proatividade e otimismo também ajudam.

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"Meus irmãos são como eu. É incentivo, criação, questionar, buscar respostas e entender as coisas", diz Barella. Ele fala que não consegue dormir enquanto não tem a resposta para suas dúvidas.

O advogado conta ainda que acha importante desenvolver o autoconhecimento para manter a motivação. "É achar uma atividade que seja prazerosa, estimulante. E parar um tempo do dia para fazer", sugere. Outra meta para ele é ser útil e ajudar outras pessoas.

O depoimento de Barella revela vários tipos de motivações. Sim, no plural, como explicam especialistas. Cesar Bullara, diretor e professor do departamento de gestão de pessoas e professor de ética nos negócios no ISE Business School, cita três tipos: intrínsecas, extrínsecas e transcendentes.

"Os estímulos nos chegam e provocam impactos de formas diferentes. Falar de motivação é falar de aspectos muito profundos do ser humano", afirma Bullara. "Algo que vem de fora é a motivação extrínseca, que estimula a fazer algo pelo qual você está sendo cobrado, exigido, que é necessário. Um exemplo disso é o trabalho, que traz um benefício econômico."

Já a motivação intrínseca, segundo ele, tem a ver com o autoconhecimento. "Vem de dentro da pessoa. Se você gosta do que faz, o trabalho é uma razão de motivação", exemplifica. A transcendente, por sua vez, está ligada ao impacto positivo que você pode ter nos outros. "Ocorre quando a pessoa sente que aquilo que faz tem um propósito, indo além de si mesma."

A psicóloga Priscila Yara Haddad, que trabalha com mapeamento e desenvolvimento humano, acrescenta que o tipo de motivação intrínseca é fácil de identificar. "Há uma administração de emoções. E a pessoa não perde o objetivo", explica. "Existe a vontade de fazer e de ser o seu melhor. A proatividade e o otimismo estão ligados à motivação, isso está relacionado à inteligência emocional."

Vontade de ajudar. Professor de educação física, Renan Cardozo, de 33 anos, é outro desses supermotivados. E também tira parte desse ânimo da vontade que sente de ajudar.

Ele é casado com a personal trainer Mônica Luiz, de 31 anos, igualmente motivada e dedicada a várias atividades, como o projeto social que ambos querem tocar na zona norte de São Paulo. "O Tênis na Rua tem por base o projeto de um amigo em Paraisópolis (na zona sul)", diz o professor. "Nossos projetos não giram só em torno de nós mesmos, mas também de outras pessoas."

Os dois iniciariam o projeto social em março, promovendo aulas de tênis um domingo por mês. Mas a Covid-19 chegou e, com a doença, a impossibilidade de desenvolver esse trabalho presencialmente. O adiamento não desanimou o casal. "Acabando a pandemia, queremos dar andamento. Essa parada nos deu a oportunidade de sentar e centralizar nossas ideias", diz Cardozo, que, junto com a mulher, aproveita para tocar vários outros projetos, pessoais e coletivos.

Contágio positivo. Segundo os especialistas ouvidos pelo Estadão, uma pessoa motivada pode, sim, "contaminar" o parceiro, como ocorre com o casal Mônica e Cardozo. O mesmo vale para grupos da escola ou do trabalho.

"Somos seres sociais. Viver com uma pessoa que motiva te dá uma referência", explica Monica Heymann, especialista em desenvolvimento humano. "É possível incentivar o outro para que ele encontre sua motivação interna. Isso é contagiante. Mas há também a parte de cada um, do indivíduo. Só se leva a pessoa até determinado ponto, o restante depende dela."

A psicóloga Priscila concorda, mas acrescenta que o efeito oposto também pode ocorrer. "Todas as emoções, positivas ou negativas, são contagiantes", diz. "Se alguém segura minha onda quando não estou bem, pode me ajudar e me contagiar positivamente, ressignificando as coisas e fazendo a diferença. Assim como ter pessoas desmotivadas à sua volta pode provocar um impacto no seu desempenho."

Pela arte. Pai e avô, o professor de música Denne Oliveira, de 53 anos, não se cansa. Ele dá aulas em escolas de música, tem uma banda de maracatu, promove congressos educacionais, participa de um projeto para orientação de vestibulandos, estuda filosofia e faz pinturas no tempo livre. Fora da quarentena, ainda toca em bares.

"Eu me satisfaço em ver as pessoas pensando e aprendendo. Um sorriso para mim já é uma realização", afirma o músico, que pretende oferecer um projeto cultural com aulas de teatro, música e dança após a pandemia. "Moro próximo de uma comunidade e vejo muitas crianças se perdendo. Quero ver o mundo diferente."

A mulher dele volta e meia pede uma pausa para que consigam ficar um tempo juntos, mas todos na família se orgulham da sua dedicação e apoiam seu jeito de viver intensamente.

Especialistas explicam que a motivação é muito positiva, mas dizem que os superanimados também precisam redobrar a atenção para manter o equilíbrio. "Se o que eu estou fazendo com finalidade externa tiver ganchos emocionais com a minha motivação intrínseca, é o melhor dos dois mundos", diz a psicóloga Priscila. "Tem aderência com o que eu sinto, é prazeroso, é algo que liga a mente e a emoção."

Monica, que além de especialista em desenvolvimento humano faz coach de carreira e para executivos, lembra que é sempre preciso dosar. "Se eu tenho uma mente proativa e muita motivação, o que isso me traz? De onde isso vem? É bom desde que não atrapalhe a rotina, quando há equilíbrio", afirma.

No início. Ainda no começo da carreira, Felipe Moreira, de 21 anos, já tem uma rotina cheia de responsabilidades. O estudante de publicidade e propaganda trabalha com edição de vídeos e documentários e produz clipes. Também faz freelas fotográficos e de filmagens.

O jovem diz que estar sempre construindo algo novo dá uma sensação de realização. "Também tem algo de identidade. Sou uma pessoa que vem da periferia. Quando a gente vem desses lugares, precisa fazer mais para chegar a outros lugares, alcançar nossos objetivos", afirma o universitário. "É uma das coisas que me motivam a ir além."

Rua Virtual

A preparação começou cedo, por volta das 5h30 daquele domingo, 5 de abril. Fernando Oliveira, de 34 anos, acordou sem demora. Na véspera, já tinha separado a roupa, o energético, a garrafa de água e os apetrechos que usaria na corrida. De moto, gastou cerca de 15 minutos para ir de casa até o trabalho, ambos no bairro do Ipiranga. Ao chegar, fez exercícios de aquecimento e às 6h40 iniciou, na garagem do prédio da empresa, sua primeira maratona, no horário e no dia em que teria participado da largada da Maratona Internacional de São Paulo. Oliveira e outros milhares de corredores estavam inscritos na tradicional prova, adiada para novembro por causa da pandemia.

"Foi um baque", resume ele, quando ficou sabendo que não haveria o evento. Fazia quatro meses que treinava regularmente - apesar de sua rotina puxada como estoquista de dia e entregador de pizza à noite - para enfrentar o maior o desafio de um corredor. Para não perder os treinos e levantar o ânimo, recorreu a uma prova virtual: fez o cadastro em um aplicativo e se inscreveu na corrida de 42 quilômetros.

Com um relógio de GPS, Oliveira cronometrou o tempo em que percorreu a distância. Mandou os dados para o aplicativo, que validou o seu desempenho e o recompensou com uma medalha. "Foi a medalha mais importante das 26 provas que fiz", diz. Ele tatuou a conquista da primeira maratona na panturrilha esquerda e postou fotos da medalha nas redes sociais.

Oliveira gastou 4 horas, 55 minutos e 55 segundos para completar o percurso. Foram 840 voltas na garagem sob o sol intenso. Na plateia, apenas o vigia da empresa e alguns moradores do prédio vizinho. Durante a prova, ouviu música e podcast para quebrar a monotonia. Imaginou que estava numa prova de rua e tentou reproduzir os rituais da maratona. Ao completar 41 km, por exemplo, tomou uma dose de cerveja para comemorar a "quase" missão cumprida, como é tradição. "Isso me deu motivação para terminar."

Assim como Oliveira, muitos corredores estão se inscrevendo em provas virtuais por causa da pandemia. E o aumento da procura foi sentido pelas empresas do setor. O aplicativo brasileiro 99RUN, por exemplo, registrou crescimento de 300% no número de participantes de corridas virtuais depois da covid-19.

"Quando começou a pandemia fiquei com muito receio de qual seria o impacto e esperava até que fosse negativo, porque as pessoas não estavam treinando", conta Daniel Ludwig Pawel, criador da plataforma brasileira. "Mas tivemos um boom de inscrições."

No aplicativo, o número de corridas virtuais, feitas em esteiras, escadarias de prédios ou quintais, aumentou 40%. Até a corrida estacionária, que antes era apenas um exercício de aquecimento, as pessoas hoje estão fazendo por até uma hora seguida.

Virtual. Quatro anos atrás, quando começou a plataforma, a intenção de Pawel, que também é corredor, era criar um aplicativo que facilitasse a vida dos atletas que viviam fora dos grandes centros e não tinham acesso às provas.

Depois, conseguiu conquistar os que faziam provas de fim de semana e também queriam competir durante a semana. "Com a pandemia e o isolamento, as provas foram canceladas ou adiadas e muitos que tinham preconceito passaram a experimentar as provas virtuais."

Mario Sérgio Andrade Silva, fundador e diretor da Run Fun, uma das primeiras consultorias especializadas em treinamento de corredores e de ciclistas, confirma esse quadro. Diz que antes da pandemia já se fazia tentativas de provas virtuais. Mas poucas pessoas participavam. Mas o cenário mudou. Ele cita dois exemplos de provas tradicionais que pela primeira vez, recentemente, ganharam versões virtuais: o Ironman, que realiza competições de Triathlon, e o Comrades, a ultramaratona realizada na África do Sul, um circuito de até 92 quilômetros.

 

Ultramaratona

Acostumado a correr longas distâncias ao ar livre e em condições nem sempre fáceis, o executivo Alexandre Martinez, de 44 anos, viu sua rotina intensa se resumir a treinos dentro de casa durante a quarentena. Quando soube que provas de ultramaratona estavam sendo adaptadas aos novos tempos, resolveu participar e se inscreveu logo na corrida de 150 km.

No novo formato, a corrida é feita ao longo de dez dias, e percurso e tempo têm de ser comprovados pelo atleta e validados diariamente pela organização - o corredor é desclassificado se quebrar a rotina.

"A divisão da corrida em vários dias dá a impressão de que é mais fácil do que se fosse de uma só vez, mas não é verdade. Você tem a sua rotina de casa e trabalho, que não parou, e seu corpo reage de forma diferente ao longo dos dias. É tão desafiador quanto", afirma. "Muito disso tem a ver com motivação. Tenho três filhos, que estão acostumados a me ver fazendo grandes corridas e desafios, mas neste momento quis mostrar para eles que é possível, mesmo com um monte de restrição, fazer coisas grandes."

Sócio-fundador da Foco Radical, Christian Schmidt explica que os organizadores de provas presenciais estão migrando para corridas virtuais por meio de parcerias com plataformas existentes ou por conta própria. "O modelo da corrida virtual é o que se apresenta como possível neste momento, mas é um mercado novo", pondera.

Iniciativa própria. Enquanto os organizadores de provas se articulam para virar a chave do mundo real para o virtual, amantes de corridas fazem por iniciativa própria suas provas a distância. Informalmente, eles usam redes sociais e dispositivos de videoconferência para reproduzir o que até pouco tempo atrás acontecia nas ruas.

Atleta há 26 anos, Marta Bréscia, de 61, acumula nada menos do que 14 maratonas no currículo. Assim que o isolamento social começou, ela não queria nem poderia interromper sua rotina de treinos. Asmática, Marta vê nas corridas uma forma de preservar a saúde. Foi assim que decidiu começar a correr dentro do apartamento mesmo, em Perdizes, zona oeste de São Paulo.

Uma experiência que ela decidiu usar para organizar uma corrida virtual com o grupo que costuma treinar no Parque da Água Branca, na mesma região. "Achei que o meu grupo estava meio paradinho."

A corrida ocorreu no fim de maio e seguiu todo o ritual de uma prova física. Com a adesão de mais de uma dúzia de companheiros de treinos, ela criou um grupo de WhatsApp dos participantes. As postagens começaram na véspera, com as fotos do uniforme pronto. No dia, pontualmente às 8 horas, foi dada a largada, com o áudio da contagem regressiva de uma prova de rua, que teve até trilha sonora do filme Carruagens de Fogo.

"Foi maluco aquilo, veio uma emoção e comecei a chorar", lembra a professora de educação física Maria Alice Zimmermann, de 51 anos, uma das participantes. Cada um correu no local que tinha à disposição: dentro de casa, na garagem, na quadra do prédio.

Na opinião da professora da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e psicóloga do esporte Katia Rubio, ao realizar provas virtuais os corredores tentam buscar, a fórceps, a situação de normalidade perdida nos últimos meses. A especialista destaca que muito mais do que praticar o esporte, a intenção é manter os ritos de uma atividade essencialmente social. E a medalha, que é o reconhecimento, atesta isso. "A pandemia tornou mais visível a sociabilidade promovida pela corrida. Se havia dúvidas de que essa atividade é de grupo, agora não há mais."

Idosos precisam de propósito

Pertencentes a um dos grupos de risco da covid-19, os idosos estão ainda mais submetidos ao isolamento por causa da pandemia. Muitos deles encontravam motivação em atividades em grupo como ginástica, universidade para terceira idade e atividades culturais, que hoje estão suspensas. Como lidar então com esse cenário e encontrar ânimo para levantar todos os dias?

Para Alexandre Kalache, presidente do Centro Internacional de Longevidade no Brasil, que dirigiu por 14 anos o Programa Global de Envelhecimento e Saúde da Organização Mundial da Saúde (OMS), não estamos diante de um problema exatamente novo: a solidão, diz ele, já era enfrentada por 4 milhões de brasileiros antes da pandemia.

Em entrevista ao Estadão, Kalache comenta sobre a resiliência que os idosos costumam ter durante crises como a que estamos vivendo e destaca a importância da sociabilidade para o envelhecimento saudável. "Mais importante ainda é ter um propósito, para não sentir que a vida está vazia", afirma. Um dos lugares em que idosos podem encontrar essa motivação é no trabalho voluntário, sugere.

A seguir, confira os principais trechos da entrevista.

Quais são os principais impactos que a pandemia pode causar nos idosos?

A covid-19 não forjou nossas mazelas, ela apenas está deixando-as escancaradas. A pandemia traz à tona questões muito antigas. O isolamento de idosos não é uma questão apenas deste momento: cerca de 4 milhões de idosos vivem sozinhos no Brasil, e são pessoas que mesmo antes da pandemia estavam habituadas a viverem só. Muitos idosos enfrentam essa solidão com muita dificuldade, porque não foi por opção - são pessoas que, por exemplo, não tiveram filhos ou os filhos vivem longe. Há também a questão do abuso e dos maus-tratos ao idosos, cujos registros têm aumentado no disque-denúncia. Mas, como sempre, em um país com tantas desigualdades, os efeitos da pandemia são bastante variáveis, dependendo da caixinha em que você está. Há pessoas idosas que têm recursos tecnológicos e sabem usar as ferramentas, o que faz com que elas estejam isoladas sem estarem sozinhas. Ao mesmo tempo, existem idosos que estão preocupados se vão ter o que comer hoje.

Como os idosos costumam lidar com situações adversas?

Em geral, eles costumam ter bastante resiliência. Como o idoso já passou por muitas e boas, ele consegue ver que há uma luz no final do túnel, enquanto uma pessoa jovem facilmente se desespera, entra em ansiedade e fica com medo da situação. O idosos olha para trás e lembra que já viveu outras adversidades que passaram. A resiliência é você dispor de reservas internas para vencer as dificuldades, os traumas e até as perdas que uma vida mais longa pressupõe. Entretanto, apesar de idosos serem mais resilientes, eles estão sentindo hoje a perda dos dias sem poder ver os netos, os amigos e sem poder passear. E eles sabem que essa é uma grande proporção da vida que lhes resta.

Muitos idosos que se dedicavam a atividades fora de casa tiveram uma mudança de rotina agora na pandemia, com o confinamento. Que efeito isso pode trazer para eles?

Fazia parte do dia a dia de muitos idosos frequentar espaços que promoviam atividades lúdicas, culturais e físicas. Alguns frequentavam programas de universidades para terceira idade também, e passavam a semana inteira esperando a hora de ir para aula, para aprender e conversar. Muitas vezes frequentar essas atividades significa encontrar pessoas: não é só ir fazer a ginástica, tem uma troca e você está participando e mantendo as suas relações. Muita gente deve estar sentindo falta disso. É uma geração que, mesmo que tenha adquirido o básico em questão de tecnologia, não tem a mesma versatilidade e também não acha tão fácil seguir uma aula de alongamento pelo celular, por exemplo. Isso tem um efeito físico, já que idosos perdem massa muscular mais rapidamente, e também um impacto emocional, que pode se traduzir em um sentimento de solidão.

Qual é a importância da sociabilidade nesta fase?

Existem alguns fatores que, se acumulados, podem ajudar você a envelhecer com qualidade de vida e a se tornar um idoso vivo e ativo. Primeiro, há os capitais de saúde: acho que todo mundo concorda que se a saúde vai embora, a qualidade de vida também vai. Há também os capitais de conhecimento, porque é importante aprender constantemente para não se tornar obsoleto. Um outro fator é justamente o capital social, mantendo amigos e relacionamentos. A sociabilidade é inclusive um fator de proteção, como ter alguém que cuide de você caso surja alguma doença. Por fim, há o capital financeiro, que não resolve tudo, mas ajuda no envelhecimento. Contudo, esses capitais sozinhos não são suficientes: eles não adiantam se você não tiver um propósito de vida, se não souber por que acordou e se vai levando a vida sentindo que ela está vazia.

É comum que idosos percam esse propósito na velhice?

Isso acontece sobretudo com os homens idosos, que ao longo da vida se acostumaram a depositar todas as fichas na profissão. Quando eles se aposentam de repente, ficam perdidos. O trabalho voluntário é uma boa opção para encontrar propósito. Encontre uma causa e faça o bem para alguém. Em um país com tanto problema social, tem muita gente precisando da sua ajuda.

O senhor acha que é possível manter a sociabilidade durante a pandemia?

Temos depoimentos de pessoas que estão agradecendo que existe chamada de vídeo para poder falar com seus netos. A tecnologia, para quem pode utilizá-la, está sendo uma ferramenta salvadora.

É importante o idoso manter desafios e metas?

Estabelecer metas e desafios é algo importante durante a vida toda. A vida é um curso: você não se transforma de repente aos 70 anos. Quanto mais cedo você começar a se preparar para a tal da velhice, tendo metas e objetivos, melhor. Se você não começou aos 20, comece aos 30, ou então aos 50. Você vai precisar de metas, disciplina e determinação para lidar com esse tempo maior que surge com a velhice. A vida antigamente era uma corrida de 100 metros, mas hoje é uma maratona. É importante a cada dia atingir uma meta e fazer um pouco mais para si a fim de chegar bem no final maratona.

Qual conselho o senhor daria para um idoso que está solitário e angustiado agora durante a pandemia?

É possível manter desafios agora, podem ser objetivos bem triviais, como se propor perder alguns quilos se você estiver precisando emagrecer. Pode ser uma meta também manter os amigos e manter o espaço de casa limpo. Faça com que esse lar em que você está confinado seja um ambiente agradável, abra a janela para arejar essa vida que está com bolor. Abra também aquele armário que está entulhado de coisas e separe o que precisa jogar fora e o que pode doar. Essa limpeza tem de ser no espaço físico, mas também na alma e no coração. A pandemia está mostrando o quanto a vida é frágil. Aproveite o confinamento para pensar em pedir perdão, para resolver mágoas. Tente fazer a vida mais leve, com bom humor. Olhe para o seu envelhecimento como uma tremenda conquista.

Adolescentes driblam tédio e rotina restrita

 

Não é fácil ser adolescente. Muito menos um adolescente que só está em contato com os amigos pelas redes sociais e passou de uma hora para a outra a fazer aulas a distância, enquanto vê no noticiário o avanço da covid-19. Mesmo assim, Rafael continua com suas aulas de dança, driblando o pouco espaço na sala de casa. Paolo, depois de vencer o coronavírus, cuida do físico e da cabeça. E Manuela tem se revelado uma bela escritora.

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Eles são alguns dos milhares de adolescentes que precisaram se adaptar a novas rotinas. E tudo isso sem o bônus das conversas no recreio, das festas ou das tardes de videogame com colegas. Mas eles vão encarando essa realidade e reconhecendo em si o que gostam e o que poderiam fazer diferente. Equilibram a angústia com encontros virtuais, séries, livros e várias horas no TikTok.

"Os adolescentes estão sentindo falta dos amigos, de se ver não só pelos aplicativos. Todos estamos dando conta de elaborar essas faltas e achar substitutos", explica a psicanalista Luciana Saddi, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo. "Temos recursos para isso. E os adolescentes, também."

Manuela Paulino, de 14 anos, se arrepende de não ter se despedido como gostaria dos amigos no último dia de aula antes da quarentena. Achava que apenas fariam uma pausa de duas semanas. A ficha foi caindo aos poucos, com a divulgação da programação de aulas.

A saudade dos amigos é o que bate mais forte. "Depois de um tempo, consegui criar um ambiente para mim, filtrar as notícias que chegam do mundo de fora", diz a aluna do 9.º ano, que escreveu um texto sensível e maduro sobre a quarentena para um sarau online de sua escola, em São Paulo.

Escrever, aliás, é algo que ela faz sempre que se sente inspirada. Esse texto da escola nasceu das observações que vai anotando em seu diário, à mão, com a letra redondinha. Para aplacar a falta dos amigos, tem escrito sobre eles. E, como qualquer adolescente, está passando muito tempo conectada e no TikTok.

Busca pelo foco. Como Manuela, Maria Luiza Salvatori, de 17, vem tentando se proteger de notícias pesadas. Conta que tem seguido páginas mais positivas na internet. "Sinto um medo constante", diz. "Eu sei que se eu pegar, vou ficar bem e me tratar, mas me preocupo com meus avós, com meus pais, com as pessoas do prédio. Sinto empatia, sabe?"

Malu está às vésperas do Enem e tem sentido dificuldade de se concentrar. "Em casa, é tudo mais flexível e me pego procrastinando. Adoro ler, mas não tenho conseguido focar em nada", diz a estudante, que quer cursar ciências políticas.

De acordo com a psicóloga Edna Oliveira, a família pode ajudar a motivar os adolescentes neste momento. "Claro que não é fácil, mas é preciso abrir um caminho do qual você, pai, faça parte", sugere. "Posso chamar esse adolescente para uma atividade ou pedir a ajuda dele."

Essa proximidade, com todos ficando mais em casa, é uma oportunidade para a família se conhecer melhor. "Muitos pais não sabem o que motiva os filhos", diz Edna. "Esse é o momento de perguntar."

Após o coronavírus

Paolo Carrenho, de 16 anos, também achava que seria fácil se tratar, caso ele pegasse o coronavírus. E sua quarentena começou bem, na euforia de poder ficar em casa, na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. Estudante e jogador de futebol, ele continuou fazendo exercício e foi tocando a vida. Viu o tédio se aproximando, até que no dia 14 de maio os primeiros sintomas da covid-19 apareceram.

"Sempre tive uma boa saúde e achei que os efeitos não seriam tão absurdos se eu pegasse. Mas o coronavírus é muito silencioso." Paolo teve os sintomas intestinais e torceu para não sofrer com a falta de ar.

Durante a doença, o garoto viu séries e filmes. Ainda leu Felicidade: Modos de Usar, de Leandro Karnal, Luiz Felipe Pondé e Mario Sérgio Cortella. "Agora, estou tentando manter o físico e não atrofiar o cérebro."

Irmão de Paolo, Rafael, de 14, passou a temer a covid-19 quando precisaram de se isolar. "Tive medo que ele piorasse e fosse internado. Agora, temo que alguém mais pegue e eu não consiga me despedir", diz Rafael.

A psicanalista Luciana explica que muitos jovens vêm ficando angustiados por estarem sendo confrontados, pela primeira vez, com a morte. "Muitos pais não sabem falar disso com os filhos", afirma. "As pessoas precisam conversar mais sobre a morte, sobre o medo de morrer. Assim, a angústia passa a ser nomeada e nos tranquilizamos."

Rafael, por exemplo, ficou mais em paz quando se deu conta de que o medo não era só dele. Na quarentena, o garoto continuou fazendo de casa suas aulas de dança. Também se aproximou da cozinha. "Descobri que sei fazer algumas coisas."

Mesmo com as dificuldades, a psicanalista Luciana acredita que, de modo geral, os adolescentes estão se saindo bem durante a quarentena. Muitos conseguem ser criativos, estudar e ocupar o tempo, na opinião dela. A psicanalista sugere uma relação mais equilibrada entre pais e filhos, sem pressão demais ou proteção exagerada.

É necessário, no entanto, ficar atento para casos mais sérios, quando o medo acaba paralisando o jovem. "Então, é preciso procurar ajuda." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Entre as atividades cotidianas alteradas no período de isolamento social está a prática esportiva. A rotina dos adeptos do condicionamento físico foi atingida de maneira direta com a disseminação do novo coronavírus (Covid-19) pelo mundo. Além do fechamento obrigatório das academias para evitar aglomerações, os parques públicos também permanecem com os portões fechados.

Apesar da pandemia, o corpo de quem já está acostumado a se movimentar com exercícios físicos não consegue ficar parado. A saída é fazer exercícios em casa, como a gerente de contas Mariana de Paula, 36 anos. Adepta da prática nas academias há pouco mais de 12 meses, ela afirma que a adaptação ao novo ambiente de treinos foi fácil, mas teve que improvisar. "Acabo usando 'pesos', como garrafas de água cheias, a maleta de ferramentas do meu marido e até minha filha caçula no colo, para os agachamentos, mas não se compara aos pesos reais", comenta.

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A gerente Mariana de Paula improvisa equipamentos durante os treinos | Foto: Arquivo Pessoal

Segundo Mariana, as atividades são realizadas três vezes por semana e com monitoramento de um personal trainner. "Me concentro e levo a sério, meu professor brinca que não vale roubar na quantidade de repetições ou na intensidade do exercício, mas faço direitinho o que ele manda e como ele manda", ressalta. Para a gerente de contas, os treinos no lar são positivos pelo fato de não precisar se locomover até a academia. Ela ainda aponta fatores pelos quais acredita que a prática em casa possa ser absorvida por mais adeptos em um futuro próximo. "É uma saída aos que querem gastar menos, a quem tem vergonha de fazer exercícios com outras pessoas perto e aos que não têm com quem deixar os filhos para irem a academia", complementa.

Esteira x rua

O engenheiro civil Ginaldo de Vasconcelos Filho, 50 anos, teve que abandonar os treinos nas ruas e parques públicos. Entusiasta da corrida há seis anos, Filho fez um investimento para dar sequência à prática de atividades físicas. "Acabei comprando uma esteira e o treinador adaptou meus treinos para correr em casa mantendo o condicionamento físcio sem baixar a imunidade", conta. Acostumado com o esporte em espaços externos, o engenheiro não reclama do exercício em um novo local, mas sente falta do ambiente mais adequado. "Avalio que fazer corrida na esteira em casa é melhor até que fazer na academia, pois consigo me concentrar mais, porém nada se compara ao exercício ao ar livre".

Filho ainda cita um exemplo do exterior para o incentivo à atividade física. "A Alemanha é o país que está lidando melhor com o Covid-19 na Europa e lá, entre os serviços essenciais abertos, estão incluídas as bicicletarias. A recomendação é que não se use o metrô e vá de bicicleta ao trabalho", destaca. Para o engenheiro, a opção por se exercitar durante o período de isolamento social poderia melhorar a vida das pessoas. "Fazer exercício é fundamental dentro e fora de casa, mas as pessoas só irão fazer se tiver uma campanha esclarecedora na grande mídia", complementa.

O engenheiro Ginaldo de Vasconcelos e o filho Vinicius, quando podiam correr ao ar livre | Foto: Arquivo Pessoal

Para a professora de educação física Sheila Hipólito dos Santos, os efeitos da atividade atlética são benéficos para a saúde do corpo e da mente. "O exercício aumenta os níveis de endorfina, melhora o humor e pode nos ajudar a passar por esses dias de uma forma um pouco mais tranquila", considera. Ela também avalia como positiva a improvisação de equipamentos para a execução das atividades em casa. "Com um pouco de criatividade é possível sair do sedentarismo, usar objetos que já estão ao alcance da mão, como garrafas cheias de água e mochilas ou malas com roupas".

A especialista ainda dá dicas para quem não está movimentando o corpo no isolamento social. "A pessoa sedentária deve procurar uma atividade que goste, para assim trazer o benefício do exercício com algum nível de prazer e diversão", ressalta. Segundo Sheila, para que um corpo seja considerado fisicamente ativo, são recomendados ao menos 150 minutos semanais de atividade física", complementa.

A professora também observa que é preciso investigar fatores de risco, como histórico familiar de hipertensão, diabetes, problemas cardíacos ou de coluna, entre outros, antes de fazer exercícios. "A correção da execução do movimento é fundamental para reduzir o risco de possíveis lesões, então antes de começar as atividades, é preciso consultar um profissional que, antes de começar qualquer programa de treinamento, realizará uma entrevista e exames para conhecer o histórico de saúde do aluno", orienta.

Para quebrar tabus sobre a prática do CrossFit o Kamará CrosFit vai realizar o 1° Experience Day, na praça de eventos do Shopping Camará, em Camaragibe. O evento acontece no próximo sábado (1°) e domingo (2) de forma gratuita.

Além dos treinos demonstrativos liderados pelos coaches Márcio Bezerra e João Jeferson o evento também terá palestras sobre nutrição esportiva com a presença da nutricionista Edlanne Firmino e aulas de fisioterapia com o fisioterapeuta Eduardo Pimentel.

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A partição é gratuita e aberta ao público. Para participar é necessário realizar a inscrição através das redes sociais da Kamará CrossFit ou pelo telefone 81 31292277, ou whatsapp 81 9833396582.

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Os médicos afirmam que praticar exercícios físicos traz benefícios para o corpo e mente, ajudam no bem estar e nos cuidados com a saúde. Entre as pessoas com deficiência (PCD) a dica também é válida, principalmente o método pilates, que auxilia na adaptação de pessoas que sofreram alguma amputação.

Segundo o fisioterapeuta Ivan França, instrutor de pilates da MetaLife, o pilates é um aliado na reabilitação, pois os exercícios são completos e trabalham com pouco impacto. “Eles são realizados de maneiro segura, sempre dentro da amplitude permitida”, explica.

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França começou a praticar o pilates em 2009, depois de perder parte da perna esquerda em um acidente de trânsito. “Eu fiz algumas sessões, não foram muitas. Quando estava para terminar a faculdade eu fiz o curso de formação em pilates, conheci o método e me apaixonei”, conta.

O fisioterapeuta usou o método pilates como reabilitação após perder a perna esquerda | Foto: Divulgação 

Em casos de amputação, a flexibilidade, a força, a postura e a sensibilidade da pessoa sofrem modificações e o corpo necessita de uma reeducação. Nessa fase, a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável auxiliam no fortalecimento dos músculos. “Antes de sofrer o acidente eu treinava ginástica olímpica, também gostava de corrida de rua e corro até hoje. Além disso, treino capoeira há 22 anos. Todos esses esportes acabam interagindo, trazendo vivência motora e coordenação”, afirma França.

Segundo o fisioterapeuta, os exercícios de pilates são realizados de acordo com o ritmo de cada pessoa e suas condições físicas. A progressão é efetiva de maneira proporcional ao desempenho. “Quando você trabalha com reabilitação tem que querer transformar o mundo dessa pessoa. Por isso, meu trabalho como instrutor de pilates atua com foco de realizar as tarefas que fazemos diariamente, como sentar, levantar e empurrar”, explica França.

França ressalta que as pessoas com deficiência também podem praticar hidroginástica, natação, musculação e outras atividades físicas. O que importa é que a pessoa sinta-se confortável praticando os exercícios.

Fim de ano vem aí: verão, praia, corpos expostos, azaração. Tem muita gente que, quando percebe que faltam dois ou três meses para as festas de fim de ano e para as férias escolares, corre para as academias para tentar implementar o “Projeto Verão”, expressão que significa ficar em forma para exibir o corpo na praia ou na piscina. O LeiaJá traz histórias de quem é fiel cliente desses locais e de quem apenas escolhe a planilha de treinos em momentos específicos do ano.

Para a consultora de viagens Débora Camillo, de 30 anos, frequentar a academia traz motivação e bem estar, o que ela considera mais importante do que a busca por um corpo esculpido. “Apesar de odiar academia, eu comecei a treinar e espero ir durante as quatro estações”, comenta. Otimista na sequência que pode lhe trazer mais benefícios à saúde, Débora ressalta que está disposta a seguir à risca as exigências do esporte, mesmo com as dores decorrentes da malhação. “Sigo firme na dieta e no treino apesar das dores nas pernas e braços percebo uma felicidade que compensa, anima e motiva a continuar”, enseja.

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Frequentador assíduo das academias há cerca de 18 anos, o microempresário Paulo Almeida conta que fez sua matrícula buscando largar o vício do cigarro. “Depois de algumas tentativas frustradas, larguei o cigarro praticando musculação, foi uma forma que eu encontrei para me manter longe do vício”, explica. Hoje com 40 anos de idade, Almeida não se vê longe dos treinos que lhe trouxeram uma melhor qualidade de vida. “Não lembro de ter ficado tanto tempo afastado dos treinos, não devo ter ficado mais de 20 dias seguidos sem treinar”, declara o microempresário. Apesar de não ser especialista na matéria, o esportista considera que é necessário paciência para alcançar os resultados. “É preciso atentar à mudança do entendimento pois quem entra na academia só pela questão estética corre o risco é muito provável que esta pessoa vai parar”, destaca Almeida que conclui. “Com 40 anos estou melhor do que quando eu tinha 18”, diverte-se.

Para o professor de Educação Física e Personal Trainer Alex Vaz, é importante que o aluno fique atento a problemas como lesões de ligamentos e lesões cardíacas, que podem surgir em quem está há algum tempo sem praticar esportes. “O recomendado é que a pessoa não queira fazer tudo em um dia só na intenção de tirar o atraso do tempo parado”, aconselha. Segundo o especialista, o ideal é iniciar as atividades de maneira moderada. “Comece devagar, a sugestão são caminhadas de 20 a 30 minutos nos primeiros dias pois assim não há sobrecarga do corpo e se respeita o limite”, ensina. Sobre o interesse das pessoas no “Projeto Verão”, Vaz não vê nenhum problema. “Começar uma atividade física a qualquer tempo traz benefícios para a saúde, porém é a rotina de exercícios que trará reais benefícios; procure algo que você realmente goste para que seja algo prazeroso e assim a atividade física será um hábito na sua vida”, declara.

Poder treinar em um dia quente e ensolarado é uma delícia, porém, esse cenário típico do verão exige alguns cuidados especiais por parte do atleta. Segundo o Educador Físico da Universidade UNIVERITAS/UNG, Edison Tresca, é essencial que o esportista seja orientado por um profissional registrado no Conselho Regional de Educação Física, pois ele saberá exatamente quais exercícios mais adequados as suas necessidades e objetivos, e a melhor forma de desenvolver um programa de condicionamento.

 Segundo o professor, devem-se utilizar sempre roupas e calçados leves e confortáveis, manter o ambiente arejado e, quando necessário, ventilado. Em caso de recintos fechados, aplicar protetor solar, usar óculos de sol e boné, em atividades realizadas ao ar livre, mesmo que você esteja habituado a uma prática regular de atividades físicas, em dias muito quentes, procure reduzir a exigência dos exercícios em cerca de 20%. Evite exercitar-se, independentemente do horário, em temperaturas superiores a 29 graus e/ou dias com umidade relativa do ar abaixo de 50%.

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  Procurar exercitar-se nos períodos mais frescos do dia, como início da manhã, finalzinho da tarde ou à noite. Além disso, é importante ingerir bastante líquido em pequenas porções ao longo do dia a cada 40 ou 60 minutos. Em dias quentes a perda de água do organismo, pela transpiração, é mais intensa, podendo desidrata-lo muito rapidamente. Ingerir preferencialmente água fresca, evitando bebidas industrializadas, que normalmente contém muito sódio como conservantes.

  * Da Assessoria de Imprensa

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