Dia Mundial da Bicicleta é celebrado nesta quinta (3)
Especialista conta sobre os benefícios do uso deste meio de transporte, seja na academia ou nas ruas
Na próxima quinta-feira (3) é celebrado o Dia Mundial da Bicicleta. A data foi instituída pela Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em abril de 2018, depois de um estudo defender a bicicleta não apenas como uma fonte de exercício físico e lazer, mas também como ferramenta de desenvolvimento sustentável.
De acordo com o fisioterapeuta Fábio Akiyama, a prática do exercício físico em geral é de extrema importância em condições normais e também na pandemia. “Se praticado de forma regular, faz com que nosso sistema imunológico esteja mais fortalecido e menos propensos às doenças”. E quando a prática é sobre duas rodas, a vantagem é o fato de não acontecer exclusivamente em locais fechados, em academias, mas também nas ruas. O fisioterapeuta, no entanto, recomenda que a atividade seja feita em qualquer lugar, desde que não haja aglomeração, e que a pessoa se sinta segura. Seja ao ar livre ou não, devem ser mantidos certos protocolos, como o uso de máscara.
Segundo o especialista, existem uma série de benefícios que o exercício físico com a bicicleta gera. “Um treino com spinning [bicicleta estática] vai proporcionar uma melhora no condicionamento físico e respiratório, vai ativar a circulação do sangue e fortalecer a musculatura abdominal e dos membros inferiores”. Já quando se trata do ciclismo ao ar livre, além desses fatores, a atividade vai proporcionar uma série de questões neurais, por conta da estratégia que se cria ao planejar um trajeto para o destino que se quer seguir.
Este este é o exemplo de Victor Del Vecchio, 29 anos, advogado, que faz o uso da bicicleta com bastante frequência e não pretende adquirir um carro. “Eu vejo a bicicleta não apenas como uma forma rápida de me locomover, mas é uma maneira de adicionar um exercício físico no meu dia, além de eu estar contribuindo para a sociedade, à medida que tira um carro de circulação, emite menos poluentes e reforça a cultura do uso da bicicleta como meio de transporte”, afirma.
O advogado conta que mesmo se usasse o mesmo trajeto com o carro, ainda assim não chegaria tão rápido quanto de bicicleta por causa do trânsito, especificamente nos horários de pico. “Também é uma forma de conhecer e vivenciar a cidade. Andando de bicicleta você observa mais o seu entorno, muito mais que se você passasse de carro ou até mesmo moto, você acabaria não aproveitando muito”, aponta.
O fisioterapeuta conta que neste momento de pandemia, a bicicleta pode servir como uma ferramenta para se livrar do estresse também, já que o isolamento social proporcionou mais momentos em casa, dando espaço ao sedentarismo. “Quando a gente só fica em casa, nosso nível de estresse e nosso estado de tensão aumentam. Então, quando a gente fala sobre praticar uma atividade física, a gente não pensa apenas na questão cardiorrespiratória, a gente pensa também na questão de bem estar e na questão hormonal por trás disso”, analisa.
Desta forma, quando se trata de uma situação com a pandemia, a tendência é que a tensão seja mais presente. “Um corpo estressado é um corpo ácido, que favorece a presença de doenças e infecções. Inclusive na questão mental, porque a atividade física libera neurotransmissores que fazem com que nosso corpo se sinta bem e a gente tenha bom humor. E assim, é possível levar toda esta situação [pandemia] de uma maneira não tão traumática”, observa.