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Neste dia 8 de agosto é comemorado o Dia Mundial de Combate ao Colesterol. A data tem o objetivo de alertar as pessoas sobre os riscos de ter colesterol alto, um dos fatores que mais contribuem para o crescimento de doenças cardiovasculares. O colesterol em si não é perigoso, ele é essencial para o funcionamento do corpo. Mas, quando está alto, é uma doença silenciosa do coração que, quando se manifesta, causa uma piora ligada ao estilo de vida. 

De acordo com dados do Ministério da Saúde, o problema representa a principal causa de óbito no Brasil, registrando 300 mil mortes por ano. Além disso, 40% dos brasileiros apresentam níveis elevados. Com a adaptação de algumas atitudes, é possível combater e reduzir os níveis de colesterol e conquistar uma qualidade de vida mais saudável e obter mais saúde ao longo dos anos.

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Segundo a Dra. em clínico geral, Karla Nogueira, um dos perigos do colesterol alto está relacionado a doenças cardiovasculares, como a hipercolesterolemia (aumento da concentração de colesterol no sangue), que aumenta o risco de aterosclerose, causada pelo excesso de gordura na corrente sanguínea. Confira a seguir, cinco dicas da médica de como podem ser reduzidos e tratados.  

Seguir as recomendações dos médicos com compromisso: A busca da mudança do estilo de vida é uma trajetória e a saúde é algo que não se consegue mensurar, só se percebe quando a doença está em evidência. As escolhas que se faz determinam o estado de saúde do corpo e da mente. 

Praticar exercícios físicos: Fazer exercícios de três a cinco vezes por semana ajuda a baixar o colesterol alto e trazer mais saúde em vários outros aspectos. 

Alimentação balanceada: Reduza a ingestão de alimentos gordurosos ou ricos em açúcares e dê preferência a gorduras poli-insaturadas, ricas em ômega 3, presentes em peixes como salmão e sardinha. 

Hidratação: Beber água é importante para garantir que ajude na digestão, facilitando a circulação, fortalecendo os músculos, contribuindo com o cérebro e até mesmo com o funcionamento do coração. 

Evitar fumar e o consumo de bebidas alcoólicas: As bebidas alcoólicas consumidas em grande quantidade e com frequência são estopins para o aumento do colesterol e o tabagismo contribui para o estreitamento das artérias e redução do fluxo sanguíneo. Isso aumenta o risco de formação de placas de gordura nas paredes das artérias, dificultando ainda mais a circulação e elevando as chances de problemas cardiovasculares.  

“O tratamento inclui dieta, atividade física e medicamentos. Também inclui as estatinas que são os medicamentos mais recomendados por causa da sua eficácia. Com elas, é possível reduzir o quadro, mas o estilo de vida é um forte aliado na redução. E se necessário, outros medicamentos por via oral”, aconselha Nogueira.

Um novo medicamento aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 19 de junho pode ajudar a reduzir o risco de infarto e derrame (AVC) entre indivíduos que já tiveram esses problemas - e, portanto, são especialmente suscetíveis a enfrentá-los novamente. Trata-se de uma injeção - a inclisirana, da farmacêutica Novartis -, cujo intuito é controlar o colesterol ruim (LDL), um dos principais fatores de risco por trás desses eventos cardíacos.

O remédio age bloqueando temporariamente a produção de uma proteína chamada PCSK9, que é responsável por degradar os receptores que captam o LDL do sangue e o levam para dentro do fígado para ser eliminado. Então, ao bloquear a tal enzima, o corpo do paciente tem mais condições de se livrar do colesterol ruim, evitando que ele se acumule nas artérias - o que contribui para a ocorrência de um infarto ou AVC.

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De acordo com a série de estudos que comprovou a eficácia e segurança da inclisirana, com duas aplicações ao ano é possível reduzir, em média, 52% dos níveis de LDL. Os testes foram feitos em pacientes que já tomavam a dosagem máxima tolerada de estatina - o principal medicamento utilizado hoje com essa finalidade -, mas ainda não tinham alcançado a meta, de acordo com seu risco cardiovascular.

A título de comparação, um estudo chamado WOSCOPS, que serve de referência para o Ministério da Saúde do Brasil sobre doenças do coração e medidas de prevenção, diz que, sozinhas, as estatinas conseguem reduzir apenas 26% do colesterol, aproximadamente. Os dois remédios poderão ser combinados para garantir maior efeito contra o LDL.

A inclisirana já é comercializada na União Europeia e nos Estados Unidos desde 2020 e 2021, respectivamente, segundo a Novartis. A expectativa é que o produto chegue às farmácias brasileiras dentro de aproximadamente 90 dias. O preço ainda não foi definido, pois depende de uma avaliação da Anvisa, que segue realizando os trâmites de regulamentação.

O excesso de colesterol ruim (LDL) é um problema que tem se tornado comum por conta do estilo de vida da população, baseado cada vez mais em uma alimentação rica em alimentos ultraprocessados (fontes de sódio, gorduras e açúcar) e inatividade física, afirmam especialistas escutados pelo Estadão.

Ao circular na corrente sanguínea em quantidades expressivas, todo esse mau colesterol não consegue ser totalmente absorvido pelo organismo. O resultado pode ser o entupimento das artérias (aterosclerose), levando a quadros de infarto e/ou AVC.

Segundo a Associação Americana de AVC, um a cada quatro sobreviventes de derrame ou infarto relacionados à formação de coágulos enfrentará outra situação de emergência, o que gera um efeito bola de neve. Não à toa, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, segundo o Ministério da Saúde, e no mundo, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"Pacientes que já sofreram um ataque cardíaco ou derrame precisam não só reduzir o colesterol LDL, mas controlá-lo, isto é, mantê-lo abaixo de 50mg/dL", informa Raul Santos, cardiologista do Instituto do Coração (InCor-HCMFUSP), professor da Faculdade de Medicina da USP e ex-presidente da Sociedade Internacional de Aterosclerose (IAS).

Hoje, 92,6% dos pacientes que sofreram infarto não estão com o colesterol ruim abaixo de 50mg/dL, segundo um estudo publicado na National Library of Medicine, que analisou mais de 1 400 pacientes de Curitiba, no Paraná.

Mesmo mudando os hábitos de alimentação e atividade física, é muito difícil para esses pacientes de alto risco cardíaco conseguirem atingir a marca de segurança em termos de colesterol, conta Santos. Daí a necessidade da intervenção medicamentosa.

Medicamento traz esperanças de melhora no quadro nacional de infarto e AVC

De acordo com Raul Santos e Andrei Sposito, cardiologista especialista em colesterol, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e membro da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), o grande diferencial da inclisirina é que ela ajuda a resolver dois grandes problemas enfrentados atualmente na prevenção de doenças cardiovasculares: a potência e a adesão.

Além de a inclisirina se mostrar mais eficiente do que as estatinas em baixar o colesterol, sua aplicação ocorre via injeção, somente duas vezes por ano. As estatinas, por sua vez, precisam ser tomadas todos os dias, via oral. Assim, a injeção reduz a possibilidade de o paciente abandonar o tratamento ao longo do tempo. Sem falar que ela gera menos risco de efeitos colaterais, já que a substância atinge diretamente o fígado, sem passar pelo estômago.

"No Brasil, o tempo médio de uso das estatinas não passa de 90 dias. Só que a gente começa a ter benefício a partir de um ano, e isso vai aumentando progressivamente ao longo do tempo", descreve Sposito. "As pessoas não tomam o remédio mais do que três meses porque a maioria é assintomática. Ou seja, elas não têm a percepção de que estão fazendo uma coisa que vai diminuir concretamente o risco de morte", observa.

Um levantamento encomendado pela Novartis à Ipsos, empresa especialista em pesquisa de mercado e opinião pública, mostrou que 64% dos brasileiros desconhecem seu risco cardiovascular e, consequentemente, sua meta de LDL para reduzir a probabilidade de ter um ataque cardíaco e derrame cerebral.

Dos mil entrevistados, 80% disseram conhecer o termo "colesterol". No entanto, quando tiveram que ranquear doenças e condições clínicas cardiovasculares e metabólicas de acordo com o seu nível de preocupação, o colesterol ruim não controlado foi apontado como o "menos preocupante". Enquanto isso, o infarto e o AVC - problemas diretamente ligados ao excesso do LDL no sangue - lideraram o ranking.

Ainda não há estudos confirmando que a inclisirina reduz efetivamente o risco de infarto e AVC ou até mesmo a taxa de mortalidade por problemas cardiovasculares. No entanto, os resultados em relação à diminuição do colesterol, combinados com as especificidades do medicamento, dão esperanças aos especialistas, que esperam por números positivos nesse sentido nos próximos anos.

Um ponto de dúvida, no entanto, se dá em relação ao acesso à injeção. Lenio Alvarenga, diretor médico da Novartis, diz que a farmacêutica pretende dialogar com as autoridades de saúde pública sobre a inclusão do medicamento no Sistema Único de Saúde (SUS), para que seja utilizado em larga escala.

Sposito aponta, no entanto, que esse tipo de medicamento tende a ser caro, já que há um alto nível de tecnologia por trás de seu desenvolvimento. Por isso, deve ser inacessível para o SUS até que haja a quebra de patente, daqui a 10 anos, possibilitando a produção de genéricos.

Quem pode tomar e como é aplicada a inclisirana?

A inclisirana é indicada para adultos com hipercolesterolemia primária (de base genética ou comportamental) e dislipidemia mista (quando tanto os níveis de colesterol ruim como o de triglicérides estão elevados). Ela deve ser receitada por um médico, a partir da avaliação do quadro clínico do paciente.

Segundo Raul Santos, o medicamento pode ser utilizado adicionalmente às estatinas, potencializando o efeito de redução do colesterol, o que ajudaria principalmente aqueles pacientes que têm altíssimo nível de LDL no sangue.

A injeção deve ser aplicada na barriga, de forma subcutânea, por um profissional da saúde. No primeiro ano de uso, deve ser tomada uma vez a cada quatro meses. A partir do segundo ano, a aplicação deve ser feita uma vez a cada seis meses.

 O Dia Nacional de Prevenção e Controle do Colesterol, será celebrado nesta segunda-feira(8). Segundo o Ministério de Saúde a data foi criada para a conscientização e prevenção de doenças cardiovasculares, que é a primeira causa de mortalidade no Brasil. 

 Apesar da fama de “vilão” que o colesterol carrega, a cardiologista e professora do curso de Medicina da Unisa, Dra. Rafaela Penalva, explicou ao LeiaJá que ele é um álcool complexo que é essencial para o funcionamento do organismo, sendo parte fundamental para atividades de células dos nervos, do cérebro, do músculo, coração, formação de vitamina D e ácidos biliares. 

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 “Por ser um tipo de gordura e como não pode ser dissolvido em água, o seu transporte depende de duas lipoproteínas, que possuem densidades diferentes. Que é o chamado colesterol ruim ou LDL, e o colesterol bom ou HDL”, esclareceu. 

 Além disso, a especialista informou que hábitos simples como, alimentação saudável, prática de atividade física regularmente, evitar o tabagismo, ajudam na proteção contra o colesterol ruim. Dessa forma, outros fatores de risco também podem intensificar o risco da alta no LDL, como o fumo, obesidade, hipertensão, taxa de glicemia alta, entre outros.   

Jovens de apenas 25 anos já deveriam começar a monitorar seus níveis de colesterol, para que tenham mais oportunidades de mudar hábitos de vida prejudiciais ou mesmo começar a tomar medicamentos para reduzir os riscos de um ataque cardíaco ou um derrame anos mais tarde. Em geral, esse controle só começa a ser feito bem mais tarde.

A recomendação vem da compilação de diversos estudos internacionais envolvendo quase 400 mil pessoas em 19 países, acompanhadas por mais de 40 anos. Segundo os resultados, publicados nesta semana na Lancet Medical Journal, os níveis de colesterol ruim ao longo da vida estão diretamente relacionados a problemas cardíacos.

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As conclusões do estudo podem levar à prescrição de remédios para baixar o colesterol a pessoas muito novas. Normalmente, as drogas só começam a ser usadas depois dos 40 anos. Os potenciais efeitos colaterais de uso das estatinas (remédios para baixar o colesterol) a longo prazo não foram ainda completamente mapeados.

O estudo demonstrou que uma pessoa de 45 anos que apresenta um nível de colesterol ruim alto tem mais riscos de ter um ataque cardíaco ou um derrame aos 75 anos do que aqueles que só apresentaram o indicador aos 60. Uma explicação seria o acúmulo de gordura no sangue ao longo de mais tempo.

O estudo estima que homens com menos de 45 anos com colesterol alto e outros dois fatores de risco têm probabilidade de 29% de apresentar problemas cardíacos aos 75. Para um homem com mais de 60 anos que apresente as mesmas características, esse risco é de 21%. Em mulheres, os porcentuais são 16% e 12% respectivamente.

Os autores do estudo dizem que é importante conhecer os níveis de colesterol ruim desde cedo para ter a oportunidade de reduzi-los por meio de exercício, alimentação saudável e perda de peso. "Precisamos começar cedo", afirmou o professor alemão Stefan Blankenberg, que participou do consórcio internacional, em comunicado. "Determinar os níveis de colesterol ruim deveria estar nas nossas diretrizes já a partir de uma idade baixa, entre 25 e 30 anos."

Para os mais jovens, a recomendação inicial não seria de medicamentos. Segundo Fernando Costa, diretor de Promoção de Saúde Cardiovascular da Sociedade Brasileira de Cardiologia, a prevenção deve começar na infância. "Atividade física e alimentação saudável são suficientes para modificar o panorama da incidência de doenças no futuro." Alimentos como laticínios e carne vermelha gorda podem contribuir para o aumento do colesterol ruim. Alguns jovens, no entanto, podem ter o colesterol alto por razões genéticas.

Estilo de vida

O principal autor do estudo, Fabian Brunner, descobriu ao longo do trabalho que os níveis de seu colesterol ruim eram altos, embora ele tenha apenas 34 anos, seja magro e tenha o hábito de praticar exercícios. "Em primeiro lugar, vou fazer um acompanhamento para ver se consigo reduzir meu colesterol com modificações no meu estilo de vida."

Há 21 anos, a farmacêutica Raquel Franchin, de 39 anos, fazia exames de rotina quando descobriu o colesterol elevado. Ela não esperava por isso, já que fazia atividade física, estava dentro do peso ideal e procurava se alimentar adequadamente. "Minha endocrinologista pediu (o exame) porque há casos na família, mas foi um susto grande, pois só tinha 18 anos. O colesterol LDL, o ruim, estava 180 - e o ideal era abaixo de 100."

Raquel começou a tomar remédio e foi encaminhada ao cardiologista. "Já me alimentava bem, mas fiquei mais rigorosa. Evito 'beliscar', como frutas, saladas e carne grelhada ou cozida. Cortei frituras e doces. Aumentei a atividade física e tento manter o peso sob controle." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Para comemorar o Dia Nacional de Controle do Colesterol, no dia 8 de agosto, a Estação Palmeiras-Barra Funda da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) receberá na próxima terça-feira (8), às 8h, uma ação de exames gratuitos de dosagem de colesterol.

Durante a ação também haverá entrega de material com orientações sobre as variações do colesterol, que pode ser alto ou baixo, vindas das denominações do inglês: High-density lipoprotein (HDL), Low-density lipoprotein (LDL), Very low-density lipoprotein (VLDL) e triglicerídeos.

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O LDL transporta colesterol e um pouco de triglicerídeos do sangue para os tecidos. O VLDL transporta triglicerídeos e um pouco de colesterol. O HDL é um transportador diferente, ele faz o caminho inverso, tira colesterol dos tecidos e devolve para o fígado que vai excretá-lo nos intestinos.

Ainda será montada uma mesa touch, onde as pessoas poderão organizar de forma virtual cardápios saudáveis com orientações de cardiologistas.

No local serão distribuídas 300 senhas, por isso é aconselhável que os interessados cheguem cedo.

O colesterol é um tipo de gordura encontrada no organismo, que é importante para o seu funcionamento normal. Quando alto, não apresenta sintomas e pode limitar o fluxo de sangue, aumentando o risco de ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral. O índice do colesterol é detectado por exame de sangue.

A Estação Palmeiras Barra Funda fica nas Linhas 7-Rubi e 8-Diamante do metrô. 

Boa notícia para quem evitava os queijos mais gordurosos - e saborosos: foi comprovado que eles não são os culpados pelo colesterol ruim. Uma pesquisa realizada pela Universidade de Copenhague revelou que queijos como provolone e parmesão na verdade ajudam o HDL, o colesterol bom do nosso corpo.

O estudo foi feito com 139 pessoas, que foram separadas em três grupos. Um ficou sem comer queijo, outro só consumiu queijos magros - com baixo nível de gordura - e o último comeu queijos amarelos, geralmente os mais gordurosos.

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Após 12 semanas, todos foram submetidos a exames de saúde para medir o nível de colesterol, açúcar, triglicérides e insulina.

Até a circunferência abdominal foi medida. Os resultados surpreenderam os cientistas, já que as pessoas que comeram queijos gordurosos não apresentaram diferença nenhuma em comparação às que comeram queijos magros ou não consumiram nenhum. Também não foram registrados aumentos da circunferência abdominal, do nível do colesterol ruim e de açúcares.

Na verdade, os que se deliciaram com queijos mais "gordos" tiveram um aumento no nível do colesterol bom, o HDL.

Não há evidências suficientes para apoiar a realização generalizada de exames para diagnosticar colesterol alto em crianças, concluiu um painel independente de especialistas americanos na terça-feira.

O painel de voluntários conhecido como a Força-Tarefa de Serviços Preventivos dos Estados Unidos (USPSTF) manteve a postura que tinha adotado em 2007, em contraste com as diretrizes de outros grupos nacionais, como a Associação Americana do Coração (AHA).

"As evidências atuais são insuficiente para avaliar o equilíbrio entre os benefícios e os malefícios dos exames para distúrbios lipídicos em crianças e adolescentes com idade inferior a 20 anos", disse a USPSTF, que faz recomendações sobre exames, serviços de aconselhamento e medicamentos preventivos.

A AHA e a Associação Nacional de Lipídeos, no entanto, recomendam a realização de exames para detectar taxas anormalmente elevadas de colesterol em crianças - especialmente aquelas com histórico familiar de doença cardíaca - como uma forma de evitar danos causados por artérias endurecidas, disse o relatório publicado na revista Journal of the American Medical Association (JAMA).

Esses grupos apoiam exames de colesterol em crianças e adolescentes como uma estratégia para identificar uma doença genética conhecida como hipercolesterolemia familiar, que atinge até 1 em cada 250 indivíduos nos Estados Unidos.

De acordo com dados da Pesquisa Nacional de Exames de Saúde e Nutrição, cerca de 8% das crianças com entre 8 e 17 anos têm níveis elevados de colesterol total (CT) e 7,4% dos adolescentes de 12 a 19 anos têm níveis elevados de LDL-C, também conhecido como "mau colesterol", porque pode levar à obstrução das artérias.

Um editorial na mesma edição do JAMA disse que, embora haja evidências crescentes a favor das intervenções para o colesterol elevado na infância, "pode ​​haver danos associados aos exames para dislipidemia, como a USPSTF destaca com razão".

Estes podem incluir sobrediagnósticos, custos mais elevados e ansiedade para a família, e "muitos jovens com um aumento isolado de lípidos não vão desenvolver doença cardiovascular aterosclerótica precoce", escreveu Elaine Urbina, do Hospital Infantil de Cincinnati, e Sarah de Ferranti, do Hospital Infantil de Boston.

As médicas disseram que, a longo prazo, ensaios clínicos são necessários para avaliar melhor os benefícios, danos e a relação custo-eficácia de várias abordagens de exames e tratamento.

Enquanto isso, a decisão de se fazer exames ou não corresponde em grande parte aos médicos, individualmente.

O painel da USPSTF não encontrou "provas suficientes" a partir de ensaios de curto prazo, equivalentes a dois anos ou menos, de que medicamentos como as estatinas poderiam levar a reduções substanciais no colesterol entre as crianças que herdam níveis altos.

Mas o painel não encontrou provas suficientes para mostrar se intervenções médicas na juventude poderiam ou não levar "diretamente a uma incidência reduzida de doença cardiovascular prematura".

Substituir gorduras animais por óleos vegetais reduz o nível do colesterol, mas não a mortalidade, em especial cardiovascular - aponta um estudo, cujas conclusões foram recebidas com ceticismo por alguns especialistas.

Há anos, nutricionistas recomendam que se privilegie os óleos vegetais. Pesquisas já haviam demonstrado que eles ajudam a reduzir o nível de colesterol e que são bons para o coração.

Essa hipótese foi posta em xeque pelo periódico médico British Medical Journal (BMJ), que publica trabalhos de uma equipe americana na edição desta quarta-feira.

Essa equipe retomou uma antiga pesquisa randomizada sobre o tema feita em Minnesota, nos Estados Unidos, entre 1968 e 1973. A maioria dos resultados dessa investigação ainda não tinha sido divulgada.

Em um estudo randomizado, os participantes são distribuídos de forma aleatória no grupo controle e naquele que não é controlado.

O estudo comparou quase 10.000 pessoas: metade recebeu uma alimentação que incluía, sobretudo, gorduras saturadas (carne, manteiga, margarina); e a outra, óleos vegetais ricos em ácido linoleico (ômega 6), como o óleo de milho, ou de girassol.

Nessa investigação, os pesquisadores americanos observaram uma queda na taxa de colesterol da ordem de 13%, mais não na redução das doenças cardiovasculares, nem na mortalidade.

Pelo contrário, eles constataram que, quanto maior o consumo de óleos vegetais e quanto mais o colesterol baixava, maior era risco de mortalidade: sendo de 22% a cada vez que o colesterol caía de 30mg/dL.

Consultando dados não publicados de outros estudos randomizados, entre eles um feito em Sydney entre 1966 e 1973, os pesquisadores encontraram resultados similares.

"Os dados existentes procedentes de estudos randomizados mostram que a substituição das gorduras saturadas por óleos vegetais reduz o nível do colesterol, mas não as mortes cardiovasculares, ou outras", destacam.

Entre as hipóteses antecipadas, citam fenômenos de "oxidação", que poderiam aumentar o risco cardíaco, mesmo que o nível do colesterol "ruim", O LDL, caia.

Essa oxidação poderia ser mais significativa em algumas categorias da população, como os fumantes, pessoas que bebem muito, ou idosos.

Vários especialistas reagiram à publicação do estudo, insistindo na necessidade de continuar as pesquisas sobre o impacto de uma redução das gorduras saturadas no risco cardiovascular.

O professor de Medicina Frank M. Sachs, da Harvard Medical School, em Boston, considera que o estudo "não é confiável", já que a experiência teria durado pouco mais de um ano em média. Segundo ele, são necessários "pelo menos dois anos para que um tratamento, visando a reduzir o colesterol, tenha efeito sobre as doenças cardiovasculares".

Na expectativa de resultados mais conclusivos, o especialista Jeremy Pearson, da British Heart Foundation, aconselha ter uma "alimentação equilibrada rica em frutas, legumes e cereais complexos para ter um coração saudável".

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O programa Opinião Brasil desta semana esclarece questões sobre o colesterol, quando ele pode ser bom ou prejudicial à saúde. Para isto, o apresentador Thiago Graf recebe a nutricionista Lídia Bandeira e o personal trainer André Gomes. Durante a conversa, os profissionais  deixaram claro que é importante buscar informações sobre alimentação saudável, prática de exercícios físicos e também sobre os riscos que o colesterol ruim pode causar. A nutricionista explica que é essencial escolher bons alimentos para o consumo. 

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"O colesterol está relacionado à qualidade da gordura da alimentação. Nos alimentos também encontramos gorduras boas, que até ajudam a melhorar o nível de colesterol do sangue. Mas todos os alimentos que são ricos em frituras, gorduras saturadas, gorduras trans, que a gente encontra muito nos fast foods, estes sim aumentam bastante os níveis de colesterol do sangue, fazendo mal à saúde”, pontua.

Durante o programa, além de esclarecer a função do colesterol no organismo das pessoas, as formas de evitar danos à saúde também foram abordadas. O acúmulo de gordura é prejudicial à saúde e, para isso, é preciso ter alguns cuidados. O profissional da área de educação física dá algumas dicas. "Exercícios aeróbicos regularizam as taxas de colesterol. A corrida, caminhada, pelo menos duas vezes durante a semana já trazem resultados satisfatórios para o indivíduo”, afirma o personal trainer. Os convidados desta edição do Opinião Brasil ainda destacaram que nunca é tarde para mudar velhos hábitos que não contribuem para uma vida saudável. Confira o programa completo no vídeo acima.

O Opinião Brasil é exibido toda semana aqui, no Portal LeiaJá.

Nesta quinta-feira (8), a Sociedade Brasileira de Cardiologia – Pernambuco vai dar seguimento às suas campanhas de prevenção, desta vez para marcar o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Um grupo de médicos, enfermeiros, nutricionistas e educadores físicos, vai conversar com os usuários do Ambulatório de Beneficência Maria Fernanda, localizado no Real Hospital Português, a partir das 8h. A equipe vai levar informações sobre uma alimentação saudável e distribuir material educativo sobre o tema.

Os nutricionistas vão falar sobre os alimentos ideias para prevenir  o problema.  Finalizando as atividades, os educadores físicos do Real Corpore farão um aulão com os participantes, ressaltando a importância da atividade física.

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O objetivo da ação é mostrar a necessidade de controlar o colesterol, em especial pelo papel que ele tem nas doenças cardíacas. Como nas outras campanhas deste ano, as crianças vão ter uma atenção especial, já que tem crescido a incidência de problemas cardíacos em jovens devido a um estilo de via inadequado.

Dados - As doenças cardiovasculares são responsáveis pela morte de cerca de 17,1 milhões de pessoas no mundo por ano. No Brasil esse número chega a quase 300 mil – são 820 mortes por dia, 30 mortes por hora ou uma morte a cada dois minutos. Para combater esse problema é preciso incentivar a população a ter um estilo de vida saudável.

O colesterol é uma substância importante para a saúde, porque é usada na formação da membrana das células do corpo e de alguns hormônios, além de servir como uma capa protetora para os nervos e ser necessário para a produção de vitamina D e bile. Cerca de 70% do colesterol é produzido pelo nosso organismo e os outros 30% são provenientes da nossa alimentação.

Embora necessário ao nosso organismo, o colesterol passará a ser prejudicial se os níveis no sangue estiverem acima do normal. O colesterol em excesso é depositado na parede das artérias, formando placas de gordura, que podem entupí-las e dificultar a passagem do sangue.

O colesterol alto em crianças não está necessariamente ligado a fatores como peso ou pais com histórico do problema. Nem toda criança magra e sem casos na família está livre do diagnóstico dessa doença silenciosa.

Não há sintomas, portanto é preciso fazer exames de sangue periodicamente (1 vez por ano), para a detecção precoce e tratamento adequado. Estudos mostram que 20% das crianças e adolescentes entre os 2 e 19 anos apresentam níveis elevados de colesterol no sangue, onde 8% tem altos valores de LDL (“colesterol ruim”) e 45% apresentam baixos níveis de HDL ( “colesterol bom”).

Conheça os tipos de colesterol:

- HDL (“colesterol bom”): reduz o risco de acúmulo das placas de gordura, prevenindo as doenças cardíacas, como derrame e infarto. Quanto maior a quantidade no sangue, melhor é para a saúde!

- LDL (“colesterol ruim”): é o responsável pela formação de placas de gordura nas artérias, o que dificulta o fluxo sanguíneo. Indica risco aumentado de infarto, derrame cerebral e entupimento das veias das pernas.

Médicos do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas (Incor) querem rastrear quem são os 400 mil brasileiros que sofrem de hipercolesterolemia familiar. A doença, silenciosa, é resultado de uma mutação genética que causa colesterol alto desde a infância. O resultado: risco até 20 vezes maior de enfarte e derrame cerebral precoces. Nesta sexta-feira, o Incor faz campanha gratuita para detectar o mal na população. Serão distribuídas 500 senhas.

A hipercolesterolemia familiar é diagnosticada por exame genético. Com uma gota de sangue, os médicos identificam o colesterol alto. Aqueles com LDL (o colesterol ruim) acima de 210 mg/dl serão encaminhados para o teste de DNA. Os pesquisadores procuram, então, as mutações no gene responsável pela retirada do LDL da corrente sanguínea. Como esse gene não atua corretamente em quem tem a mutação, as placas de gordura se formam nas paredes de vasos e artérias desde a infância - daí, a ocorrência de doenças cardiovasculares precocemente.

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"É muito dramática essa doença, porque as pessoas ficam assintomáticas por longo tempo e, muitas vezes, o primeiro sintoma é a morte súbita. O diagnóstico genético é importante porque permite descobrir outros casos na família", diz a cardiologista do Incor Ana Paula Chacra.

O administrador Clecio Pavan, de 42 anos, tem colesterol alto desde os 11. Começou a pensar que poderia ser um problema hereditário quando a mãe dele enfartou, aos 54 anos, em 1993. Mas só neste ano descobriu a mutação. "Fui o primeiro a ser diagnosticado. Meu colesterol estava em 380." Vinte pessoas da família foram testadas - oito estão em tratamento no Incor, até as filhas dele, de 13 e 9 anos.

"Mudamos o estilo de vida. Minhas filhas treinam handebol; emagreci 10 quilos desde julho", diz Pavan, que, com a ajuda de medicamento, baixou o colesterol para 150.

Segundo Ana Paula, se uma pessoa tem o diagnóstico positivo, toda a família é testada, até crianças a partir de 2 anos - a chance de um parente ter a doença é de 50%. "Fazemos o rastreamento em cascata para saber quem é esse paciente que não sente nada, diagnosticar e tratar." O tratamento inclui medicamentos, como estatinas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Com o desenvolvimento do mundo moderno, a vida se tornou sedentária. Hoje, o normal é passar mais de oito horas sentado. Entretanto, uma pesquisa publicada no periódico Archives of Internal Medicine aponta os problemas causados pela falta de mobilidade.

O fato de passar muito tempo sentado pode aumentar em 40% as chances de morte nos próximos 15 anos. O sedentarismo aumenta os níveis de colesterol e desenvolve a hipertensão além de problemas cardíacos e resistência à insulina.

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Para diminuir o inevitável sedentarismo do mundo moderno, especialistas recomendam movimentar o corpo durante o expediente de trabalho. A cada hora a pessoa deve dar uma caminhada rápida e alongar-se quando possível. O encosto da cadeira também não deve envolver todas as costas para que a coluna faça sua curvatura normal ao sentar.

Por fim, fora do horário de trabalho a pessoa deve procurar uma atividade física para fazer e nos momentos de lazer deve evitar o sedentarismo.

Originária da América do Sul, o amendoim faz muito bem à saúde. Ele tem em sua fórmula uma composição rica em ácidos graxos insaturados, proteína vegetal, fibra dietética, minerais, vitaminas e antioxidantes.

A riqueza de sua fórmula ajuda no combate a doenças cardiovasculares e alguns tipos de câncer. Além disso, é considerado um alimento funcional e pode até atuar como inibidor do apetite.

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Além de fornecer proteína, suas gorduras monoinsaturadas ajudam a reduzir o colesterol, prevenindo a formação de coágulos nas artérias evitando assim doenças cardíacas.

Para completar, o amendoim é rico em vitamina E e por causa disso faz bem à pele e aos cabelos.

Recentes pesquisas apontam a pimenta como um remédio milagroso para a saúde. A planta não só tem efeito anti-inflamatório como também alivia a enxaqueca e é um potente anticancerígeno. Sendo assim, ajuda a prolongar a vida.

O poder da pimenta está contido numa substância chamada capsaicina, que é responsável pelo ardor da planta. A substância consegue bloquear o complexo protéico fator nucelar kappa B que age como um interruptor do crescimento celular no organismo. Uma vez bloqueado, dá-se a redução do crescimento descontrolado das células. Com isso, previne-se o câncer.

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Outro ponto positivo para a pimenta está no poder que ela tem de controlar o colesterol. Para controlar o nível elevado de LDL a recomendação é consumir a pimenta in natura nas refeições. Rica em carotenoides e em vitamina C, a pimenta também age como antioxidante, ajudando a evitar o envelhecimento das células. Por Carolina Abranches

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