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A data 16 de outubro é considerada o Dia Mundial da Coluna. A estrutura é responsável por deixar a cabeça sustentada pelo resto do corpo humano. Os exercícios para a coluna são importantes para trazer alívio e ter a postura correta. Além disso, especialistas afirmam que melhora a circulação, reduz o estresse nas articulações e aumenta a elasticidade. Confira a seguir cinco exercícios para melhorar a postura e aliviar as dores, recomendados pelos especialistas. 

Abdominais: Os abdominais servem para contrair os músculos para estabilizar e enrijecer a coluna. Para realizar esse exercício, deite-se de costas em um colchonete com os joelhos separados e dobrados a uma distância equivalente à largura dos ombros. Após isso, levante o joelho direito e leve-o de encontro à mão direita. Empurre o joelho contra a mão e fique nessa posição por cinco segundos. Após finalizar o lado direito, repita o exercício com o lado esquerdo. 

Alongamento para a dorsal: Este alongamento alivia as dores nas costas e reduz o estresse nas articulações, além de melhorar a circulação. Para começar, deite-se em um colchonete e coloque-se na posição de quatro apoios, com os joelhos dobrados e as palmas das mãos no colchonete. Encoste o peito no queixo ao mesmo tempo em que força as costas para cima. Mantenha essa posição por 15 segundos. 

Exercício de contração: Este exercício auxilia no fortalecimento da região lombar da coluna. Para fazer, deite-se no chão em um colchonete com os joelhos dobrados. Coloque as mãos atrás da cabeça com os cotovelos flexionados. Após isso, contraia a região pélvica e repita o movimento por dez respirações. A contração precisa ser feita quando você for expirar o ar. 

Ponte ou prancha: Além de fortalecer as costas, este exercício também ajuda a tonificar os músculos posteriores da coxa e os glúteos. Para fazer a ponte, o primeiro passo é deitar-se de costas em um colchonete com os joelhos separados e dobrados em uma distância equivalente à largura dos ombros. Após isso, com os glúteos e os músculos das costas, levante os quadris e deixe os ombros encostados no chão. Fique nessa posição por cinco segundos e, após isso, volte à posição original. 

Alongamento para a lombar: Quando os músculos sofrem com a falta de exercícios, eles diminuem de tamanho, reduzindo a eficiência dos movimentos e aumentando as chances de lesões. Para fazer esse alongamento, deite-se no chão com os joelhos dobrados. Em seguida, segure os joelhos e puxe-os em direção ao peito. Fique nessa posição por 30 segundos e, a seguir, retorne à posição inicial.

 

Pesquisadores do Reino Unido acabam de publicar uma extensa revisão sobre exercícios físicos e o controle da pressão arterial no British Journal of Sports Medicine. Eles compilaram nada menos do que 270 estudos realizados entre 1990 e 2023 sobre o assunto. Depois de fazer um pente-fino nesse material, os cientistas concluíram que os exercícios isométricos - aqueles que envolvem ficar parado contraindo os músculos - são os que mais derrubam a pressão.

Segundo Renato Pelaquim, diretor executivo do Departamento de Educação Física da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp), o achado não é exatamente uma novidade, porque já existiam indícios dos benefícios do treino isométrico no controle da pressão. "O que acontece é que os estudos estão cada vez mais robustos, como essa revisão", analisa. Mas é preciso ter alguns cuidados antes de dar início a um treino com exercícios estáticos, que parecem mais simples do que realmente são.

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Vale lembrar que a Diretriz Brasileira de Reabilitação Cardiovascular, de 2020, já citava o handgrip, feito de três a cinco vezes por semana, durante 12 minutos, como estratégia para redução da pressão arterial. Nesse exercício, o indivíduo aperta uma espécie de aparelho formado por duas hastes - a ideia é forçar dedos, mãos e antebraços. Agora, nesse trabalho recente, um movimento que se destacou foi o agachamento isométrico. Em resumo, ele envolve encostar a coluna na parede e flexionar as pernas, como se estivesse sentado em uma cadeira imaginária.

Depois de ajustar diversos dados, os autores ingleses perceberam que investir nos movimentos isométricos fez a pressão sistólica cair 8.24 mmHg e a diastólica, 4 mmHg. Enquanto a primeira tem a ver com a saída do sangue do coração para o resto do corpo, a segunda ocorre quando o órgão relaxa. Segundo Pelaquim, esse resultado é similar ao obtido com o uso de medicamentos.

Por que exercícios isométricos mexem tanto com a pressão

O especialista da Socesp informa que, no exercício isométrico, os músculos ficam contraídos por muito tempo - na pesquisa, eram cerca de dois a três minutos, chegando a até quatro minutos. Isso gera o que se chama de estresse de atrito. "Significa que tem sangue batendo na parede do vaso sanguíneo, sobretudo nas artérias. E quanto maior esse atrito, maior a liberação de substâncias que relaxam os vasos, causando uma dilatação", descreve. Daí porque há queda na pressão. Esse efeito também acontece no treino aeróbico e resistido, mas não na mesma magnitude.

Mas Pelaquim faz uma ponderação: os estudos costumam acompanhar os efeitos pós-treino, ou seja, quando os indivíduos já estão em repouso. "E precisamos ter um grande cuidado durante a atividade", nota. Isso porque no momento da realização do exercício, as duas medidas de pressão (mas especialmente a diastólica) tendem a subir demais - e isso não é muito positivo para quem já convive com algum fator de risco. Se o sangue chegar com muita pressão no coração de um indivíduo que já tem artérias mais doentes, sobe o risco de ele enfrentar algum evento cardiovascular.

Sendo assim, a recomendação é que pessoas que apresentem qualquer fator de risco cardíaco - principalmente hipertensão - contem com acompanhamento próximo durante o treino, e tenham a pressão avaliada antes de começar os exercícios. Caso os índices se mostrem um pouco desajustados, Pelaquim comenta que o ideal é apostar em estratégias mais conservadoras - e não em um treino isométrico de cara, por exemplo, que exige bastante do corpo. "Com as taxas controladas, aí, sim, dá para considerar opções mais intensas", pondera.

Como incluir exercícios isométricos na rotina de treino

De acordo com o especialista da Socesp, é difícil pensar em uma hora de treino focada apenas em movimentos isométricos - ainda mais se a pessoa não tiver um bom preparo físico. Além de difícil, Pelaquim comenta que esse estilo de atividade não é tão motivador. Porém, como o estudo indica, é uma ferramenta interessante para quem precisa controlar a pressão.

De olho nisso, a dica dele é mesclar modalidades diferentes, em vez de se concentrar em um tipo só - dá para incluir um treino aeróbico, de resistência e até o intervalado de alta intensidade (conhecido como HIIT). Na hora do isométrico, também não é preciso seguir à risca o recado e ficar completamente parado. Dá para adaptar e progredir aos poucos. "Uma possibilidade é diminuir a velocidade de execução de certos exercícios", exemplifica Pelaquim.

"De qualquer forma, no início, essa não seria a minha primeira escolha para indicar a alguém com pressão alta (exercícios isométricos). Eu começaria com opções mais conservadoras e, aos poucos, iria evoluindo", opina. "Mas certamente é uma estratégia a mais, que vem para enriquecer".

Atividades clássicas também fazem diferença

No ranking de modalidades mais potentes no controle da pressão, os exercícios estáticos são seguidos por:

- Treino combinado (aeróbico e resistência).

- Treino de resistência dinâmico (baseado em agachamentos, flexões, uso de pesos, etc).

- Exercícios aeróbicos (como correr).

- HIIT (treino com sessões curtas de alta intensidade intercaladas com rápida recuperação).

Embora os exercícios estáticos tenham despontado como aqueles que mais impactam na pressão arterial, a verdade é que o importante mesmo é se mexer. Os autores da revisão afirmam que, nesse sentido, todas as escolhas são eficazes.

O Exército da China declarou nesta segunda-feira, 10, que está "pronto para lutar", após completar três dias de exercícios de combate em larga escala em torno de Taiwan. Os treinamentos simularam o isolamento da ilha em resposta à viagem da presidente taiwanesa, Tsai Ing-wen, aos Estados Unidos na semana passada.

As "patrulhas de prontidão de combate" chamadas de Joint Sword foram concebidas como um aviso para a autogovernada Taiwan, que a China reivindica como sua.

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As tropas "podem lutar a qualquer momento para esmagar resolutamente qualquer forma de tentativa de independência de Taiwan e de interferência estrangeira", afirmou o Exército nesta segunda. Fonte: Associated Press

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De acordo com a Organização Mundial da Saúde – OMS, saúde é “um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não somente ausência de afecções e enfermidades”. Dessa maneira, entende-se que o ambiente de convivência, envolvendo locais e pessoas, afeta diretamente a vitalidade, de forma positiva ou negativa.

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No Brasil, 5 de agosto é determinado como o Dia Nacional da Saúde, comemoração instituída em 1967 pela Lei nº 5.352. A data foi escolhida em homenagem a Oswaldo Cruz – grande médico e sanitarista que lutou pela erradicação de epidemias no Brasil, como febre amarela, peste bubônica e varíola – e tem como objetivo conscientizar a população a respeito do cuidado com o bem-estar.

Após 23 anos, em 1990, a legislação brasileira estabeleceu a criação do Sistema Único de Saúde – SUS. De acordo com Lei nº 8.080, as ações do SUS abrangem desde a participação de políticas de saúde até o controle e fiscalização de serviços e produtos utilizados pela população. Entre essas ações, encontram-se vigilância sanitária e epidemiológica, assistência terapêutica e farmacêutica, orientação alimentar e colaboração na proteção ambiental.

Como abordado pela OMS, o bem-estar mental também é relevante e deve receber atenção. Klaudia Sadala, psicóloga clínica e professora da UNAMA - Universidade da Amazônia, observa que para ter saúde é necessário que as diversas áreas da vida estejam, minimamente, harmônicas. “A saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais, mas um estado onde o sujeito se sinta capaz de realizar enfretamentos diante as adversidades vivenciadas, nos mais variados contextos de vida”, explica.

Klaudia destaca que existem elementos essenciais para a manutenção do bem-estar mental, como empregabilidade, renda, educação, saneamento básico, moradia, proteção contra a violência e rede social de apoio, e outros que são agravantes, como vivência familiar conturbada, relações tóxicas, poucas horas de sono de qualidade, ausência de atividades físicas e uso excessivo de telas.

A psicóloga considera que todas as experiências que provocam tensão e comprometem o equilíbrio emocional das pessoas levam à necessidade de suporte; porém, para procurar auxílio profissional, não é necessário esperar que situações de sofrimento ou adoecimento aconteçam. “Buscar entender nossas emoções, pensamentos e comportamentos e buscar estratégias de enfrentamento para os desafios da vida é uma importante ferramenta. Neste sentido não precisamos vivenciar um problema para buscar este processo”, pondera.

O SUS oferece atendimento psicológico gratuito nos Centros de Atendimento Psicossocial – CAPS, promovendo acesso à população geral. Como observa Klaudia, o Brasil possui um alto índice de ansiedade e depressão quando comparado a outros países da América Latina e, após a pandemia do covid-19, os números aumentaram. “O SUS deve potencializar suas políticas públicas em saúde mental, pois, ainda que os números sejam alarmantes, pouco avançamos para alcançar as proporções que a pandemia nos impôs”, ressalta.

Em 2020, o presidente Jair Bolsonaro, por meio do decreto Nº 10.530, de 26 de outubro, autorizou investimentos de instituições privadas em Unidades Básicas de Saúde – UBS, o que gerou um clima preocupante no setor público. O decreto foi revogado, dois dias depois, em decorrência da sua repercussão negativa, pelo Projeto de Decreto Legislativo (PDL) 453/20.

A prática de parcerias público-privadas já é comum na saúde e em outros setores da ciência no Brasil. Entretanto, devido às UBS serem a porta de entrada para o SUS, o decreto gerou preocupações e desaprovação, visto que isso poderia implicar ações de privatização no sistema.

Everaldo Otoni, médico generalista residente de Medicina de Família e Comunidade, trabalha no SUS há 2 anos, em Santarém/Pará, e acredita que o cenário incerto em que o país se encontrava quando da publicação do decreto e os problemas enfrentados com a pandemia geraram dúvidas se, de fato, a opção seria viável. “Entendo que por um lado seria interessante, visando os benefícios ao usuário, uma vez que a modernização e os investimentos seriam potencializados. Porém, a privatização desordenada poderia prejudicar os prestadores de serviços, talvez com maiores jornadas ou decréscimos nos salários”, elucida.

O médico fala que trabalhar no SUS é prazeroso e, ao mesmo tempo, desafiador, principalmente em relação à remuneração precária, mas que, apesar dos obstáculos, o sistema está em uma constante evolução a passos curtos. “O SUS é um sistema de extrema importância no Brasil, especialmente quando paramos pra pensar que mais da metade da população brasileira jamais teria condições de arcar com despesas de saúde particulares”, declara.

Para que a saúde humana seja plena, é necessário que haja uma relação indissociável com o bem-estar animal e equilíbrio ambiental. Dessa forma, compreende-se o conceito de Saúde Única. Liliane Carneiro, médica veterinária e coordenadora da Comissão de Residência Multiprofissional em Saúde do Instituto Evandro Chagas – IEC, afirma que, ao melhorar a qualidade de vida dos animais, é possível melhorar, também, dos humanos e do meio ambiente, o que nos leva, por exemplo, à redução de doenças.

A médica veterinária ressalta que a interação homem-animal traz muitos benefícios para a saúde mental, o que, consequentemente, colabora para todo o organismo. “É cientificamente comprovado que ter um animal de estimação em casa ajuda consideravelmente na redução de sintomas de ansiedade, estresse e depressão. Segundo dados de estudos, há relatos de 75% de melhora na saúde mental em decorrência da relação com seu animal de estimação”, diz.

Em relação à saúde pública brasileira, Liliane considera que a reflexão e a discussão sobre o tema são muito importantes. Ela cita a proposta do Ministério da Saúde de um sistema sustentável e 100% digital. “Isso vem sendo notado nas diversas plataformas digitais que o governo criou e vem disseminando com acesso rápido a informações, porém a atenção básica ainda está esquecida e é nisso que o país precisa melhorar”, destaca.

Boa alimentação e exercícios físicos

A nutricionista Aline Reis acredita que saúde é o equilíbrio entre o bem-estar social, mental e do corpo físico, para o qual a alimentação é extremamente importante, considerando que as nossas escolhas alimentares influenciam na preservação e no tratamento de algumas doenças, como diabetes, hipertensão arterial e alguns tipos de câncer.

Aline afirma que a alimentação também é importante para o bem-estar mental e social. Para ela, alimentar-se de maneira saudável deve incluir os aspectos biopsicossociais do indivíduo. “Ela não é sinônimo de ‘comer limpo e tudo natural’ o tempo todo e devemos considerar o comer para socializar (comer social) com amigos e família como parte de uma alimentação saudável”, complementa.

A nutricionista explica que algumas vitaminas e minerais estão na base produtiva de neurotransmissores atuantes em nosso cérebro e cita a discussão sobre a alimentação saudável fazer parte do tratamento da depressão, ansiedade e demais doenças psiquiátricas. “Isso sem falar nos transtornos alimentares, que envolvem também aspectos relacionados à imagem corporal, história de vida da pessoa, entre outros”, acrescenta.

Todos precisam de uma alimentação equilibrada – carboidratos, proteínas e gorduras – e rica em vitaminas minerais. Aline ressalta que a melhor forma de consumir esses nutrientes é pela alimentação variada em frutas, legumes e verduras. “É nesse contexto que entram a individualidade, a análise do que é possível fazer e a orientação nutricional especializada para que este hábito seja instaurado e permaneça para o resto da vida”, explica.

Devido à correria da rotina, muitas pessoas escolhem uma alimentação mais “rápida”, com industrializados e processados. Para facilitar o acesso a alimentos saudáveis, a nutricionista destaca o hábito de organizar marmitas.

“Deixar todos os alimentos que serão consumidos nos próximos dias já organizados, cortados, prontos ou semiprontos para consumo é uma estratégia que facilita o consumo de frutas, legumes e verduras, pois ter esses alimentos acessíveis na hora da fome aumenta as chances de consumi-los", observa.

Segundo dados do II Inquérito Nacional sobre Insegurança Alimentar (II VIGISAN) no Contexto da Pandemia da Covid-19 no Brasil, mais da metade da população brasileira (125,2 milhões) vive em algum grau de insegurança alimentar no país, sendo que, destes, 33,1 milhões passam fome.

Esses dados refletem não somente a pandemia, mas também a ineficácia de políticas públicas governamentais para a garantia do Direito Humano a Alimentação Adequada e Saudável, afirma Aline Reis. Para a nutricionista, a longo prazo, a primeira forma de lidar com isso é votar em candidatos que levantam a bandeira em defesa desse direito, da Segurança Alimentar e Nutricional e Soberania Alimentar.

“Pensando no curto prazo, pois quem tem fome tem pressa, os alimentos da região e que estão na safra costumam estar mais baratos. Além disso, a compra dos alimentos no final da feira, o famoso horário da xepa, também pode ser mais interessante para aqueles que possuem baixa renda”, aponta.

A nutricionista afirma que aliar a nutrição à prática regular de atividade física é a base para prevenir e tratar algumas doenças e, indo além, a aliança desses dois pilares deve se fazer presente mesmo quando não há alguma doença diagnosticada. “Não podemos esquecer que uma boa noite de sono também deve ser priorizada quando falamos de uma vida saudável, além de algumas práticas que nos últimos anos vêm ganhando espaço, como a meditação e ioga”, destaca.

O professor e coordenador do curso de Educação Física na UNINASSAU – Belém, Márcio Cerveira, acredita que ter saúde ou estar saudável é estar em equilíbrio com as práticas de exercício regulares, manter alimentação saudável, usufruir o que a vida oferece de melhor e, acima de tudo, ter saúde mental para lidar com as adversidades do dia a dia.

O professor explica que cuidar da saúde física deixou de ser apenas sobre o corpo, incluindo também a saúde mental, nutricional e relacional. Segundo ele, os estudos apontam altos índices de pessoas adoecendo mentalmente, até mesmo atletas de alto rendimento. “Nesse sentido, é de suma importância que cuidemos de tudo, mas sem esquecer da saúde mental que fará toda a diferença nesse equilíbrio”, reafirma.

Márcio Cerveira aponta que os exercícios físicos geram diversos efeitos no organismo e liberam hormônios que promovem o bem-estar, como a endorfina, serotonina – também conhecida como o hormônio da felicidade –, adrenalina, somatotrofina ou hormônio do crescimento e o cortisol, que tem a função de proteger a nossa saúde.

O professor afirma que estar bem fisicamente e mentalmente vai refletir na vida sentimental, profissional e na vida social. “Quanto mais sou saudável, mais tenho disposição para buscar meus propósitos de vida; quanto menos sou saudável, mais tempo consumo em tentar melhorar minha saúde deixando de lado as demais áreas”, acrescenta.

Márcio Cerveira salienta que o último censo do Ministério da Saúde mostrou inúmeras cidades brasileiras com insuficiência em práticas de atividades físicas, colaborando para o aumento de doenças ocupacionais, obesidade e transtornos psicológicos. “Uma sociedade sedentária fará com que inúmeros setores da economia sofram com tal comportamento. Por isso, exercitem-se!”, orienta.

Por Isabella Cordeiro e Lívia Ximenes (sob a supervisão do editor prof. Antonio Carlos Pimentel).

 

Apenas cinco minutos repetindo posturas como a da “Ponte” e do “Camelo” são suficientes para deixar um iogue, novo ou veterano, com o corpo mais relaxado. Independentemente da experiência em ioga, praticar regularmente pode trazer benefícios múltiplos à saúde. A acessibilidade da prática também é grande: o praticante precisa de pouco ou nenhum equipamento e pode exercitar as posturas aprendidas em qualquer lugar com espaço suficiente para se mover. 

Aquele pequeno espaço ao lado da cama? O chão da própria sala? Ambos apropriados para começar a vida de iogue. Basta posicionar o tapete em um local adequado e o praticante está pronto para iniciar. 

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Além disso, não importa o que a cultura do Instagram diga – enraizado nas práticas espirituais da Índia, o ioga é menos sobre ficar de ponta cabeça e muito mais sobre construir força mental e física, e consolidar hábitos saudáveis para a vida. Neste 21 de junho, que celebra o Dia Mundial do Ioga, profissionais convidam praticantes e não praticantes a refletirem sobre o verdadeiro sentido de "iogar".

“Ioga não é para ser fácil ou te transformar num ser ‘zen-namastê-gratiluz’. Aprendi que não é sobre flexibilidade corporal ou sobre a conquista de ‘posturas avançadas’, que decorar uma série de posturas pré-determinadas não faz ninguém se tornar um yogini. Os āsanas (posturas) têm importância no caminho do ioga, mas representam uma parte pequena do mesmo”, é o que explica ao LeiaJá a iogue Laura Melo (@yogacomlaura no Instagram), de 54 anos, instrutora desde a década de 80. 

Para Melo, as posturas funcionam como “meios” e não como “fins” na prática do ioga. “A prática é sobre mergulhar profundamente e incansavelmente em sua verdadeira identidade. Você precisa entender que o ioga não é sobre flexibilidade extrema ou contorcer seus músculos e coluna em formas extravagantes. Trata-se de respirar, encontrar força interior através da meditação e criar liberdade no corpo com poses básicas de ioga”, diz a profissional. 

Ela adverte: “Portanto, não se preocupe em perder peso ou se curvar para trás (isso virá em breve). Em vez disso, entenda que o ioga é um processo e um estilo de vida. Entenda que mesmo que você não consiga fazer algumas das posturas mais complexas, fazer um esforço para perceber a respiração e guiá-la cuidadosamente terá efeitos igualmente profundos em sua prática, e isso é muito mais profundo do que ser capaz de jogar o pé atrás da cabeça”. 

Asanas: conheça algumas 

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Benefícios do ioga 

1. Melhora a força, equilíbrio e flexibilidade 

Movimentos lentos e respiração profunda aumentam o fluxo sanguíneo e aquecem os músculos, enquanto manter uma postura pode aumentar a força. 

2. Ajuda no alívio da dor nas costas 

Ioga é tão bom quanto alongamento básico para aliviar a dor e melhorar a mobilidade em pessoas com dor lombar. 

3. Pode aliviar os sintomas da artrite 

A ioga suave demonstrou aliviar um pouco do desconforto das articulações sensíveis e inchadas de pessoas com artrite, de acordo com uma revisão da Johns Hopkins de 11 estudos recentes. 

4. Beneficia a saúde do coração 

A prática regular de ioga pode reduzir os níveis de estresse e inflamação em todo o corpo, contribuindo para corações mais saudáveis. Vários dos fatores que contribuem para doenças cardíacas, incluindo pressão alta e excesso de peso, também podem ser abordados através do ioga. 

5. Ajuda a dormir melhor 

Pesquisas mostram que uma rotina consistente de ioga na hora de dormir pode ajudá-lo a ter a mentalidade certa e preparar seu corpo para adormecer e permanecer dormindo. 

6. Pode significar mais energia e bom humor 

Você pode sentir um aumento da energia mental e física, um aumento no estado de alerta e entusiasmo e menos sentimentos negativos depois de entrar em uma rotina de praticar ioga. 

7. Ajuda a controlar o estresse 

De acordo com os Institutos Nacionais de Saúde, evidências científicas mostram que o ioga apoia o gerenciamento do estresse, saúde mental, atenção plena, alimentação saudável, perda de peso e sono de qualidade. 

 

Uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo aponta que o uso de máscaras não afeta a respiração ou traz riscos para pessoas saudáveis na prática de exercícios físicos. Para o estudo foram avaliados 17 homens com idade média de 30 anos e 18 mulheres com faixa etária média de 28 anos, todos saudáveis.

“A gente fez com o objetivo de investigar se o uso das máscaras durante o exercício atrapalhava o desempenho, o funcionamento do corpo em pessoas que fazem atividade física regular, mas não são atletas”, explica o professor Bruno Gualano, responsável pelo estudo. Para isso, os participantes da pesquisa correram em uma esteira com e sem máscara de proteção, com monitoramento da respiração, oxigenação do sangue e função cardíaca.

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Para o trabalho, os participantes usaram uma máscara de pano com três camadas, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde. Os exercícios foram realizados em diversas intensidades.

Nos níveis de esforço moderado e intenso foi verificada apenas uma pequena alteração no esforço de inspiração. “Nós observamos, especificamente, com o uso da máscara um aumento na capacidade inspiratória. O indivíduo tinha que inspirar mais com a máscara do que sem ela”, explica Gualano. Fora isso, porém, o corpo se adapta ao item de proteção e não houve mudanças na resposta do corpo das pessoas. “Não alterou débito cardíaco ou saturação de oxigênio, que era uma preocupação que se tinha”, acrescenta o professor.

No esforço considerado crítico, que é a máxima carga de exercício que a pessoa consegue desenvolver, o estudo apontou que houve perda de desempenho. De acordo com Gualano, ao contrário do que acontece nas outras intensidades, o corpo não consegue compensar a dificuldade adicional que a máscara impõe à respiração. Assim, as pessoas acabam chegando ao limite mais rápido do que chegariam sem o uso da proteção facial.

Porém, nem mesmo nesse nível de esforço foram constatadas alterações significativas na oxigenação do sangue ou na função cardíaca. “Não tem nenhuma alteração fisiológica sugestiva que possa incorrer em risco à saúde do praticante”, enfatiza o professor da Faculdade de Medicina.

O nível chamado de crítico de esforço é quando, explica Gualano, a pessoa que está se exercitando é incapaz de falar durante a tarefa. Nos níveis moderado e intenso, o praticante conseguiria falar, ainda que ofegante.

Para manter a boa saúde e até por razões estéticas, os níveis moderado e intenso são, segundo o professor suficientes. “Essa intensidade é suficiente para promover todos os benefícios que a gente conhece do exercício físico”, ressalta.

Apesar dos resultados dos testes mostrarem que o uso de máscara afeta pouco fisicamente os praticantes de exercício, no questionário aplicado aos participantes foram registradas diversas queixas em relação ao item de proteção.

“No geral eles se sentiam muito mal com o uso da máscara. As pessoas reclamavam que com a máscara sentiam mais calor, desconforto, maior fadiga, resistência”, enumera o pesquisador.

O Dia do Desafio, comemorado hoje (26), foi uma data instituída para incentivar a prática de exercícios físicos. A princípio, a comemoração surgiu na década de 1980 no Canadá, mas ganhou popularidade no resto do mundo. No Brasil, a The Association for International Sport for All (Tafisa) realizou a primeira celebração ao evento em 1995 e, a partir de 2000, a organização ficou por conta do Serviço Social do Comércio (Sesc) de São Paulo.

A data visa conscientizar as pessoas a praticarem pelo menos 15 minutos de exercício físico por dia, prática que pode melhorar tanto a saúde física quanto mental. Neste sentido, o estudante de Tecnologia da Informação Bruno Henrique, 33 anos, de São Paulo, começou a realizar corridas em seu bairro, para controlar sua ansiedade. “Adquiri muita resistência, corro dia sim e dia não. É legal ver que sou capaz de conseguir trajetos grandes, como 15 e 20km. Também uso esse tempo para tentar colocar a cabeça no lugar”, comenta. Durante a pandemia do Covid-19, Henrique precisou tomar alguns cuidados durante a corrida, como por exemplo, manter o distanciamento físico e escolher lugares que não possuem alto fluxo de pessoas.

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Por conta do isolamento social, causado em função da pandemia, a profissional de Educação Física Fernanda Pires explica que ao mesmo tempo em que pessoas fisicamente ativas sentiram falta da prática regular de exercícios, outros menos ativos também perceberam essa necessidade.

Para realizar qualquer atividade física, Fernanda recomenda o acompanhamento de um profissional que possua o conhecimento necessário para ajustar de maneira segura a sobrecarga, intensidade, amplitude e duração dos exercícios. Mas, caso isso não seja possível, a professora aconselha algumas práticas seguras para serem realizadas durante a pandemia. “Se possível, consulte um médico para verificar algum problema de saúde que impossibilite alguma prática específica”, recomenda. Em casos de sedentarismo, a professora aconselha a iniciar atividades moderadas, como caminhadas ou danças leves.

Outra dica da profissional é iniciar a prática de exercícios de 30 minutos, três vezes por semana. A duração e a frequência devem ser ajustadas de acordo com o condicionamento físico. “Muitos profissionais e instituições como o SESC e algumas universidades  têm oferecido a prática de exercício físico sistematizado, gratuito e online. Aproveite essas oportunidades”, lembra Fernanda.

Neste momento de pandemia, Fernanda explica que é importante o apoio social para a aderência à prática de atividade física. “Por isso, crie uma rede de apoio, mesmo que remota, em que as pessoas contem quando e como fizeram a atividade física,  ou façam juntos de maneira remota. Isso vai te ajudar a não perder o foco e a se manter em atividade”, recomenda.

Os benefícios de praticar atividades físicas

O médico e diretor científico da Sociedade de Medicina do Exercício e do Esporte do Rio de Janeiro, Fábio Peralta, explica que a prática regular de exercícios previne e trata doenças cardiovasculares, melhora a capacidade respiratória, auxilia na manutenção de níveis normais de glicose e colesterol em doenças metabólicas e também ajuda na prevenção e tratamento de diversos tipos de câncer, como o de cólon, de mama e de pulmão.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda no mínimo 150 minutos de atividades físicas regulares por semana. “Melhor ainda se puder adicionar 75 minutos de atividade mais intensa.  Mas, para quem está sedentário, os 150 minutos de atividade física moderada já fazem diferença, o que traz impactos positivos para a saúde”, orienta o médico.

Embora a prática de exercícios seja recomendada, alguns cuidados devem ser tomados. Peralta lembra que existem estudos científicos que sugerem consequências danosas no volume de treinamentos. “É possível que níveis exagerados de exercício físico possam gerar repercussões estruturais no coração, que culminem em disfunção cardiocirculatória, além do prejuízo musculoesquelético (maior propensão a lesões musculares e articulares, além da possibilidade de fraturas por stress ósseo).  Mas ainda precisamos de mais estudos para corroborar estes dados”, alerta.

Conquistar uma boa nota no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) requer dedicação. Árdua, por sinal. Na ausência de uma entrega aos estudos, o estudante pode ser afetado pelos efeitos da procastinação, porém, existem estratégias que podem dar um novo rumo à preparação;

Quem deseja começar a estudar neste momento e garantir a tão sonhada vaga em uma instituição de ensino superior precisa organizar um plano de estudos e focar em aprender os conteúdos essenciais de cada matéria. Marlyo Ferreira, professor de história, aconselha se planejar e separar um período do dia para poder se dedicar aos conteúdos que costumam cair no Enem.

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“Outro ponto importante é dividir os conteúdos de maneira a rever assuntos estudados em um intervalo de pelo menos dois dias, porque deixar para revisar apenas uma semana depois faz com que pouco do conteúdo seja assimilado”, alerta.

Para o docente, é muito importante também que os estudantes cuidem da alimentação e tenham hábitos saudáveis. “O sono é fundamental, porque é durante o sono que a memória de longo prazo é sedimentada, logo dormir mal ou pouco pode ter um efeito negativo no corpo. Em relação a atividades físicas, são muito importantes para darem uma disposição maior, já que passar muito tempo sentado e parado demanda por incrível que pareça esforço do corpo. O exercício, além de preparar o corpo para ter que aguentar melhor horas de estudo, diminui a necessidade que muitas pessoas têm em consumir garrafas e garrafas de café para se manterem produtivas”, explica.

Felipe Rodrigues, educador de português e redação, também afirma que fazer um cronograma de estudos pode ajudar muito os estudantes a se prepararem para o Enem, principalmente quando está aliado à resolução de exercícios. “Ou seja, para além de estudar os conteúdos do dia, tem que praticar questões para fixar os assuntos”, reforça Rodrigues.

Quais assuntos priorizar em cada matéria?

O LeiaJá, em parceria com o projeto Vai Cair No Enem, visando ajudar os vestibulandos que desejam começar a estudar para o Exame, conversou com uma equipe de professores que indicaram quais assuntos devem ser priorizados neste momento. Confira:

Equipe de professores: Linguagens, Códigos e suas Tecnologias - Felipe Rodrigues (português), Tales Ribeiro (literatura), Fred Fonseca (inglês) e Bárbara Warner (espanhol);

Matemática e suas Tecnologias - Eduardo Augusto;

Ciências da Natureza e suas Tecnologias - Eduardo Perez (física), Danylla Teles (química) e André Luiz (biologia).

Ciências Humanas e suas Tecnologias - Cristiane Pantoja (filosofia e sociologia), Marcelo Rocha (geografia) e Marlyo Ferreira (história).

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias

Português

- Morfologia

- Relações semânticas dentro de interpretação textual

- Sintaxe

Literatura

- Conceito de literatura

- Gêneros literários

- Mímese, catarse e estilo

- Quinhetismo

Inglês

- Simple Present

- Simple past

- Present continuous

- Past Continuous

- Vocabulário: Routines, Travelling, Restaurant, Food, Drink, Movies

Espanhol

- Verbos e suas irregularidades

- Artigo neutro

- Divergências léxicas

- Preposições

- Expressões idiomáticas

Matemática e suas Tecnologias

- Conceito de álgebra

- Aritmética

- Geometria básica

Ciências Humanas e suas Tecnologias

História

- História do Brasil

Brasil Colônia

Brasil Imperial

República Velha

Era Vargas

Ditadura Militar

- História Geral

Antiguidade Clássica

Idade Média

Idade Moderna

Revolução Industrial

Imperialismo e Neocolonialismo

Geografia

- Geografia física

Dinâmica do meio físico

Questões ambientais

- Geografia do Brasil

Os principais aspectos naturais, sociais e econômicos do Brasil

A participação no cenário global

Sociologia

- Importância de Comte e o Positivismo para a Sociologia

- Origem da Sociologia

- Sociologia Clássica (Durkheim, Marx e Weber)

Filosofia

- Do mito à transição da filosofia

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O distanciamento social causado pela pandemia do coronavírus (Covid-19) obrigou muitas pessoas a trabalharem em home office e contribuiu para que diminuíssem as atividades físicas do dia a dia. Diante do cenário pandêmico, a esteticista Thayane Amabili, 27 anos, de Mogi das Cruzes (SP), engordou 12kg, e percebeu que precisava praticar exercícios físicos para reverter a situação. Foi quando decidiu andar de patins. "Senti melhoria em diversos aspectos, como qualidade do sono e de vida, de maneira geral. E com isso perdi 4kg em três meses", destaca.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha no mínimo 150 minutos semanais de qualquer tipo de atividade física, que podem ser programadas, como esportes e caminhadas, ou não programadas, que envolvem limpar a casa, passear com o cachorro ou subir escadas. A endocrinologista Kátia Seidenberger explica que a ausência de exercício e o gasto inferior a 300 calorias diárias ou 2.200 calorias semanais resultam no sedentarismo.

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A médica destaca que o sedentarismo pode causar doenças como obesidade, que é o acúmulo excessivo de peso e gordura, responsável por desencadear diabetes, pressão alta, colesterol alto, doenças cardiovasculares, câncer de mama e intestino. Além disso, a ausência de exercícios pode gerar doenças cardiovasculares, osteoporose e ansiedade.

A esteticista Thayane Amabili passou a andar de patins na pandemia | Foto: Arquivo Pessoal

De acordo com a endocrinologista, os exercícios físicos auxiliam na manutenção dos ossos, articulações e músculos saudáveis, previnem contra a obesidade, e podem reduzir as angústias, como ansiedade, depressão e insônia. "Além de um incrível bem-estar físico e mental, promove longevidade com qualidade de vida", afirma Kátia.

Para evitar o sedentarismo em uma rotina home office, Kátia recomenda realizar de 20 a 30 minutos de atividades físicas antes de iniciar os trabalhos diários. Para isso, pode-se procurar na internet por vídeos explicativos que demonstram exercícios a serem realizados nos lares ou solicitar um instrutor acadêmico que passe sequências de abdominais, alongamentos, corda, pequenos saltos ou polichinelos, que não dependem de aparelhos. "Não exagere. O intuito é apenas reduzir o sedentarismo e a fadiga, não torná-lo um atleta profissional. Ao final de um dia de trabalho, dedique mais 10 minutos para fazer um alongamento do corpo e relaxamento muscular", orienta a endocrinologista.

Aos que desejam fazer caminhada ao ar livre, a médica aconselha a buscar por locais com pouco fluxo de pessoas. Outra dica, é realizar a pausas a cada hora trabalhada, e aproveitar o tempo com algumas atividades físicas leves, como andar pela casa, subir e descer escadas, lavar louça ou varrer. "As atividades de vida diária são excelentes alternativas para manter uma rotina fisicamente ativa", afirma.

Enquanto a vacina contra a Covid-19 não chega para toda a população, quem continua firme no isolamento social tenta manter a forma com exercícios físicos em casa. Porém, o excesso ou desempenho inadequado podem ter efeito reverso e causar complicações em quem pratica. 

O alerta é do cirurgião vascular Calogero Presti, que explica que o controle na frequência dos exercícios é fundamental para evitar lesões de músculos, tendões e articulações - e até mesmo fraturas ósseas de estresse e tendinites.

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“Exercício físico saudável, em geral, é aquele moderado, em dias alternados para a recuperação muscular, habitual e com frequência de três a quatro vezes por semana”, destaca o médico, que também é membro do Conselho Superior da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. 

O especialista pontua que antes de iniciar qualquer tipo de treinamento físico é aconselhável que o paciente com doença vascular se submeta a um exame clínico e cardiológico para detectar e avaliar possíveis comorbidades. Pois, caso seja necessário, o preparador físico, em conjunto com um médico, pode aconselhar o treinamento mais adequado para cada situação.

Doenças vasculares, como as varizes, pedem atenção especial durante a prática esportiva. No caso de pacientes com insuficiência venosa crônica, há dificuldade de retorno sanguíneo ao coração quando a pessoa se encontra parada, em pé ou sentada. 

“Os exercícios mais indicados nessa situação são aqueles que promovem a contração e alongamento dos músculos das pernas, em especial as caminhadas, exercícios em esteira ou com bicicleta. A natação e a hidroginástica são particularmente úteis, pois facilitam o retorno venoso pela atenuação da gravidade quando dentro d’água, além de fortalecerem e alongarem os músculos”, orienta Presti. 

Exercícios físicos intensos também podem causar rabdomiólise, ou seja, necrose muscular. Na maioria dos casos, ela ocorre quando o paciente inicia ou reinicia o treinamento físico sem a supervisão de um educador. “O exercício excessivo pode produzir edema das células musculares das extremidades e, como consequência, a necrose dos músculos em graus variáveis, o que ocasiona liberação da mioglobina (proteína muscular) no sangue”, informa.

Grandes quantidades de mioglobina no sistema circulatório podem causar depósitos nos túbulos renais, o que pode gerar insuficiência e mau funcionamento dos órgãos. Em casos extremos, hemodiálise, perda dos rins ou até mesmo o óbito são possíveis, explica o médico.

Exercícios em casa

Qualquer estímulo a atividades físicas de vida diária como jardinagem, limpar e arrumar a casa, lavar louça, arrumar armários, subir e descer escadas e dançar aumentam o gasto calórico, mantêm a atividade muscular, evitam a obesidade e diminuem a depressão durante o distanciamento social, aconselha o especialista.

“Os pacientes com doenças vasculares periféricas se beneficiam muito dos exercícios aeróbicos, sendo aconselhável caminhadas de 30 a 40 minutos 3 a 4 vezes por semana ao ar livre. O exercício aeróbico pode ser realizado na mesma frequência, com esteira ou bicicleta ergométrica em casa.”

Segundo o médico, para os que permanecem em home office é aconselhável interromper o tempo de permanência no computador, intercalando 15 minutos de atividade física a cada 30 minutos de trabalho, movimentando os braços, as pernas, respirando livremente, andando ou fazendo alongamento.

“Quanto aos exercícios recomendados por seu médico ou educador físico, não exagere na quantidade, intensidade e duração. A alta intensidade e o tempo de recuperação muscular e cardiovascular insuficientes podem ser prejudiciais ao sistema cardiovascular, à imunidade, provocar lesões musculares, articulares e tendinites”, completa o médico.

Outra orientação do especialista é manter-se bem hidratado durante os exercícios e evitar fazê-los em ambientes quentes e pouco ventilados. Em caso de desconforto durante o exercício, como cansaço excessivo, falta de ar, dor torácica e tonturas, interrompa os exercícios e procure orientação médica.

“A prática de exercícios físicos deve ser interrompida de imediato na presença de sintomas relacionados à Covid-19 como febre, falta de ar, tosse seca e perda do olfato ou paladar”, destaca o médico.

A pandemia do coronavírus (Covid-19) fez com que muitas pessoas cultivassem o hábito de caminhar. De acordo com dados da ONG Rede Nossa, 32% dos habitantes da cidade de São Paulo passaram a andar mais a pé. Nos estudos da Rede Brasileira de Urbanismo Colaborativo (Rede Br), a pandemia fez com que a preferência pela caminhada crescesse de 9% a 23% no país. Assim, alguns praticantes começaram a sentir impactos positivos na saúde.

O CDO da marca Desinchá, Allan Winckler, 35 anos, sempre teve uma vida agitada por conta dos eventos que participava. Mas, com a chegada da pandemia, ele adotou o hábito de caminhar. "No início, era para me entreter, mas percebi que comecei a acordar com mais disposição e, aos poucos, isso melhorou minha energia e organizou meu horário de sono. Foi impressionante", descreve Winckler.

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A caminhada traz alguns benefícios, como melhoria do condicionamento cardiovascular, redução de peso, mobilidade nas articulações de membros inferiores, além de ajudar na autoestima e no humor. "Deve-se ter em mente que para a realização de uma caminhada saudável é preciso sair realmente para caminhar. Realizar alguma tarefa na qual é preciso caminhar não conta como exercício", explica o neurocirurgião e médico especialista em coluna Haroldo Chagas.

Para que a caminhada tenha os efeitos desejados, ela deve ser encarada como um exercício. "É importante manter um ritmo relativamente rápido, utilizar um tênis adequado, com bom amortecimento e confortável, e sempre tentar aumentar o tempo ou a distância de caminhada. Deve-se praticar a caminhada em um piso regular", recomenda Chagas.

Assim como em qualquer atividade física, o praticante precisa analisar as condições cardiovasculares para verificar se não há contradições para o exercício. Deve-se então procurar por um médico especializado.

Não existe um horário adequado para realizar a caminhada, contanto que a temperatura esteja agradável. No período da manhã, as articulações estão mais rígidas e necessitam de um tempo maior de aquecimento, para prevenir que o indivíduo sofra algumas lesões. Esse horário possibilita melhoras ao bem estar e no sono. "Caminhar no final da tarde é melhor no sentido da mobilidade articular, mas está relacionado com piora do sono. De qualquer forma, cada pessoa pode ter sua preferência sem prejudicar a qualidade do exercício", finaliza o médico.

Enquanto os parques paulistanos estiveram fechados em razão da pandemia do novo coronavírus, o advogado Paulo Lanari, de 43 anos, se virou como pôde para adaptar os treinos de corrida que fazia no Ibirapuera há mais de 2 anos. O jeito foi correr dentro do próprio apartamento. "Lembrei de quando jogava squash, esporte no qual a gente se movimenta em um espaço menor. Colocava um fone de ouvido e corria", diz. Com a abertura gradual dos parques, ele retornou ao seu hábitat no fim de julho, para correr de 5 a 7 km.

Assim como ele, com a reabertura dos parques e o retorno da ciclofaixa de lazer aos domingos e feriados, muita gente voltou a praticar atividades físicas ao ar livre. Esse retorno, no entanto, exige cuidados tanto do ponto de vista físico quanto para evitar contaminação. E a máscara, embora incômoda, é necessária (e obrigatória): a multa é de R$ 524,59 para quem não usá-la em locais públicos em São Paulo.

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"Eu me sinto seguro no parque. Estou sempre com máscara, não toco em nada, não converso e não corro atrás de grupos", diz Lanari, apesar de afirmar que vê muitos frequentadores sem máscara. Desde segunda-feira, o advogado tem um incentivo ainda maior: vai poder contar com a orientação da assessoria esportiva da qual é aluno há cerca de 1 ano e meio, que volta ao parque depois de quase 5 meses. "É importante, pois eles veem a passada, a velocidade correta e os limites a fim de evitar lesões", diz.

A treinadora de Lanari é Alic Viana, coordenadora técnica do Clube Floow, que oferece assessoria esportiva em parques como Ibirapuera, Villa Lobos e do Povo. Ela, que durante a quarentena desenvolveu treinos online, que incluíam disputas e desafios, acha a volta das atividades em parques precoce. "É meu papel estar lá, orientar os alunos, mas não sei se é o momento certo. Tenho medo que eles voltem a ser fechados devido ao avanço da doença", diz ela, que, agora, atenderá um aluno por vez. "Neste momento, o foco não é mais performance, o alto rendimento, e sim a saúde e o bem-estar mental".

Apesar do retorno da atuação presencial da assessoria, nem todos os alunos voltarão a treinar nos parques. Na verdade, até agora, apenas 30% dos cerca de 40 corredores do time de Alic resolveram fazê-lo. Por isso, os treinos online serão mantidos também quando a pandemia acabar.

A cartorária Karina Zuleika Cabreira, de 40 anos, decidiu não voltar a correr nos parques. Ela até tentou, mas não gostou do que viu no Ibirapuera. "Havia muita gente sem máscara, em grupos. Para ficar nervosa com esse tipo de situação, prefiro não ir." Por ora, ela corre logo cedo pelas ruas do bairro de Santa Cecília, onde mora, e foge das aglomerações. "Quero fazer a minha parte como cidadã a fim de contribuir para o controle da epidemia e, consequentemente, diminuir o número de mortes. E não aglomerar é essencial para isso."

No pedal

A volta da ciclofaixa de lazer estimulou o advogado Marcos Miziara, de 39 anos, a voltar a pedalar por seu caminho favorito: ir da região da Praça da Árvore, onde mora, rumo à Avenida Paulista e, depois, seguir para algum parque. Ele mantém distância dos demais ciclistas, mas confessa que, quando está sozinho, pedala com o nariz descoberto. "Quando paro em algum semáforo ou quando percebo que alguém parou muito perto, subo a máscara", diz.

Neste momento, para ele, pedalar é uma terapia - e uma opção à academia. "Não me sentiria seguro em um ambiente fechado, com muitas pessoas, tendo que colocar as mãos nos aparelhos. Só volto quando houver uma vacina."

A preocupação de Miziara faz sentido. Embora não exista um ambiente 100 % seguro, esportes ao ar livre são mais recomendados neste momento. "Sabemos que, quanto mais arejado o ambiente, melhor. Academias nem sempre têm uma ventilação adequada. E quando nos referimos a isso falamos em ventilação natural, não em ar condicionado. A ventilação natural favorece a renovação do ar, reduzindo a propagação do vírus", explica o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia.

Nesse período de adaptação e recomeços, o incômodo em comum continua sendo a máscara. Alic, Lanari e a editora de arte do Estadão Viviane Jorge (leia depoimento abaixo) já testaram diferentes modelos. "Quase morri sufocada com a feita de borracha sintética (neoprene)", diz Alic. "A estilo buff foi a que melhor me adaptei, apesar de ter que ajustá-la sempre ao rosto", diz Lanari.

Para o fisiologista e médico do esporte Adalho Fregona, além do período de readaptação para retomar a atividade física depois de um tempo parado, exercícios mais extenuantes, por enquanto, devem ser evitados em função do uso da máscara. Enquanto ela continuar necessária, o jeito é diminuir a intensidade do treino. "À medida que o indivíduo se sentir fatigado, deverá pausar o treino, realizar inspirações profundas e descansar até reoxigenar o sangue."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A volta das academias nesse período de pandemia requer muitos cuidados. As medidas de segurança como o uso de álcool em gel, limpeza dos aparelhos, redução no número de pessoas e o uso obrigatório de mascaras, devem ter um bom funcionamento. Dois praticantes de atividade física contam se essas medidas estão sendo cumpridas e suas experiencias com a nova rotina de treino.

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Por Thalía Araújo - Bolsista do LeiaJá Pará

A liberação de academias e parques da cidade de São Paulo para a prática de esportes, ainda com horários reduzidos e limitação de capacidade, pode não ganhar muitos adeptos neste momento. Com as academias fechadas há quase quatro meses, as pessoas investiram para manter a rotina de exercícios dentro de casa.

A venda de equipamentos para a prática de esportes explodiu e a locação, antes restrita à academias, tornou-se comum entre os atletas amadores que, agora, estão renovando os contratos de aluguel.

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"O pessoal descobriu que dá para treinar em casa, ainda bem", afirma Fernando Benatti, sócio da Aluga Fitness, uma das grandes locadoras de equipamentos de ginástica, e da Ergolife Fitness, fabricante.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O cantor Dinho Ouro Preto revelou que teve seqüelas em suas cordas vocais após ter contraído a Covid-19. O vocalista do Capital Inicial tem feito acompanhamento com uma fonoaudióloga, para tratar a rouquidão.

"Estou assim desde o Covid. Fiquei com edema nas cordas vocais e ainda estou me recuperando. Estou fazendo exercícios diários e foi dito para eu não falar. Que eu devia cantar, e falar menos. O que é uma coisa difícil para mim porque eu falo pra caraca (sic)", disse o artista.

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Dinho falou sobre o assunto durante a live realizada no Dia dos Namorados e aproveitou o momento para alertar sobre a doença. “Me considero vitorioso só por ter vencido o vírus sem ser hospitalizado. Não é uma brincadeira, é sério. Usem máscara e evitem aglomerações se puderem. É um momento muito perigoso para o nosso país. O Covid pode sair do controle e matar muito mais gente do que o país pode lidar", alertou o artista.

Nesta semana, viralizou na internet um vídeo do apresentador Sikêra Jr realizando exercícios respiratórios. Nas imagens, o apresentador aparece bastante debilitado e ainda utilizando um cilindro de oxigênio para suporte respiratório.

Sikêra apresentava atualmente o Alerta Nacional, na Rede TV, e está afastado após diagnóstico do Covid-19. O apresentador segue em recuperação, mas apresenta um quadro de comprometimento dos dois pulmões.

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O jornalista está sendo acompanhado por dois fisioterapeutas, para a realização das atividades. Segundo eles, a previsão é que em 20 dias o apresentador possa retomar as suas atividades normalmente e retornará ao trabalho.

Sentido que define uma particularidade de cada ser humano, a voz, lembrada nesta quinta-feira (15), Dia Mundial da Voz, é também um instrumento para muitos profissionais que dependem de uma boa saúde vocal para manter suas rotinas.

Amanda Mazo, 26 anos, utiliza a voz em duas situações: a primeira em seu hobby, como cantora em uma banda religiosa, e a segunda em sala de aula, pois é professora de inglês. "Ano passado tive uma carga horária muito alta de aulas e desenvolvi um calo nas cordas vocais. Desde então tenho recebido acompanhamento por professores de canto e de uma fonoaudióloga", comenta. "Minha voz praticamente sumiu e tive episódios de rouquidão por meses. Depois de manter a rotina de exercícios, minha voz foi voltando ao normal, e agora estou bem melhor", complementa.

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Amanda Mazo usa a voz para cantar e dar aulas | Foto: Arquivo Pessoal

O ventríloquo e apresentador do programa "Tá Certo" (Cultura), Warley Santana, 42 anos, conta que, mesmo tomando água e fazendo aquecimentos vocais, já perdeu a voz durante um espetáculo. "Como gravo muitos programas por dia, quando estou no quarto programa, a voz costuma falhar. Mas ali [na gravação], ainda consigo disfarçar, já que contraceno com os atores. Porém, no teatro é mais difícil, pois estou sozinho", conta.

O ventríloco e apresentador Warley Santana| Foto: Ricardo Pepeliskof

O ator, Vinicius Pieri, 11 anos, enfrentou um grande drama em sua carreira ao descobrir que tinha uma fenda vocal. "Foi exatamente nessa época que eu estava ensaiando para um grande musical na minha carreira, 'A Noviça Rebelde', onde eu interpretei o personagem Kurt e precisava alcançar grandes agudos. Com a fenda, eu não poderia ter feito isso", declara Pieri, que se recuperou após um tratamento de seis meses com uma fonoaudióloga.

O ator Vinicius Pieri caracterizado para o musical "A Noviça Rebelde" | Foto: Divulgação

Profissionais que precisam da voz em seu ofício precisam ficar atentos aos sinais de ajuda que a própria voz emite. A fonoaudióloga mestre e especialista em voz Fernanda de Morais, alerta as pessoas a tomarem cuidado com alguns sintomas, como rouquidão por mais de 15 dias ou cansaço após falar por um longo tempo. "É fundamental tomar água durante o uso intensivo da voz, além de aquecer a voz antes de usá-la profissionalmente", explica.

Fernanda também orienta o uso de exercícios vocais, que podem ser feitos em todos os segmentos e profissões. "Pode-se usar a técnica de vibração de língua 'trrrrr' bem suave ou a de vibração de lábios 'brrrr', sempre observando se não há esforço ao emitir os sons. Essas práticas podem ser feitas minutos antes de começar a falar".

Além dos exercícios, a alimentação é um fator que pode influenciar na saúde vocal. A fonoaudióloga orienta as pessoas a terem uma alimentação leve, para garantir maior conforto na hora de falar. "Outro alimento indicado é a maçã, que tem uma fibra chamada pectina que ajuda a limpar as cavidades da boca e garganta, facilitando a emissão vocal", finaliza.

Durante o período de isolamento social em que as academias estão fechadas, muitas pessoas têm buscado se exercitar em casa e a internet pipoca de “dicas de exercícios” fornecidas por pessoas leigas e influenciadores digitais de vida fitness que não têm formação em educação física ou registro no conselho da profissão. A prática, no entanto, configura crime e pode ser penalizada, além de levar riscos à sociedade. 

De acordo com o professor Lúcio Beltrão, presidente do Conselho Regional de Educação Física da 12ª Região/Pernambuco (CREF12/PE), é importante que as pessoas busquem continuar em movimento mesmo dentro de casa, até para ajudar o sistema imunológico nesse momento de pandemia. No entanto, os meios eletrônicos, segundo ele, não podem substituir o acompanhamento de um profissional de educação física.

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“Não sou contra os bons aplicativos ou treinos online, mas eles devem apenas auxiliar e não substituir o Profissional de Educação Física. Internet não é terra sem lei. Estamos monitorando e recebendo inúmeras denúncias de pessoas que dão dicas ou aulas sem ter registro no CREF. Vamos representar criminalmente contra todos. Ministério Público, Procon, Delegacia de Polícia e Poder Judiciário serão acionados para defender a sociedade”, diz o chefe do conselho. 

No Brasil, os profissionais de educação física são reconhecidos tanto como professores na área de educação quanto como profissionais de saúde. De acordo com o CREF, “as prescrições de atividades físicas e dos desportos devem obrigatoriamente ser ministradas, orientadas e ensinadas exclusivamente por Profissionais de Educação Física devidamente inscritos e regulares junto ao Sistema CONFEF/CREF’s”, por força de lei.

Como a profissão é regulamentada, somente o registro no conselho garante o seu exercício. “Médico, nutricionista, engenheiro, fisioterapeuta, estagiário, coach, blogueiro, artista, fisiculturista, estudante universitário, atleta, pedagogo, influenciador digital, advogado ou qualquer outro profissional não pode orientar, dar dicas ou prescrever exercício físico. Apenas o Profissional de Educação Física tem essa prerrogativa. Qualquer outro que faça algo dessa natureza responderá criminalmente por exercício ilegal da profissão”, alerta Lúcio Beltrão.

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A nova rotina do planeta, alterada devido à pandemia de coronavírus (Covid-19), tirou os adeptos da vida fitness das academias. Boa parte dos esportistas ainda insistem nas práticas ao ar livre, mas a grande maioria tem procurado manter a forma e cumprir o isolamento social ao mesmo tempo.

Com a não permissão de abertura de clubes, companhias de dança, boxes e CrossFit, proprietários de alguns estabelecimentos mudaram a estratégia para não perderem alunos e seguirem trabalhando em prol da vida saudável. É o caso da professora de educação física e bailarina Anna Paula Martins, 44 anos. Criadora do método ballet blend, que mistura o balé clássico com a ginástica localizada coreografada, ele aposta nos exercícios em casa como uma tendência para o futuro de quem não tem tempo ou procura por uma justificativa para não praticar esportes. "As pessoas estão trabalhando muito, não têm tempo de deslocamento, viajam muito a trabalho. Então é uma maneira de praticar uma atividade física, como uma aula de dança, no espaço em que ela se encontra, desde que o profissional que a acompanha seja totalmente qualificado para dar uma aula online", ressalta.

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A bailarina Anna Paula Martins | Foto: Rafael Marques

A especialista destaca que, pela impossibilidade de realizar a correção dos movimentos pessoalmente, a experiência e a voz ativa do instrutor são fundamentais para a execução perfeita do treino. "Os profissionais precisam ter muita experiência no mercado fitness para ter uma abordagem correta na hora de explicar para o aluno como deve ser feita a atividade", explica Anna.

A bailarina Patrícia Marrese, 28 anos, faz as aulas de Anna e diz que toma algumas medidas para não perder o foco durante o treino com a ajuda do ambiente virtual. "Quando vou acompanhar alguma aula online, desligo o celular e fecho a porta para não ser interrompida", comenta. "É concentração máxima no momento presente para evitar possíveis distrações e, consequentemente, lesões", complementa.

A bailarina Patrícia Marrese | Foto: Rafael Marques

Já no campo do CrossFit, que tem como base o levantamento de peso olímpico, a ginástica artística e o atletismo para trabalhar várias capacidades físicas, alguns atletas acostumados com o treino nos chamados "boxes" estranharam a mudança. Foi o que aconteceu com o administrador de empresas Jaques Lacerda, 44 anos. "Meu rendimento caiu bastante, pois gosto das aulas presenciais e de socializar com as pessoas", declara.

Praticante da modalidade há 18 meses, Lacerda esclarece que seus técnicos têm se dedicado muito, mas a alteração no cotidiano derrubou sua concentração para o nível médio. "Estou tentando criar uma rotina, já que meu box está dando total atenção e nos incentivando bastante a continuar os treinos", conta. Apesar dos fatores negativos, o administrador aprova a flexibilização dos horários e a presença da família durante os treinos na quarentena. "Vejo como positivo o horário livre para fazer os exercícios no seu tempo e o estar perto dos filhos, que pode incentivá-los à prática esportiva no futuro", complementa.

O administrador Jaques Lacerda treina em casa | Foto: Arquivo pessoal

Uma das coaches de Lacerda no box Dobermann CrossFit é Giselle Alves, 31 anos. Treinadora da modalidade há três anos, a professora vê a sinceridade dos alunos como fator preponderante para o alcance dos resultados. "Ter uma relação de sinceridade com o aluno e passar a ele a importância desse feedback honesto faz toda a diferença no objetivo e na evolução dos treinos", avalia Gisele. Durante a execução dos movimentos a distância, a professora acredita que a responsabilidade dos profissionais aumenta. "O desempenho depende muito do ânimo do aluno, mas trazemos essa responsabilidade para nossa equipe, e estimulamos ao máximo a frequência diária de treinos online e outros transmitidos ao vivo", complementa.

Giselle Alves, no alto, durante treino de CrossFit | Foto: Arquivo pessoal

Apesar das "academias improvisadas" devido ao isolamento social, Giselle acredita que a modalidade é praticável em qualquer ambiente. "Nós trabalhamos muitos exercícios com peso corporal, o que nessas horas se torna vantajoso, já que o aluno consegue realizar a atividade em casa. Na falta de carga extra, aumentamos o volume de treinos para compensar e, se necessário, ainda adaptamos alguns aparelhos como utensílios do lar", comenta. Ainda de acordo com a professora, o astral das aulas no ambiente virtual pode ser outro diferencial para o incentivo dos alunos. Por isso, o professor precisa passar energia mesmo não estando próximo aos atletas. "O CrossFit aproxima alunos e professores, que se identificam na superação das suas dificuldades, nas conquistas diárias, e a empolgação da aula, somada a execução correta dos movimentos, faz toda diferença tanto em aulas presenciais como a distância", complementa.

 

Enquanto não é possível ir às ruas e retomar as atividades corriqueiras do dia a dia, por conta da pandemia do novo coronavírus, algumas empresas estão oferecendo seus serviços via plataformas digitais. É o caso das academias de ginástica Selfit. A empresa, que está com todas as suas unidades fechadas desde o dia 19 de março, lançou dois aplicativos para quem quer continuar com uma rotina saudável dentro de casa. 

O primeiro app é voltado para treinos e leva o nome da marca, já o outro é voltado para orientação nutricional, chamado Self Sem Culpa. O aplicativo de exercícios conta com dicas de treino em forma de vídeos é gratuito e está liberado para download aos alunos da marca.

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O App Self Sem Culpa auxilia na dieta do usuário, que pode postar fotos dos alimentos e receber uma avaliação, com notas e comentários dos nutricionistas, ajustando, as refeições à rotina. Também é oferecido um gráfico para definir metas da composição corporal, com acompanhamento constante e sugestões de cardápios de acordo com o objetivo de cada aluno. Os nutricionistas estão disponíveis através de chat de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h.

Para quem não é aluno da empresa, mas gostaria de dicas para ficar saudável em casa, o LeiaJá fez uma lista recente de apps que ajuda a instaurar a rotina de exercícios ou meditação do "mosntrão" ao "monstrinho". 

Além dos aplicativos, a rede de academias está oferecendo diariamente, para todos, aulas online em seus canais na Internet (redes sociais e site), com dicas de exercícios fáceis a serem realizados em casa, sem a necessidade do uso de equipamentos. Entre as opções oferecidas estão treinos funcionais, aulas de Yoga, Fit Dance e Muay Thai, por exemplo.

Fechamento

Em comunicado a rede Selfit informa que as academias da rede ficarão fechadas por, ao menos, 15 dias. Este prazo, no entanto, poderá ser postergado caso haja necessidade. Os dias serão acrescidos ao final dos contratos, sem qualquer prejuízo aos alunos.

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