Brasil terá 625 mil casos de câncer por ano até 2022

Estimativa feita pelo Instituto Nacional do Câncer mostra que os tipos mais comuns da doença serão os tumores de pele, de mama e de próstata

por Alex Dinarte ter, 04/02/2020 - 17:13
Divulgação/Jornal da Unicamp Câncer de pele não-melanoma deve permanecer como o mais incidente no Brasil, com expectativa de 177 mil casos por ano até 2022 Divulgação/Jornal da Unicamp

Celebrada desde o ano de 2008, a data de 4 de fevereiro é lembrada como Dia Mundial de Combate ao Câncer. Instituída para estimular a prevenção sobre a doença, a programação do marco da campanha apresenta palestras, encontros de especialistas e iniciativas de conscientização no mundo todo. No Brasil, que contabilizou 1,3 milhão de casos entre 2016 e 2018, a previsão para os próximos anos não é boa. Uma pesquisa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima que, até 2022, 625 mil pessoas serão acometidas pela doença no país.

Do total de casos apresentado pela pesquisa “Estimativa de Incidência de Câncer no Brasil”, 8.460 registros são esperados apenas entre a população infanto-juvenil (de 0 a 19 anos). Ainda segundo a pesquisa do Inca, a expectativa é que o número de ocorrências seja maior entre os meninos, com 4.310 diagnósticos por ano. Já entre as meninas, devem ser registrados 4.150 novos casos a cada 12 meses. De acordo com o estudo, o aumento será maior na Região Sul, seguida pelas regiões Sudeste, Centro-Oeste, Nordeste e Norte.

A pesquisa também apresenta quais serão os tumores mais frequentes entre os brasileiros nos próximos três anos. O câncer de pele não-melanoma deve permanecer como o mais comum, com expectativa de 177 mil casos por ano até 2022. Em seguida vêm os cânceres de mama e de próstata, com 66 mil casos cada; os de cólon e de reto, com 41 mil ocorrências; os tumores de traqueia, brônquios ou pulmão, com 30 mil; e o câncer de estômago com 21 mil diagnósticos.

De acordo com os especialistas, um em cada três casos de câncer poderiam ser evitados reduzindo-se ou eliminando-se fontes de risco, tais como o hábito de fumar e a obesidade. O Inca recomenda a realização de atividades físicas, cuidados com a exposição ao sol e alimentação saudável com frutas, vegetais e hortaliças frescas. Outra medida que pode contribuir para a prevenção é não ingerir doces e alimentos ultraprocessados como comidas congeladas ou sopas instantâneas em excesso.

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