Bloomberg abandona disputa e declara apoio a Biden
Ex-prefeito gastou US$ 500 mi e só venceu na Samoa Americana
O bilionário ex-prefeito de Nova York Michael Bloomberg suspendeu sua campanha nas primárias democratas nesta quarta-feira (4) e decidiu apoiar o vice-presidente Joe Biden.
Após ter gastado mais de meio bilhão de dólares em anúncios para a "Superterça", Bloomberg venceu apenas na Samoa Americana, que distribui seis delegados, e não ficou perto de ganhar em nenhum dos 14 estados que estavam em jogo.
"A matemática dos delegados se tornou virtualmente impossível", disse o ex-prefeito, que apostava em sua gestão em Nova York e em sua fortuna para obter a indicação democrata. "Sempre disse que a derrota de Trump começa com a união em torno do candidato que tiver as melhores chances. Está claro que esse candidato é meu amigo Joe Biden", declarou.
Bloomberg chegou a ameaçar a liderança do ex-vice-presidente entre os moderados nas pesquisas, mas estagnou após ter sido massacrado no primeiro debate do qual participou, em 19 de fevereiro. O bilionário foi alvo de críticas de todos os adversários, especialmente sobre a suposta tentativa de "comprar" a Presidência, sobre os acordos para silenciar casos de assédio e sexismo em sua empresa e sobre as políticas racistas da polícia de Nova York em sua gestão.
Segundo a estimativa do jornal The New York Times, Bloomberg alcançou apenas 12 delegados, contra 404 de Biden e 340 do senador social-democrata Bernie Sanders - os delegados da "Superterça" ainda não foram totalmente alocados.
A disputa democrata se restringe a Biden e Sanders, embora outras duas candidatas continuem nas primárias: a senadora progressista Elizabeth Warren, que avalia suspender sua campanha, e a congressista Tulsi Gabbard.
Da Ansa