Lojas driblam regras para abrir, no centro do Recife

Rua da Palma e Rua da Concórdia, assim como algumas vias do bairro de São José, tem portas à meia altura e funcionários nas calçadas

qui, 23/04/2020 - 16:43

Na tentativa de driblar as restrições ao comércio impostas pelo Governo de Pernambuco com o intuito de tentar estimular isolamento social durante a pandemia do novo coronavírus, algumas lojas do centro do Recife estão abrindo suas portas à meia altura. Em ronda realizada na última quarta (22), a reportagem do LeiaJá observou ainda, mesmo em estabelecimentos com o acesso fechado, a presença de funcionários ou clientes nas calçadas.

Na Rua da Concórdia, em Santo Antônio, havia relativo fluxo de transeuntes, com parte das lojas de eletrônicos com portões entreabertos. No mesmo bairro, a Rua da Palma, com menos movimento, também houve abertura parcial do comércio, a exemplo de lojas de utilidades. No bairro de São José, a loja Avil Aviamentos optou por atender os clientes pela entrada dos fundos, na Rua do Rangel. Ao observar a presença da reportagem, um funcionário tentou, às pressas, distanciar uma fila de cerca de 15 pessoas formada na calçada.

As duas Lojas Americanas do bairro também funcionam normalmente, embora três estabelecimentos da empresa tenham sido fechados pelo Instituto de Proteção e Defesa do Consumidor em Pernambuco (Procon-PE), no dia 7 de abril, que não considerou seus produtos como essenciais. Na ocasião, as lojas foram fechadas por tempo indeterminado.

Restrições

No dia 14 de abril, o governador Paulo Câmara, por meio do Decreto Nº 48809, restringiu o funcionamento do comércio apenas a estabelecimentos dedicados aos serviços essenciais, como a venda de alimentos, água, combustíveis. De acordo com o texto, sua “vigência não poderá exceder duração da emergência de saúde pública decorrente do coronavírus”.

Na última sexta (17), o decreto foi prorrogado até o dia 30 de abril. "Sair de casa, nesse momento, é uma atitude que vai pressionar de maneira muito forte o sistema de saúde, e nós pedimos para que as pessoas fiquem em casa. O comportamento refratário às medidas sanitárias pode ser determinante para termos aumento no número de mortes nos dias que virão", afirmou o secretário de Saúde de Pernambuco, André Longo.

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