Área desmatada em Maracaípe é vistoriada

A ONG Salve Maracaípe denunciou a devastação, promovida em área de restinga e desova de tartarugas marinhas

ter, 28/07/2020 - 15:45
Reprodução/Instagram Prefeitura de Ipojuca assumiu responsabilidade pelo ocorrido. Reprodução/Instagram

 Nesta terça-feira (28), a Agência Estadual de Meio Ambiente (CPRH) realizou uma vistoria em uma área desmatada da praia de Maracaípe, em Ipojuca, no Litoral Sul de Pernambuco. Nessa segunda-feira (27), a ONG Salve Maracaípe denunciou o ocorrido, que se deu em área de restinga e desova de tartarugas marinhas. Os ativistas colocaram que foram violadas leis estaduais relativas ao gerenciamento costeiro do Estado, lei de crimes ambientais, lei da mata Atlântica e código florestal.

Na denúncia, a ONG afirma que a devastação teria ocorrido para permitir a construção de uma “quadra de vôlei” no local. Durante a visita da CPRH, os ativistas realizaram uma intervenção na faixa de areia, contornando os dizeres “SOS” com galhos de coqueiros.

Por meio de nota, a Prefeitura de Ipojuca colocou que a quadra, um projeto da Secretaria Municipal de Assistência Social e apoiado pelo Ministério Público da comarca, será de natureza móvel e terá a finalidade de combater “enfrentamento do trabalho infantil e violência contra criança e adolescentes, acompanhadas pelo CREAS”.

De acordo com a gestão municipal, a área vinha sendo utilizada para pouso e decolagem de parapentes e paramotores. A Prefeitura alega que “o projeto não causará impacto ambiental no espaço destinado à oficina de esportes na praia de Maracaipe, e que também foi analisada a desova das tartarugas no local”.

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