Dia da propaganda: profissionais que movimentam o mercado
Em um mundo regido pela internet e pelas mídias sociais, a publicidade se reinventa e mantém sua relevância
Nesta sexta-feira (4) comemora-se o dia mundial da propaganda, um recurso de comunicação essencial para a sobrevivência de qualquer negócio. A data foi reconhecida em 1970 e homenageia o primeiro congresso que reuniu profissionais da publicidade e da propaganda em 4 de dezembro de 1936, na cidade de Buenos Aires. Por muitos anos foi conhecida como Dia Pan-Americano da Propaganda.
Além da função empresarial, de mercado, o profissional de propaganda também possui uma função social. Com esse recurso da comunicação, é possível movimentar a economia, proporcionar novos empregos, divulgar empresas e causas sociais.
“É uma ferramenta fundamental para criar a ponte entre marcas, produtos, serviços, ideias e os diversos públicos existentes. A falta da comunicação pode diminuir a visibilidade de soluções, informações importantes e representativos para a sociedade”, explica o publicitário da Tait Comunicação e professor do curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Guarulhos (UNG), Fábio Martins.
Para o publicitário e professor Fábio Martins, as empresas devem ver a comunicação como um recurso valioso. Foto: arquivo pessoal
Ele explica que, para trabalhar com propaganda, o profissional deve estar atualizado com os novos recursos do mercado, como por exemplo a tecnologia, e também se dispor a aprender.
“A multidisciplinaridade é um grande diferencial. Não é necessário saber de tudo, mas é preciso estar consciente sobre as novidades dentro das diversas áreas de atuação da profissão”, orienta Martins.
Emplacar uma ideia
Por conta do dinamismo da internet, o usuário é exposto a um fluxo elevado de informações, em função disso, o desafio do profissional de propaganda, em destacar a sua mensagem para o público, se torna maior.
“Hoje a comunicação briga por migalhas de atenção e o grande trunfo é conseguir envolver a audiência e, ao mesmo tempo, fixar uma ideia ou conceito. Numa sociedade que não consegue recordar os últimos 10 likes que deu em uma postagem ou as últimas 10 fotos que fez, uma marca ou causa que seja lembrada, conhecida e reconhecida é um mérito enorme”, destaca Martins.
Segundo o professor e publicitário, a popularização das redes sociais também contribuiu para destacar pequenos negócios. “Muitos profissionais se especializaram em atender essas empresas na busca de gerar dinâmica própria e ampliar entre seus consumidores o senso de pertencimento”, descreve.
Encontrar o equilíbrio entre os recursos oferecidos pela propaganda é desafiador, pois exige que o profissional conheça muito bem o público e refine a maneira de se comunicar para conseguir resultados. “Há muita empresa interagindo muito e obtendo poucos resultados. Há muitas pequenas empresas com muitos seguidores e poucos leads qualificados”, explica Martins.
A magia da propaganda
A universitária Renata Vidal, 26 anos, estudante do último semestre do curso de Publicidade e Propaganda, optou pela profissão por se sentir atraída com a facilidade de lidar com o público.
“Para uma pessoa comum o comercial é algo diferente, mas em um mundo publicitário é totalmente mágico. A maneira como é construído e de como será levado ao público. Me chama atenção a criação e como tudo se transforma”, conta.
Às vésperas da formatura, a estudante de Publicidade Renata Vidal relata seu fascínio pela propaganda: "é mágico". Foto: arquivo pessoal
Renata espera que, no futuro, as pessoas possam olhar para a publicidade como uma forma de inovação e não como algo ofensivo. “Cada vez mais o publicitário inova, e o público tem enxergado isso. Durante a pandemia do Covid-19, as pessoas pararam para ver as ideias expostas pelos profissionais de propaganda, que estão conseguindo ganhar o seu espaço”, analisa a universitária.