Em 1º Carnaval sem o filho, Mirtes homenageia Miguel

Com fotos do filho na folia, a mãe lembrou da alegria do menino durante o período carnavalesco

por Victor Gouveia sab, 13/02/2021 - 08:50
Reprodução/Instagram/@mirtesrenata Em memória da criança, Mirtes tornou-se um símbolo da luta antirracista no Brasil Reprodução/Instagram/@mirtesrenata

No coração do recifense, a saudade do Carnaval se mistura com o silêncio das ruas vazias em pleno sábado de Zé Pereira (13), quando o Galo da Madrugada costuma arrastar a felicidade em cortejo pelo Centro. Para Mirtes Renata, mãe de Miguel Otávio, a angústia do primeiro ano sem a celebração caminha com a tristeza do primeiro Carnaval sem o filho. Foliã apaixonada pelas cores da capital do frevo, ela prestou homenagens ao filho e lembrou da sua identificação a festa.

Seja como passista, super-herói ou pirata, Miguel não perdia um desfile do Pinto da Madrugada, nem escondia a ansiedade de cair no passo. O sorriso entre os confetes visto aos olhos da mãe garantia a presença na edição seguinte, como lembrou Mirtes.

Às vésperas de ingressar na faculdade de Direito, a vida da doméstica mudou quando a criança morreu ao cair do nono andar do edifício de luxo Píer Maurício da Nassau, no Centro do Recife, em junho do ano passado. Desde então, ela tornou-se um símbolo nacional pela luta antirracista e trava luta judicial com a ex-patroa, Sarí Corte Real, acusada de homicídio por negligenciar os cuidados ao pequeno. 

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