OMS aprova uso emergencial da vacina de Oxford
A medida abre caminho para a distribuição de centenas de milhões de doses para países desfavorecidos que, até agora, não iniciaram a campanha de imunização
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, nesta segunda-feira (15), o uso emergencial da vacina contra o novo coronavírus Sars-CoV-2 desenvolvida pela Universidade de Oxford e pelo laboratório AstraZeneca.
Em nota, a OMS informou que foram aprovadas as doses dos imunizantes produzidos pela AstraZeneca-SKBio, na Coreia do Sul, e pelo Serum Institute, da Índia.
"Agora temos todas as peças no lugar para a rápida distribuição de vacinas. Mas ainda precisamos aumentar a produção", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da OMS.
A medida abre caminho para a distribuição de centenas de milhões de doses para países desfavorecidos que, até agora, não iniciaram a campanha de imunização.
"Países sem acesso a vacinas até agora finalmente vão conseguir começar a vacinar seus profissionais de saúde e populações de risco, contribuindo para o objetivo da Covax Facility de distribuição equitativa de vacinas", declarou Mariângela Simão, diretora-geral assistente da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde.
A aprovação da OMS ajudará os países pobres que não dispõem de recursos para determinar a eficácia e segurança de um medicamento por conta própria a ter acesso mais rápido às terapias e permitirá que a plataforma Covax, configurada para garantir o acesso equitativo às vacinas da Covid, comece a distribuição das doses.
Para Simão, é preciso "continuar a pressão para atender às necessidades de populações prioritárias em todos os lugares e facilitar o acesso global".
Até o momento, somente a vacina da Pfizer já havia sido incluída na lista de uso emergencial da entidade, em janeiro passado. Brasil - O acordo do Brasil na Covax prevê 42,5 milhões de ampolas até o fim deste ano. A expectativa é que pelo menos 1,6 milhão de doses da vacina seja entregue ao país neste trimestre e 6 milhões no segundo trimestre.
Da Ansa