Operação no Jacarezinho está sendo chamada de 'chacina'

O advogado Joel Luiz Costa afirmou que entrou em algumas casas do local, e em todas a polícia usou a mesma dinâmica: "Casas arrombadas, tiros e execução

por Jameson Ramos qui, 06/05/2021 - 19:54
Reprodução/Twitter/Voz das Comunidades Ação foi a mais letal da história do Rio Reprodução/Twitter/Voz das Comunidades

Após uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro deixar ao menos 25 pessoas mortas na comunidade do Jacarezinho, vários políticos e pessoas famosas se posicionaram na rede social contra essa operação, considerada a mais letal da história do Rio. 

O advogado Joel Luiz Costa, morador da comunidade do Jacarezinho, afirmou que entrou em algumas casas do local, e em todas a polícia usou a mesma dinâmica: "Casas arrombadas, tiros e execução. Não teve tiro de troca, parece execução - um menino morreu sentado na cadeira e ninguém troca tiro sentado numa cadeira", disse. 

A Anistia Internacional do Brasil afirmou que "a população negra e moradora de favelas e periferias tem seus direitos humanos violados sistematicamente. Direito à saúde, à educação, à vida. O que está acontecendo no Jacarezinho é uma chacina", compartilhou.

O deputado Marcelo Freixo (PSOL) afirmou que a política de segurança pública é uma insanidade que precisa ser parada. "Quem ganha com essa guerra? O que essa lógica de confrontos permanentes nas favelas trouxe de positivo para o Rio de Janeiro? A violência só cresce e o crime organizado segue fortalecido, com seus braços econômicos e políticos operando a todo vapor", escreveu.

O deputado federal Alessandro Molon (PSB) também se manifestou por meio de suas redes sociais e apontou que o Estado "falha em planejar ações, desrespeitando a decisão do STF que obriga a fazer operações com base em inteligência para, assim, garantir que vidas de civis  agentes de segurança sejam preservadas", pontua.

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