Jornalismo engajador é tema do Meeting nesta quinta (19)
Convidados vão debater experiências profissionais de comprometimento do jornalismo com causas raciais e sociais
Para dar continuidade à programação do Meeting de Jornalismo LeiaJá 10 anos, que comemora o aniversário do portal, nesta nesta quinta-feira (19), às 19h, no canal do Youtube, a discussão gira em torno do jornalismo engajador. Os convidados são Nataly Simões, Thiago Augustto e Jameson Ramos. A mediação do encontro fica a cargo da subeditora do LeiaJá, Giselly Santos.
Nataly Simões é editora da agência Alma Preta, portal especializado na temática racial. Além disso, Nataly iniciou sua carreira como estagiária no LeiaJá São Paulo e assinou reportagens para veículos como Folha de S.Paulo, Yahoo Notícias e UOL. Nataly acredita no poder de transformação social da comunicação antirracista e luta para que isso torne-se realidade.
Thiago Augusto é produtor e repórter da TV Globo, editor e colaborador do site Notícia Preta. O jornalista fez estágio no LeiaJá em 2013. Além disso, Thiago é idealizador do projeto Futuro Black, cuja proposta é dar oportunidades profissionais para pretos e pretas no mercado de trabalho e na vida. Thiago é vencedor do prêmio "Urbana de Jornalismo", com a série T.I. Sufoco, da Globo.
''Será um encontro ancestral maravilhoso. A mídia preta existe desde 1833, com a primeira edição do jornal ''O Homem de Cor". E esse papo de hoje é uma continuidade dessa luta antirracista iniciada lá atrás'', diz Thiago. Ele lembra ainda que o jornalismo engajador é de extrema importância, pois dá voz a causas, salva vidas. Além disso, o jornalista falou sobre sua luta a favor do antirracismo. "Num país racista, ser um jornalista negro é combater essa estrutura e multiplicar o antirracismo", completa.
Jameson Ramos é um jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco. O repórter trabalha no LeiaJá e cobre política, entre outras editorias. Ramos desenvolveu um projeto durante a graduação chamado "Se Envolve", em que ele mostrou a importância do Brega como movimento social para a periferia. "O movimento brega é muito marginalizado. E quando eu tava na universidade, a galera falava muito que o Brega não era movimento social. Eu tentei mostrar que esse movimento é muito importante para a periferia", diz o jornalista.