Queiroga critica vacinação antecipada de adolescentes
No Recife, Prefeitura foi contra recomendação do Ministério da Saúde e está imunizando pessoas sem comorbidades a partir de 12 anos
Nessa quinta (16), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, defendeu a decisão da pasta de restringir a vacinação contra Covid-19 de adolescentes apenas aos grupos prioritários (deficiência permanente, comorbidades e privados de liberdade). Ele argumentou que não há evidências científicas da eficácia dos imunizantes nessa faixa etária.
"O Ministério da Saúde pode rever a posição desde que haja evidência científica sólida. Por enquanto, por questão de cautela, temos eventos adversos a serem investigados, temos adolescentes que tomaram vacinas que não estavam recomendadas, temos que acompanhar", declarou o ministro.
Queiroga classificou como "intempestiva" a postura de estados e municípios que já vacinaram um total de 3,5 milhões de adolescentes brasileiros sem autorização do Plano Nacional de Imunizações (PNI). A agenda federal previa apenas a aplicação dos prioritários entre 12 e 17 anos a partir de 15 de setembro.
O ministro alegou ainda que 1,5 mil adolescentes apresentaram reações adversas às vacinas, o que corresponde a 0,042% do total. "Não é um número grande, mas temos que ficar atentos", completou.
O Recife está entre as cidades que foram contra a recomendação do Ministério da Saúde, vacinando pessoas sem comorbidades com 12 anos de idade ou mais. O posicionamento mais recente da Organização Mundial de Saúde (OMS) diz apenas que a vacinação de pessoas entre 12 e 17 anos não é prioritária.