Dia Mundial de Combate à Raiva ocorre hoje (28)

Doença que infecta mamíferos pode levar à letalidade em praticamente 100% dos casos

por Alfredo Carvalho ter, 28/09/2021 - 19:55
Pixabay/Andr Sommerh Pixabay/Andr Sommerh

Nesta terça-feira (28), é comemorado o Dia Mundial de Combate à Raiva, data instituída pela Aliança Global para o Controle da Raiva (GARC) e admitida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma maneira de conscientizar a população sobre a segurança dos animais, além de destacar os perigos da doença aos seres humanos.

A raiva é transmitida por meio de um vírus, que pode causar danos fatais em mamíferos, entre eles, seres humanos. O principal receptáculo dessa doença são os animais, domésticos ou selvagens, e, de acordo com os dados de saúde apontados pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em praticamente 100 % dos casos, uma vez transmitida para o homem, o resultado é a morte.

De acordo com a mestre, médica veterinária e professora de clínica médica de pequenos animais do grupo SER Centro Universitário Universus Veritas (Univeritas), Karina DElia Albuquerque, a raiva é uma doença mundial que pode vitimar cães, gatos, morcegos e carnívoros selvagens e a transmissão ocorre por meio da saliva, mordidas ou arranhões do animal infectado.

Segundo Karina, os morcegos hematófagos, também conhecidos como morcegos vampiros, são os principais transmissores da doença, principalmente para animais herbívoros, bovinos e equinos. “O contágio ocorre por meio de troca de secreções, contato sanguíneo e saliva”, explica.

O período de incubação da raiva ocorre de 15 dias a dois meses, por conta disso, em casos de contaminação, a médica veterinária recomenda manter o animal separado de outros e colocá-lo em observação por 10 dias. “É preciso observar mudanças de comportamento, como agressividade, morder objetos e salivação excessiva”, descreve Karina.

De acordo com professora, a raiva ataca o sistema nervoso central e pode ser fatal. “Devido a isso, o animal pode apresentar-se agressivo, procurar lugares escuros, ter alterações de comportamento, como morder objetos e a si mesmo e ficar com o latido rouco por conta de paralisia das cordas vocais”, destaca.

Para se prevenir da raiva, Karina reforça que o único meio é a vacinação. “Cães e gatos devem ser vacinados anualmente. Procurar um médico veterinário e iniciar um programa de vacinação é a melhor maneira de proteger seu pet contra várias doenças virais e bacterianas”, finaliza.

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