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Nesta terça-feira (28), é comemorado o Dia Mundial de Combate à Raiva, data instituída pela Aliança Global para o Controle da Raiva (GARC) e admitida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), como uma maneira de conscientizar a população sobre a segurança dos animais, além de destacar os perigos da doença aos seres humanos.

A raiva é transmitida por meio de um vírus, que pode causar danos fatais em mamíferos, entre eles, seres humanos. O principal receptáculo dessa doença são os animais, domésticos ou selvagens, e, de acordo com os dados de saúde apontados pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal, em praticamente 100 % dos casos, uma vez transmitida para o homem, o resultado é a morte.

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De acordo com a mestre, médica veterinária e professora de clínica médica de pequenos animais do grupo SER Centro Universitário Universus Veritas (Univeritas), Karina DElia Albuquerque, a raiva é uma doença mundial que pode vitimar cães, gatos, morcegos e carnívoros selvagens e a transmissão ocorre por meio da saliva, mordidas ou arranhões do animal infectado.

Segundo Karina, os morcegos hematófagos, também conhecidos como morcegos vampiros, são os principais transmissores da doença, principalmente para animais herbívoros, bovinos e equinos. “O contágio ocorre por meio de troca de secreções, contato sanguíneo e saliva”, explica.

O período de incubação da raiva ocorre de 15 dias a dois meses, por conta disso, em casos de contaminação, a médica veterinária recomenda manter o animal separado de outros e colocá-lo em observação por 10 dias. “É preciso observar mudanças de comportamento, como agressividade, morder objetos e salivação excessiva”, descreve Karina.

De acordo com professora, a raiva ataca o sistema nervoso central e pode ser fatal. “Devido a isso, o animal pode apresentar-se agressivo, procurar lugares escuros, ter alterações de comportamento, como morder objetos e a si mesmo e ficar com o latido rouco por conta de paralisia das cordas vocais”, destaca.

Para se prevenir da raiva, Karina reforça que o único meio é a vacinação. “Cães e gatos devem ser vacinados anualmente. Procurar um médico veterinário e iniciar um programa de vacinação é a melhor maneira de proteger seu pet contra várias doenças virais e bacterianas”, finaliza.

A Rússia anunciou nesta quarta-feira (15) que fez os primeiros testes clínicos em seres humanos de uma vacina contra o novo coronavírus, que serão concluídos no fim de julho.

Os testes, organizados pelo ministério da Defesa da Rússia e o Centro de Pesquisas em Epidemiologia e Microbiologia Nikolai Gamaleya, começaram em meados de junho em um hospital militar de Moscou, com um grupo de voluntários composto, principalmente, por militares russos, mas também por alguns civis.

O primeiro grupo, de 18 voluntários, "concluiu sua participação e saiu do hospital", afirmou o ministério da Defesa em um comunicado. A tarefa principal para o grupo era comprovar a segurança da vacina e a tolerância do organismo humano a seus componentes, segundo o ministério.

Os voluntários permaneceram hospitalizados durante 28 dias depois da vacinação, que aconteceu em 18 de junho, e foram objetos de exames diários.

Durante o período, as funções vitais dos corpos dos voluntários permaneceram "dentro dos limites da normalidade, sem que nenhum efeito adverso grave ou complicação fosse registrado", afirma o comunicado.

Um segundo grupo de 20 voluntários, vacinado em 23 de junho, está atualmente em isolamento no hospital sob controle médico.

Os testes clínicos da vacina devem ser concluídos no fim de julho, segundo o ministério.

A Rússia registra 746.369 casos de coronavírus e 11.770 mortes por COVID-19, segundo os dados oficiais.

A Nasa está na contagem regressiva para o pouso em Marte, na segunda-feira, da sonda Mars InSight, a primeira capaz de ouvir terremotos e estudar o funcionamento interno de outro planeta rochoso.

A nave espacial não tripulada foi lançada há quase sete meses e percorreu 482 milhões de km.

Parte de sua missão é informar dos esforços para enviar algum dia exploradores humanos ao planeta vermelho, algo que a Nasa espera concretizar na década de 2030.

Este pouso em Marte é o primeiro desde 2012, quando o explorador Curiosity da Nasa pousou na superfície e analisou as rochas em busca de sinais de vida que possa ter habitado o planeta vizinho da Terra, agora gélido e seco.

InSight, de US$ 993 milhões, deve sobreviver à difícil entrada na atmosfera do planeta vermelho, viajando a uma velocidade de 19.800 km por hora e reduzindo rapidamente a velocidade a apenas 8 km por hora.

A fase de entrada, descida e aterrissagem começará às 19H47 GMT (17H47 em Brasília) de segunda-feira. Meio de brincadeira, na Nasa se referem a essa etapa como os "seis minutos e meio de terror".

Das 43 missões lançadas a Marte, apenas 18 chegaram ao planeta vermelho, uma taxa de sucesso de cerca de 40%, e todas dos Estados Unidos.

"Ir a Marte é muito, muito difícil", disse Thomas Zurbuchen, administrador associado da Direção de Missões Científicas da Nasa.

"A parte emocionante é que estamos construindo sobre o sucesso da melhor equipe que já aterrissou neste planeta, que é a equipe da Nasa" e seus colaboradores.

O instrumento central da InSight é um sismômetro de detecção de terremotos que foi feito pela Agência Espacial Francesa (CNES).

"Esta é a única missão da Nasa concebida em torno a um instrumento de fabricação estrangeira", disse à AFP Jean-Yves Le Gall, presidente da CNES.

Por isso, acrescentou, "é uma missão fundamental para os Estados Unidos, França", e para melhorar a compreensão de Marte.

Os seis sensores de terremoto a bordo são tão sensíveis que deveriam revelar os menores tremores em Marte, como o fraco puxão de sua lua Fobos, os impactos dos meteoros e possivelmente a evidência de atividade vulcânica.

A sismologia ensinou à humanidade muito sobre a formação da Terra, há cerca de 4,5 bilhões de anos, mas grande parte da evidência baseada na Terra se perdeu com a reciclagem da crosta, impulsada pela tectônica de placas. Este processo não existe em Marte.

A nave também tem uma sonda que pode escavar até uma profundidade de entre três e cinco metros, para oferecer a primeira medição precisa das temperaturas sob a terra em Marte e a quantidade de calor que escapa de seu interior.

O pouso da InSight será amortecido por um paraquedas. Seu escudo térmico ajudará a desacelerar a nave e a protegê-la contra a fricção da entrada na atmosfera de Marte.

O local de pouso é uma área plana chamada Elysium Planitia, que a Nasa apelidou de "o maior estacionamento em Marte".

Usado no dia a dia de forma exagerada e descartado sem cuidado, o plástico pode estar literalmente envenenando os seres humanos. Um estudo inédito apresentado no 26º Congresso Europeu de Gastroenterologia, em Viena, revelou que estamos ingerindo regularmente pelo menos nove tipos diferentes de plástico, sem nem nos darmos conta do problema.

Pesquisadores da Universidade de Medicina de Viena e da Agência de Meio Ambiente da Áustria monitoraram um grupo de participantes de oito países diferentes (Finlândia, Itália, Japão, Holanda, Polônia, Rússia, Reino Unido e Áustria). Os cientistas descobriram que todas as amostras de fezes coletadas nos mais variados pontos do planeta continham microplástico.

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O que os cientistas chamam de microplástico são partículas de plástico de menos de cinco milímetros. Esses resíduos são criados a partir do descarte e da degradação de pedaços maiores de plástico. Mas também são produzidas industrialmente para o uso em alguns produtos. O microplástico tem impacto na saúde humana, sobretudo no trato gastrointestinal, onde pode interferir na resposta imunológica do organismo.

O estudo foi feito com grupos de participantes de oito países. Cada voluntário manteve um detalhado diário de sua alimentação na semana que precedeu a coleta de amostra de fezes. Os diários alimentares revelaram que todos os participantes são expostos aos plásticos, seja pelo consumo de alimentos embrulhados em plástico ou por beberem líquidos em garrafas de plástico. Muitos também consumiram peixes.

As amostras de fezes foram testadas pela Agência Ambiental da Áustria para a presença de dez diferentes tipos de plástico. Até nove variantes foram detectadas, em tamanhos que variaram de 50 a 500 micrometros (um micrômetro equivale à milésima parte do milímetro). Os tipos de plástico mais frequentemente encontrados foram o polietileno e o PET.

"É o primeiro estudo deste tipo a comprovar o que suspeitamos há tempos: que os plásticos, no fim, acabam atingindo o intestino humano", afirmou o principal autor do estudo, Philipp Schwabl. "É particularmente preocupante no que tange aos pacientes com doenças gastrointestinais. Em estudos com animais, as maiores concentrações de plástico foram encontradas no intestino, mas também foram encontradas partículas menores capazes de entrar na corrente sanguínea, no sistema linfático, podendo ate alcançar o fígado. Agora que temos os primeiros indícios de microplásticos no organismo humano, precisamos de mais pesquisa para entender o impacto na saúde humana."

A produção global de plástico vem aumentando substancialmente desde o início dos anos 50. Estima-se que, por conta da poluição, de 2% a 5% de todo o plástico produzido no mundo acaba nos oceanos. Lá, eles acabam sendo consumidos por animais marinhos, entrando na cadeia alimentar humana.

Quantidades significativas de microplástico já foram encontradas em atum, lagosta e camarão. Segundo cientistas, é muito provável que haja também contaminação ao longo da cadeia de processamento de alimento e mesmo na embalagem.

Ao menos cinco migrantes africanos morreram, e outros 50 estão desaparecidos, após terem sido jogados no mar nesta quinta-feira (10) por traficantes de seres humanos perto da costa do Iêmen, o segundo drama deste tipo em 24 horas - indicou a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Segundo a OIM, os traficantes jogaram no mar cerca de 180 pessoas procedentes da Somália e da Etiópia.

Na véspera, fizeram a mesma coisa com outros 120 migrantes dessa região perto do litoral da província de Chabua, no sul do Iêmen. De acordo com a OIM, cerca de 50 pessoas morreram, mas apenas 29 corpos foram resgatados.

A OIM afirmou que trabalha ativamente com o Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) para sepultar os mortos e atender aos sobreviventes.

Os migrantes procedentes do Chifre da África continuam chegando ao Iêmen, um país pobre e assolado pela guerra, na esperança de seguirem para países do Golfo, conforme a OIM.

Cientistas ficaram surpresos ao descobrir que as células cancerígenas de uma tênia foram transmitidas para um ser humano, cujo intestino delgado foi infectado pelo parasita - um caso inédito e julgado muito raro.

"Ficamos surpresos quando descobrimos este novo tipo de doença: uma tênia que crescia dentro de uma pessoa teve câncer e esse câncer contagiou a pessoa, que desenvolveu tumores", disse o pesquisador Atis Muehlenbachs, um dos autores do estudo publicado nesta quarta-feira pelo jornal especializado New England Journal of Medicine (NEJM).

"Acreditamos que este tipo de fenômeno é raro", agregou o patologista do centro norte-americano para controle e prevenção de doenças(CDC).

O pesquisador estima que podem haver mais casos, principalmente nas pessoas infectadas pelo vírus HIV, cujo sistema imunológico está fragilizado.

A tênia é o parasita mais frequente nos seres humanos. É detectado em cerca de 75 milhões de pessoas em todo o mundo, principalmente nos países em desenvolvimento e especialmente entre as crianças. Geralmente não apresenta sintomas.

A vítima deste raro caso de transmissão de câncer é um colombiano de 41 anos portador do vírus HIV. Morreu com tumores no pulmão e nos gânglios linfáticos pouco após ser diagnosticado, em 2013.

Mediante a análise de tecidos tumorais, os pesquisadores diagnosticaram as lesões incomuns para um câncer humano. Os testes iniciais mostravam que não se tratavam de células cancerígenas humanas, pois tinham um tamanho dez vezes menor.

Após uma série de análises, os pesquisadores descobriram que o DNA das células apareciam numa tênia anã.

Após a comoção provocada pela imagem de um menino sírio afogado em uma praia da Turquia, as autoridades europeias estão, mais do que nunca, sob pressão para lutar contra cerca de 30.000 suspeitos de tráfico humano.

"É nossa maior prioridade, sem dúvidas, não apenas para a Europol, mas também para todos os estados membros da UE", explicou Robert Crepinko, responsável pela luta contra o crime organizado do Serviço Europeu de Polícia (Europol).

Em entrevista à AFP, Crepinko explicou que o tráfico de pessoas não apenas implica um risco imenso para os refugiados, mas também é "um imenso desafio para todos os Estados-membro, tanto a nível humanitário quanto de segurança".

Este "negócio" da morte, que move milhares de milhões de dólares, se alimenta do desespero das pessoas que fogem da guerra e da pobreza em países como Afeganistão, Síria, Eritreia e Somália.

As quadrilhas, cada vez mais organizadas, utilizam as redes sociais, conhecem bem os trajetos e usam métodos expeditivos para organizar o êxodo em massa de refugiados e imigrantes rumo à Europa.

Em julho, a União Europeia lançou uma operação em grande escala contra os traficantes no Mediterrâneo, principalmente com o objetivo de arrecadar dados para uma possível ação militar nas próximas semanas contra os barcos de traficantes nas costas líbias.

Desde março, as autoridades europeias identificaram cerca de "30.000 suspeitos" em toda a Europa, dos quais 3.000 operam no Mediterrâneo. Muitos dos supostos traficantes são originários de países não membros da UE com os quais a Europol troca informações, garante Crepinko.

As quadrilhas de traficantes são formadas por pessoas de diferentes origens, afirma o funcionário, citando o caso de uma rede desmantelada recentemente na Grécia formada por dois romenos, dois egípcios, dois paquistaneses, sete sírios, um indiano, um filipino e um iraquiano.

- Mais rentável que as armas e as drogas -

A tal quadrilha conseguiu ganhar em alguns meses quase 7,5 milhões de euros, concentrando-se principalmente na organização do trânsito de cidadãos sírios para a Europa. Os refugiados chegaram na Grécia por mar, terra e ar com documentos falsos turcos.

O tráfico de seres humanos, às vezes combinado com a exploração sexual e laboral, é "provavelmente o negócio mais rentável" de todas as atividades criminosas, acima de negócios como armas e drogas, explicou a porta-voz do observatório europeu de fronteiras, Frontex, Izabella Cooper.

De acordo com as autoridades europeias, os traficantes estão cada vez mais se servindo das redes sociais, incluindo o Facebook, para negociar preços e organizar as rotas de imigrantes.

Na África, os traficantes usam uma rede de caminhões e abrigos para organizar a viagem dos imigrantes para a Líbia. Uma vez que alcançam a Líbia, redes especializadas de traficantes são responsáveis ​​por colocarem estas pessoas em barcos de pesca e botes infláveis ​​lotados, que a Frontex supõe serem provenientes da China.

Segundo alguns testemunhos recolhidos pela Frontex, alguns traficantes têm até mesmo usado armas para ameaçar os refugiados relutantes em entrar em tais embarcações.

A Líbia, país imerso no caos, onde dois governos disputam o poder, é um "paraíso" para os traficantes, já que trata-se praticamente de uma terra sem lei, lamentou Izabella Cooper.

Pelo menos 24 pessoas morreram no naufrágio de uma embarcação que levava clandestinamente cerca de 130 imigrantes africanos para a Europa, informaram autoridades líbias neste domingo (11). De acordo com Ayoub Bilqassem, porta-voz da Marinha da Líbia, uma fissura no casco da pequena embarcação resultou no naufrágio. O número final mortos na tragédia, porém, deve subir ainda mais.

Das cerca de 130 pessoas a bordo, 52 foram resgatadas logo depois da tragédia, a maior parte delas oriundas da África. Nas horas seguintes, 24 corpos foram retirados do mar.

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Segundo Bilqassem, 54 pessoas ainda estão desaparecidas. Há relatos, porém, de corpos levados pelas ondas sendo encontrados nas praias de Al-Qarbouli, cerca de 50 quilômetros ao leste de Trípoli e próximo do local do naufrágio. Fonte: Associated Press.

O Papa Francisco convocou no Vaticano para os dias 9 e 10 de abril uma conferência internacional com autoridades das forças de ordem de 20 países para examinar os avanços na luta contra o tráfico de seres humanos. O tráfico ilegal de seres humanos gera lucros de 32 bilhões de dólares ao ano e afeta uma média anual de 2,4 milhões de pessoas, segundo os números da Organização Internacional do Trabalho (OIT).

A conferência, organizada pelos bispos britânicos, será realizada na Academia Pontifícia para as Ciências, dentro do Vaticano. "Trata-se de criar uma conexão eficaz entre os chefes de polícia e a Igreja católica", explicou o Vaticano em um comunicado. O Papa, filho de imigrantes italianos, é muito sensível ao tema e em várias ocasiões condenou esta forma de "escravidão moderna" que afeta tanto regiões pobres e subdesenvolvidas quanto os países ricos, onde traficantes recrutam para a exploração sexual mulheres das ex-Repúblicas Soviéticas, da Ásia e da América Latina.

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Junto com os líderes da Interpol e da Europol participarão importantes personalidades da Igreja católica provenientes dos países mais atingidos pelo fenômeno, como o cardeal africano John Onaiyekan, assim como vítimas do tráfico de seres humanos. Em um relatório recente da ONU sobre o tráfico de seres humanos, a organização reconheceu que o fenômeno se agravou a partir do ano 2000 devido aos efeitos da globalização.

A ONU redigiu um Protocolo sobre a prevenção, supressão e perseguição deste tráfico, particularmente de mulheres e crianças, e foi adotado conjuntamente por 117 membros. Segundo um relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de 2012, entre os anos 2002 e 2010 mais de vinte milhões foram vítimas do trabalho forçado, incluindo as vítimas do tráfico de pessoas e de exploração sexual.

Em novembro, a pedido do papa Francisco, foi realizada no Vaticano a primeira reunião sobre o tema, na qual participaram vários especialistas, assim como religiosos responsáveis pela reinserção social das vítimas, sobretudo prostitutas.

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