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O youtuber libanês Arab publicou imagens em que aparece portando armas ao lado de traficantes de uma comunidade do Rio de Janeiro, dominada pela facção Terceiro Comando Puro (TCP). O conteúdo foi postado no canal do influenciador na última segunda-feira (3) e já foi visualizado mais de 1,2 milhões de vezes. 

De acordo com o jornal O Dia, os vídeos já chegaram aos agentes da Polícia Civil e estão sendo analisados. Em um deles, Arab segura uma arma, que diz pertencer ao chefe do crime da comunidade. "Esses caras confiam em mim o suficiente para eu vir até aqui. Eu poderia matá-lo, estou segurando a arma dele agora", diz o youtuber.

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Entre os traficantes entrevistados está um homem de 34 anos, que diz ter iniciado a vida no crime aos 16 anos. Nas imagens, os criminosos usam panos no rosto para impossibilitar uma possível identificação. Arab ainda compartilhou o conteúdo em outra rede social, em que ele discorre sobre a experiência de visitar a comunidade e conhecer os criminosos. "Eles me mostraram toda a operação, abriram as mesas do mercado de drogas no meio da rua, cortei meu cabelo ao lado de um viciado em cocaína, e pude entrevistá-los e ficar bem próximo do pessoal", descreveu o youtuber.

Embora borre as imagens das armas no Youtube, Arab reposta os mesmos vídeos sem qualquer censura, em um site criado por ele. "Este vídeo destina-se a fins educacionais. O conteúdo foi alterado para se adequar às diretrizes do Youtube", diz uma mensagem que antecede o vídeo.

Em junho, o youtuber já havia publicado um vídeo similar, com o título "Mantido em cativeiro na favela mais perigosa do Brasil". Gravado na comunidade de Paraisópolis, em São Paulo,  o conteúdo mostra Arab circulando pelo local acompanhado de criminosos.

A Polícia Militar do Espírito Santo (PM-ES) apreendeu, nessa terça-feira (25), buchas de maconha e de crack escondidas na casca de caramujos africanos. A apreensão inusitada aconteceu em uma escadaria no bairro São Vicente, em Colatina, no Noroeste do estado, e só foi possível graças ao trabalho de um cão farejador. De acordo com a PM, nenhum suspeito foi detido. 

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Vídeo: Divulgação/PM-ES 

O local foi alvo de ronda após militares receberem a informação de que a escadaria Gaudino Monteiro dos Santos funcionava como ponto para o tráfico de drogas. Uma equipe foi ao local e um homem foi visto em ação suspeita, mas percebeu a aproximação dos policiais e conseguiu fugir, não sendo localizado posteriormente.  

Quem identificou a presença de drogas na carcaça dos caramujos foi o cão Top, da equipe K9 da PM – especialista na detecção de armas e drogas. O farejador trabalhou em apoio à Força Tática e localizou "cinco fontes de odor". Ao todo, foram apreendidas 15 buchas de maconha, 53 pedras de crack e sacolas utilizadas para o embalo do material. 

As drogas foram entregues à Delegacia Regional de Colatina. A Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia Especializada em Narcóticos (Denarc) de Colatina. Os entorpecentes serão encaminhados para o Laboratório de Química Legal para serem analisados e, posteriormente, incinerados. 

Em nota, a Civil disse também que o serviço de inteligência monitora as atividades criminosas em todos os ambientes, e é um trabalho realizado de modo sigiloso. "A população tem um papel importante nas investigações e pode contribuir com informações de forma anônima através do Disque-Denúncia 181, que também possui um site onde é possível anexar imagens e vídeos de ações criminosas, o disquedenuncia181.es.gov.br. O anonimato é garantido e todas as informações fornecidas são investigadas", concluiu a corporação. 

O papa Francisco pediu o fim do tráfico de pessoas neste domingo (05), uma semana após o naufrágio de um barco que matou pelo menos 70 pessoas no sul da Itália.

"Que os traficantes de seres humanos sejam detidos, que não continuem dispondo da vida de tantos inocentes!", pediu o papa argentino, fervoroso defensor dos refugiados, no final da oração do Angelus.

O papa, de 86 anos, pediu para "que as viagens de esperança nunca mais se transformem em viagens de morte! Que as águas límpidas do Mediterrâneo não sejam mais ensanguentadas por acidentes tão dramáticos!".

Ao discursar, o papa Francisco ficou muito comovido e depois calou-se perante a multidão reunida em frente à Praça de São Pedro, em Roma.

A tragédia ocorrida no último domingo (26) na costa de Crotone, na Calábria, deixou aproximadamente 70 mortos, entre eles, cerca de 15 menores. Os socorristas ainda procuram vítimas.

Três suspeitos de tráfico de pessoas foram presos.

Segundo os meios de comunicação italianos, cada um dos migrantes pagou entre 5.000 e 8.000 euros ( 27.000 a 44.000 reais) ao embarcarem na Turquia, três dias antes.

Três homens presos por tráfico de drogas fugiram neste domingo (29) do presídio em Bangu, na zona oeste do Rio. Um deles é Jean Carlos Nascimento dos Santos, apontado como antigo chefe do tráfico do Morro Dezoito, em Água Santa, na zona norte. O trio, que se completa com Lucas Apostólico da Conceição e Marcelo de Almeida Farias Sterque, é considerado de "alta periculosidade". Eles escaparam usando uma corda feita de lençóis.

A Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro transferiu, na tarde de ontem, 15 detentos para o presídio Bangu 1. Eles seriam, de acordo com a pasta, integrantes da mesma facção dos três que fugiram da prisão.

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A secretária da Seap, Maria Rosa Lo Duca, foi ao presídio para fazer uma vistoria. Em nota, a secretaria afirmou que "desde que tomou conhecimento do ocorrido, passou a mobilizar as suas forças para apurar as circunstâncias do episódio, suspendendo de imediato as visitas e promovendo uma vistoria geral na unidade".

A pedido de Maria Rosa Lo Duca, os inspetores de Polícia Penal e policiais militares do 14.º BPM (Bangu) realizaram, durante a tarde, uma operação na Vila Vintém, na zona oeste, para capturar o trio. Durante a ação, houve troca de tiros dos policiais contra homens armados no local. Um indivíduo ferido foi localizado e houve apreensão da arma de fogo. Ele foi socorrido para o Hospital Municipal Albert Schweitzer.

Perigo

Jean Carlos Nascimento dos Santos, o Jean do 18, é considerado um detento de "altíssima periculosidade". No dia 31 de outubro de 2016, um PM e uma criança morreram após uma troca de tiros quando criminosos invadiram o Fórum de Bangu. A ação foi comandada por Jean. Ele foi detido em 2017 e indiciado pelo homicídio de Roberto Viegas Rodrigues, que era seu advogado, e por ocultação de cadáver.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Um oficial do Corpo de Bombeiros condecorado por sua atuação na tragédia de Brumadinho foi morto por traficantes na tarde desta quarta-feira (16), em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, onde morava. O major Wagner Luiz Melo Bonin, de 42 anos, foi sequestrado e seu corpo carbonizado pelos criminosos. 

Investigações da Polícia Civil apontam que o militar estaria de dentro de seu carro, fotografando barricadas montadas por bandidos e foi descoberto pelos traficantes de drogas que agem na região. Bonin era lotado no Grupamento de Operações Aéreas (GOA). O militar também era formado em enfermagem e transportava, nos helicópteros da corporação, órgãos para pessoas que estavam nas filas de transplante.

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De acordo com a Polícia Militar, por volta das 19h de quarta-feira, policiais da corporação foram informados de que um carro com as mesmas características do veículo utilizado pelo militar estaria na região do Parque Colúmbia, na Pavuna, zona norte do Rio. Policiais do 41º BPM (Irajá) foram à Rua Ibirubá, onde localizaram um corpo carbonizado no banco de trás do carro.

Informações recebidas pela polícia, indicam que a esposa do oficial entrou em contato com o comandante do grupamento onde ele era lotado após estranhar a demora do marido em voltar para casa. Ela conseguiu visualizar fotos feitas por Bonin por meio de um acesso remoto de mensagens enviadas para um número não registrado nos contados da corporação. As imagens mostram pessoas e uma barricada do tráfico de drogas em local não identificado.

Pesar

Em nota, o Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro manifestou pesar pelo falecimento do major Bonin: "A corporação se solidariza e deseja as mais sinceras condolências a parentes e amigos do militar, que desde 2002 integrava as fileiras da corporação".

"Nossa eterna continência a este eterno herói por todo o trabalho realizado em prol da sociedade, no cumprimento do juramento, honrando a missão de Vida Alheia e Riquezas Salvar. O major Wagner Bonin jamais será esquecido. Toda a tropa está de luto”.

A nota diz ainda que a corporação confia na Polícia Militar e na Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro para esclarecer as circunstâncias do crime e prender os responsáveis.

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A Polícia Civil do Rio de Janeiro afirma ter esclarecido o desaparecimento das três crianças que moravam em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, e estão sumidas desde 27 de dezembro. Segundo o secretário estadual de Polícia Civil, Allan Turnowski, Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, foram mortos por traficantes da facção criminosa Comando Vermelho devido ao suposto envolvimento em um furto de passarinhos.

O responsável por ordenar os assassinatos foi morto, meses depois, porque, ao pedir aos próprios chefes autorização para os crimes, não informou que as vítimas eram crianças. Os chefes temeram que a repercussão do caso prejudicasse o tráfico no bairro em que as crianças moravam.

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As três crianças eram amigas, moravam com suas famílias na favela do Castelar, em Belford Roxo, e na manhã de 27 de dezembro saíram de casa para brincar juntos no campo de futebol vizinho ao condomínio onde moravam. Como eles não voltaram para o almoço, seus familiares estranharam, foram procurá-los no campo e constataram o desaparecimento. Passaram a tarde e a noite procurando os meninos em hospitais, delegacias e até no Instituto Médico Legal, sem sucesso. No dia seguinte eles registraram o caso na Polícia Civil, que iniciou as investigações.

A última imagem dos meninos mostra o trio caminhando juntos pela rua Malopia, no bairro Areia Branca, em Belford Roxo, no próprio dia 27. Essas imagens só foram localizadas em março - três meses após o desaparecimento deles, portanto.

Em janeiro, familiares das crianças levaram um homem à Polícia Civil e o acusaram de estar envolvido no desaparecimento. Mas os investigadores concluíram que o homem era inocente. Em maio, a polícia fez uma operação na favela do Castelar e prendeu 17 suspeitos, mas não foi divulgada nenhuma ligação entre as prisões e o caso do sumiço.

Em julho, um homem afirmou que os corpos das crianças haviam sido jogados em um rio, acondicionados em um saco preto. A polícia fez buscas e achou um saco com restos mortais, mas exames de DNA indicaram se tratar de animais e não das crianças.

Desde o início das investigações, uma das hipóteses era de que as crianças haviam sido mortas por traficantes do próprio bairro onde moravam, depois de furtar uma gaiola com passarinhos de um parente de um dos traficantes. Segundo Turnowski, essa linha de investigação se confirmou. "Os traficantes do Castelar mataram essas crianças autorizados pela cúpula da facção criminosa. O que a gente tem é que, quando pediu autorização para as chefias do tráfico que estavam presas para punir aquelas crianças, não foi falado que eram crianças", disse à TV Globo o secretário de Polícia Civil, Allan Turnowski.

O responsável pela morte teria sido Willer da Silva, conhecido como Estala, um dos chefes do tráfico na região do Castelar. Ele havia pedido autorização a chefes que estavam presos, sem dizer que as vítimas dos assassinatos eram três crianças. Por isso, depois do crime, Silva foi morto por traficantes do mesmo grupo no complexo da Penha, na zona norte do Rio.

O mandante dessa morte seria Wilton Carlos Rabello Quintanilha, o Abelha, que estava preso na penitenciária Vicente Piragibe, no complexo de Gericinó, em Bangu (zona oeste do Rio), e no dia 27 de julho conseguiu sair da prisão, mesmo tendo ordens de prisão em vigor, por um esquema de corrupção na secretaria estadual de Administração Penitenciária - em agosto o então secretário Raphael Montenegro foi exonerado e preso.

O inquérito sobre o desaparecimento das crianças ainda não foi concluído, mas deve ser nas próximas semanas, segundo a polícia.

Uma operação da Polícia Civil na baixada fluminense tenta cumprir 24 mandados de prisão contra traficantes que atuam no Complexo do Castelar, em Belford Roxo. Além do tráfico de drogas, o grupo criminoso é acusado de comandar um "tribunal do tráfico". A facção também é investigada pelo desaparecimento de três meninos, caso que completa cinco meses.

O sumiço dos garotos aconteceu em 27 de dezembro de 2020. Lucas Matheus, de 8 anos, Alexandre da Silva, de 10, e Fernando Henrique, de 11 anos, saíram de casa no fim da tarde para ir a uma feira, e nunca mais foram vistos.

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Segundo a Polícia Civil, além de possível envolvimento no desaparecimento dos meninos, o grupo criminoso teria torturado e expulsado um morador, sua companheira e seus quatro filhos, acusando falsamente a família pelo sumiço e prejudicando as investigações.

Cerca de 150 policiais atuam na operação.

Até às 8h30, dez pessoas já haviam sido presas.

Traficantes de seres humanos forçaram, na quarta-feira (3), dezenas de migrantes a pular no mar durante a travessia entre Djibouti e Iêmen, provocando a morte de pelo menos 20, anunciou nesta quinta (4) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

"Os sobreviventes acreditam que pelo menos 20 pessoas morreram. Cinco corpos foram encontrados" na costa de Djibouti, disse à AFP Yvonne Ndege, porta-voz da OIM para a África Oriental e o Chifre da África.

Os sobreviventes, que a OIM abrigou na cidade de Obock, no Djibouti, explicaram que pelo menos 200 migrantes embarcaram no navio, que deixou Djibouti na manhã de quarta-feira.

"Trinta minutos depois, os traficantes forçaram cerca de 80 pessoas a pular na água", disse a organização em um comunicado nesta quinta. Apenas cerca de 60 conseguiram voltar à costa, explicou Ndege.

"Estamos trabalhando com as autoridades de Djibouti para ajudar os migrantes, mas a tragédia de quarta-feira é mais uma prova de que os criminosos continuam a explorar pessoas dispostas a fazer qualquer coisa para melhorar suas condições de vida", acrescentou o chefe da OIM, Stéphanie Daviot, em Djibouti.

- 30 km -

O Estreito de Bab el Mandeb ("porta dos lamentos" em árabe) é o preferido pelos migrantes por causa de seu trajeto mais curto - 30 km - em relação ao resto do Golfo de Áden ou do Mar Vermelho.

Por outro lado, no Iêmen, que sofre uma guerra civil há seis anos, "milhares de migrantes estão bloqueados", diz a OIM, acrescentando que "muitos enfrentam perigos extremos, exploração e/ou abusos".

A organização afirma que as restrições nos deslocamentos devido à pandemia de covid-19 reduziram "drasticamente" as travessias: 37.500 pessoas passaram em 2020, contra cerca de 138.000 em 2019.

"Em janeiro de 2021, mais de 2.500 migrantes chegaram ao Iêmen do Djibouti e o medo é que, apesar das restrições estarem mais flexíveis, mais pessoas esperem para poder cruzar, o que aumenta as chances de futuras tragédias", continua a OIM.

Este é o terceiro incidente nos últimos seis meses, acrescenta a OIM. Em outubro, oito migrantes etíopes morreram em circunstâncias semelhantes e outros 12 desapareceram.

Eles faziam o caminho oposto, saindo do Iêmen para o Djibouti, após fracassarem em sua tentativa de chegar à Arábia Saudita devido aos fechamentos de fronteiras decretados por causa da pandemia de covid-19.

A Polícia Militar da Paraíba fez uma apreensão, na noite da última sexta (9), um tanto inusitada. Em batida realizada na comunidade Jardim Mangueira, em João Pessoa, os policiais encontraram saquinhos de maconha ilustrados com a foto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Na montagem afixada nos pacotes, o chefe de estado aparece segurando um baseado. 

Além dos saquinhos de maconha, a polícia apreendeu uma arma artesanal calibre 12 e munições não deflagradas. Segundo a PM, os traficantes conseguiram fugir do local e ninguém foi preso. Ao Jornal da Paraíba, o comandante da operação, capitão Bertuni Silva classificou o fato como “singular”. “Nunca vimos isso e não sei qual é a mensagem que eles querem passar com isso. Se é uma ironia, se aquela droga ali é diferente das demais por ter a foto do presidente da República, mas a Polícia Militar da Paraíba fez a sua parte. Agora, a gente espera que a Justiça faça a dela”.

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Divulgação

Essa não é a primeira vez que traficantes usam a imagem do presidente do Brasil para estampar pacotes de drogas. Em 2019, uma operação realizada em Mogi Morim, em São Paulo, apreendeu 37 saquinhos de maconha intituladas de ‘Bolso Bek’; já em junho deste ano, foram encontrados, no Rio de Janeiro, papelotes de cocaína com a imagem de Bolsonaro.  

Cinco pessoas foram indiciadas nesta sexta-feira (2) na cidade francesa de Lille por suspeita de terem organizado uma "importante rede" de migração clandestina, do norte da França à Inglaterra em barcos que cruzavam o Canal da Mancha, informou a promotoria.

Os suspeitos foram detidos na França nesta semana durante uma operação coordenada pela agência europeia de cooperação judicial Eurojust e a agência policial Europol.

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A rede é formada principalmente por iranianos que vivem na França, na Holanda e no Reino Unido, de acordo com a Eurojust.

Desde abril, os investigadores franceses "descobriram uma rede estruturada de contrabandistas que cuidavam de migrantes e lhes forneciam barcos semi-rígidos para a travessia marítima, colocando-os em perigo", disse a promotoria de Lille em um comunicado.

Na segunda-feira, com o apoio da Eurojust e da Europol, uma operação coordenada por autoridades judiciais e policiais francesas, inglesas, holandesas e belgas levou à prisão de três suspeitos no Reino Unido, dois na Holanda e sete na França.

A rede é suspeita de ter obtido grandes lucros com o tráfico de migrantes, cobrando uma média de 3.000 euros por pessoa pela travessia.

A polícia apreendeu 10 barcos infláveis, veículos, mais de 150 coletes salva-vidas e cerca de 48.000 euros em espécie, disse a Eurojust.

O crime organizado, que impõe ordens nas comunidades do Rio de Janeiro, estabeleceu toque de recolher e a suspensão de todos os bailes funks da Região Metropolitana do Estado. Desde à sexta-feira (20), as festas estão sendo canceladas para evitar aglomerações e garantir o cumprimento do isolamento domiciliar, recomendado pelo Ministério da Saúde para conter o surto do novo coronavírus no Brasil.

No Complexo do Chapadão, localizado na Zona Norte, os traficantes emitiram o aviso nas redes sociais. "A diretoria resolveu suspender a realização dos nossos bailes pelo motivo que todos já sabem, essa praga desse vírus vem se espalhando pela cidade e essa parada é muito séria. Enquanto não tivermos tranquilidade, o nosso baile estará suspenso", informa a publicação.

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Também há registro do cancelamento de eventos no Morro da Mineira, no Centro do Rio, na favela Furquim Mendes e na Vila do João, localizados na Zona Norte; no Jardim Catarina, em São Gonçalo, e no B13, em Caxias. De acordo com informações, os criminosos também estariam impondo o toque de recolher às 20h para moradores e comerciantes.

Na a Cidade de Deus, primeira comunidade carioca com caso confirmado, um alto-falante percorreu as ruas para fazer o alerta. "Venho aqui a pedido da diretoria das áreas 15, 13, AP e Karatê. Iremos fazer toque de recolher porque ninguém está levando a sério. Quem estiver na rua de sacanagem ou batendo perna vai receber um corretivo e vai ficar de exemplo. É melhor ficar em casa de molho. O recado já foi dado", dizia a gravação.

No anúncio de cancelamento do baile da Palmeirinha, em Duque de Caxias, as atrações aparecem com máscaras cirúrgicas. Em Acari, os criminosos também adotaram a prevenção. "Devido a atual situação dessa pandemia de coronavírus em toda a região, não terá evento neste sábado. Pedimos a colaboração de todos: evitar aglomerações, som altos e bares. Grato, a diretoria agradece", pontua o post.

Na Vila Aliança, na Zona Oeste, traficantes estariam ameaçando os comerciantes que tentaram lucrar com a pandemia. "Não aceitaremos preços abusivos em nossa comunidade. Vocês sempre dependeram dos nossos moradores. Hoje, eles dependem de vocês", afirma um aviso que circulou pelas redes sociais, assinado pela "gestão inteligente".

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Um confronto entre policiais militares e integrantes de uma facção criminosa na madrugada desta quarta-feira (30) resultou na morte de 17 traficantes na zona sul de Manaus, que se preparavam para enfrentar um grupo rival. Segundo o comandante-geral da Polícia Militar (PM), coronel Ayrton Norte, a operação foi bem-sucedida. Nenhum policial ficou ferido.

“Até o momento, a informação que temos é de que eles [traficantes] tentavam entrar na área com um caminhão-baú com aproximadamente 50 homens. A Rocam [Rondas Ostensivas Cândido Mariano] recebeu telefonema e mensagens anônimas [informando sobre a movimentação dos criminosos] e, com o subsídio de informações obtidas com populares das adjacências,  surpreendemos os bandidos na área, onde já tínhamos um trabalho de inteligência sendo feito”, disse o comandante-geral.

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Segundo ele, uma primeira troca de tiros foi feita na chegada da Força Tática ao local. Pouco depois, viaturas da Rocam chegaram para dar apoio especializado. O confronto terminou pouco antes das 3h da madrugada.

“Recebemos as informações por meio do disque-denúncia da Rocam. Isso nos ajudou muito. As denúncias foram muito importantes para chegarmos nos meliantes que estavam ali. Apreendemos 17 armas e uma grande quantidade de munição. Eles estavam preparados para um enfrentamento. Eles quiseram entrar no confronto, mas nós saímos vitoriosos”, disse o coronel.

Segundo ele, o local é um beco onde tem ocorrido enfrentamentos. “Eles estavam em uma posição mais vantajosa e abrigados, mas com nosso tirocínio, técnica e preparo profissional, nossos policiais chegaram de maneira precisa e, durante os três confrontos, saímos vitoriosos, sem nenhum policial ferido”, finalizou.

A Bélgica é uma importante rota de trânsito para migrantes e redes de traficantes que buscam aproveitar a proximidade do Reino Unido, como demonstra a recente descoberta de 39 pessoas mortas em um caminhão, em área industrial a leste de Londres.

A promotoria belga logo iniciou uma investigação, paralelamente às investigações britânicas.

Embora o contêiner acoplado ao caminhão tenha viajado em uma balsa que partiu do porto belga de Zeebrugge, na tarde de terça-feira (22), ninguém prova "por enquanto", segundo a promotoria, que as vítimas estavam à bordo na Bélgica. A polícia britânica anunciou que eram de nacionalidade chinesa.

"A investigação determinará desde quando estão mortos. É possível que o contêiner tenha atravessado o Canal da Mancha com os migrantes já mortos a bordo", afirmou à AFP François Gemenne, especialista em migração.

A rota usada mostra que a Bélgica, devido à sua localização geográfica a cem quilômetros da costa inglesa, é um eixo privilegiado para chegar ao Reino Unido.

Atualmente, em solo belga, há entre 800 e 1.000 migrantes aguardando uma solução para atravessar o Canal da Mancha através de Zeebrugge ou nos portos franceses próximos à fronteira belga.

Esse número se mantém estável há três anos, quando a Bélgica sentiu as consequências do desmantelamento de um gigantesco campo improvisado que recebeu mais de 8.000 pessoas em Calais (norte da França).

Os migrantes e, seguindo seu rastro, os traficantes que administram suas viagens, retiraram-se em parte para a Bélgica.

"Existe um triângulo Paris-Bruxelas-Calais no qual os migrantes se deslocam", afirma Mehdi Kassou, que atua junto a uma rede de cidadãos que abrigam migrantes em situação irregular, geralmente do Sudão, Eritreia e Etiópia.

Segundo Kassou, "se há uma evacuação de um acampamento na França, como aconteceu recentemente em Grande-Synthe, entre 70 e 80 pessoas tentam nos dias seguintes chegar a Bruxelas ou Paris para encontrar ajuda".

- "Ninguém reivindica a mercadoria" -

Gemenne, cientista político da Universidade de Liège, explica que as operações policiais determinam atualmente "as rotas migratórias".

Na Bélgica, a vigilância policial foi reforçada em estacionamentos de auto-estradas, onde estacionam caminhões a caminho do Reino Unido, nos quais migrantes tentam se esconder durante a noite.

Isso levou os traficantes a adaptarem seus métodos. Uma rede desmontada no final de setembro organizou, por exemplo, travessias clandestinas da Albânia a partir de sua base, localizada em um hotel em Gante (noroeste) e com a cumplicidade de vários motoristas de caminhão.

Precisa-se de mais meios para combater o tráfico de seres humanos? Para os especialistas consultados pela AFP, a velocidade com que os políticos acusam essas redes quando ocorre um drama oculta sua incapacidade de alcançar "soluções duradouras" para esse problema conjuntural.

O regulamento de Dublin confia aos países por onde os migrantes entram na Europa, especialmente através da Grécia, Itália e Espanha, o gerenciamento de suas solicitações de asilo, mas o bloco tenta há anos, sem sucesso, reformar essa política de asilo.

"Estamos presos em uma situação que inevitavelmente leva pessoas à morte ou aos braços de traficantes que as levarão à morte", estima Kassou.

Para Gemenne, "enquanto a Inglaterra continuar sendo um destino atraente, como ocorre há muito tempo e continuará ocorrendo sem dúvida, mesmo após o Brexit, haverá migrantes que absolutamente desejarão atravessar essa fronteira".

Gemenne sugere negociar com Londres para estabelecer "talvez uma cota anual [de migrantes] ou, em qualquer caso, rotas legais e seguras" de trânsito.

"Os traficantes não dão a mínima para o destino dos migrantes", acrescenta o cientista político, para quem "a característica sórdida desse tráfico é que, se a mercadoria é perdida, ninguém a reivindica".

Uma organização criminosa que atuava no tráfico internacional de drogas, com ramificação no centro internacional de encomendas dos Correios, em Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, no Paraná, é alvo da Operação Holanda, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta quarta-feira (9). Entre os investigados estão dois ex-funcionários de carreira dos Correios e três ex-funcionários terceirizados.

A operação de hoje, que conta com o apoio da Gerência de Segurança Operacional dos Correios, é um desdobramento da Operação Hexa, deflagrada em 28 de fevereiro deste ano.

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Segundo a PF, após a análise de material apreendido naquela ocasião, identificou-se que o grupo criminoso tinha efetivo foco no desvio, apropriação e venda de drogas sintéticas oriundas de diversas cidades da Holanda ao Brasil no momento da triagem junto ao centro internacional da empresa, por onde passam todas as encomendas postais internacionais com até 2 quilos que chegam ao Brasil.

“A suspeita é de que a apropriação ilícita dos entorpecentes ocorria na própria estação de trabalho dos investigados, que identificavam a origem e características dos objetos postais. Se contivessem droga sintética, os pacotes eram interceptados e subtraídos para posterior venda”

Os policiais federais cumprem desde as primeiras horas de hoje sete mandados de busca e apreensão (cinco em Curitiba e dois em Piraquara, no Paraná) para a coleta de evidências que possam estar relacionadas aos fatos investigados e seus possíveis autores. Os mandados foram expedidos pela 9ª Vara Federal de Curitiba.

Na primeira fase da operação, foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão e três mandados de prisão temporária que foram convertidas em prisão preventiva, pela prática de peculato e associação criminosa.

Um trio de traficantes se salvou de um naufrágio ao se agarrar em pacotes de cocaína. Eles transportavam 1,2 tonelada da droga quando naufragaram e precisaram utilizar a droga como boia, a cerca de 55 km da costa de Tumaco, na Colômbia.

Segundo a rádio RCN, eles permaneceram agarrados à droga até a chegada da Guarda Costeira. Um dos homens que seguia na embarcação segue desaparecido. As buscas continuam para achá-lo e descobrir para onde a droga seguiria.

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Os registros de intolerância religiosa são comuns Brasil afora, mas no Rio têm uma característica particular: passaram a envolver traficantes e evangélicos. Após ataques a terreiros de umbanda e candomblé na Baixada Fluminense, a polícia identificou o mandante e, na semana passada, prendeu oito traficantes acusados de integrar seu grupo, o chamado Bonde de Jesus.

Segundo a polícia, o mandante é Álvaro Malaquias Santa Rosa, o Peixão, do Terceiro Comando Puro (TCP), um dos criadores do Bonde de Jesus, vertente inédita da intolerância religiosa no Estado. Estima-se que existam hoje 200 terreiros sob ameaça. Os casos são investigados pela Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), criada em 2018.

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Investigações apontam que a peculiar relação entre religiosos e criminosos aconteceu depois que a cúpula do TCP foi convertida por uma igreja neopentecostal. Há informações, ainda não confirmadas, de que Peixão teria sido ordenado pastor. Trata-se de uma característica específica dessa facção, não sendo reproduzida nem pelos demais grupos de traficantes nem por milicianos.

"A situação de intolerância sempre existiu, mas tivemos uma piora quando indivíduos ligados à cúpula de uma facção resolveram se converter", afirma o delegado da Decradi, Gilbert Stivanello. "Eles distorcem a doutrina religiosa e agridem outras religiões, sobretudo as de matriz africana." As principais lideranças evangélicas do Rio condenam os ataques.

Conversão. Um dos primeiros a se converter foi Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, há cerca de quatro anos. Ele era o chefe do tráfico no Morro do Dendê, Ilha do Governador, até ser morto pela polícia em junho. Outros, como Peixão, se converteram depois.

"Alguns deles se converteram dentro do presídio", diz Stivanello. "Eles viveram uma experiência distorcida da conversão, se tornando ‘bandido de Jesus’, como se isso fosse um ato de fé. Se pararmos para pensar, não é muito diferente do terrorismo islâmico. É difícil mesmo entender a lógica", afirma.

Coordenadora do Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro Brasileira, Célia Gonçalves Souza diz que o problema da intolerância é nacional, mas que, de fato, vem ganhando contornos específicos no Rio, sobretudo pela penetração de evangélicos no sistema carcerário. "No Rio, esse problema é muito escancarado e o narcopentecostalismo só tende a crescer. E passa pela questão das penitenciárias, onde há uma entrada muito grande dos neopentecostais."

Na Baixada Fluminense, traficantes passaram a ditar regras dos terreiros, como horários das cerimônias e uso de fogos de artifício e fogueiras. Eles também proíbem as pessoas de andarem com roupas brancas ou de santo nas ruas. As invasões a terreiros são cada vez mais frequentes, com destruição de oferendas e imagens sagradas.

Há uma semana, o terreiro Ilê Axé de Bate Folha, em Duque de Caxias, foi invadido por traficantes - no 10.º caso da região. Eles quebraram todas as imagens e oferendas e ameaçaram de morte a mãe de santo, que está fora do Estado, na casa de parentes.

"O ataque aconteceu num sábado de casa cheia. Eles entraram com violência, mandando todo mundo sair e quebrando tudo", contou uma testemunha. "O terreiro está fechado. Tiramos tudo de lá e não aconselhamos ninguém a voltar." Segundo a mesma testemunha, outros religiosos fecharam os terreiros e se mudaram.

"Qualquer ataque com contornos de destruição do sagrado tem caráter de racismo religioso", diz a defensora Livia Cásseres, do núcleo contra a desigualdade racial da Defensoria Pública. "À violência que já existe contra essas religiões - que têm uma série de direitos negados -, se soma agora a do varejo de drogas. Mas a violência contra elas é permanente desde a época colonial." Por isso, para Livia, a solução passa por diferentes esferas.

Alerta. A gravidade da situação fez com que, em julho, fosse realizada uma reunião com membros da umbanda e do candomblé, lideranças evangélicas, e representantes da Polícia Civil, do Ministério Público e da Defensoria Pública.

O pastor Marcos Amaral, da Comissão Contra a Intolerância Religiosa, destaca que a denominação "evangélicos" abrange um segmento grande de religiosos, com posicionamentos diferenciados. Já o pastor Neil Barreto, da Igreja Batista Betânia, afirma que "a intolerância é o ápice da ignorância". "E a única solução para a ignorância que produz intolerância é a educação. Precisamos de uma campanha de educação e conscientização em todas as comunidades de fé."

Três perguntas para Ivanir dos Santos, Babalaô

O babalaô Ivanir dos Santos recebeu no mês passado, em Washington, o Prêmio Internacional de Liberdade Religiosa entregue pelo Departamento de Estado dos Estados Unidos. Santos é coordenador da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa e organizador da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa, que é realizada há 12 anos, em Copacabana, no Rio.

1. Como foi receber esse prêmio internacional em um momento em que aumentam os ataques a terreiros, em especial no Rio?

Esse prêmio, na verdade, vem reconhecer e legitimar a luta pela causa da liberdade religiosa, contra o racismo, de respeito aos direitos humanos. Estamos passando por um momento muito difícil. E não tem como pensar em intolerância sem pensar em racismo e preconceito contra grupos minoritários.

2. As religiões de matriz africana sempre foram alvo de preconceito. O que mudou agora?

Sim, secularmente, elas sempre foram perseguidas: na Colônia e no Império, pela Igreja Católica; na República, pelo Estado; e nos últimos 30 anos, por grupos neopentecostais e, mais recentemente, por traficantes evangelizados. São traficantes que se dizem evangélicos.

3. Existe uma vertente racista nesse preconceito?

Sim. No Brasil temos um preconceito disseminado na sociedade, virou um comportamento social baseado, fundamentalmente, no racismo. As tradições de origem africana sofrem preconceito. O mesmo pensamento se reflete também no samba, na capoeira, na congada. Manifestações culturais de identidade africana são frequentemente relacionadas ao demônio.

Quatro pessoas morreram e 13 ficaram feridas após um tiroteio em um bar localizado em Belford Roxo, no Rio de Janeiro. Um vídeo foi feito durante a chacina, ocorrida nesse sábado (29).

Nas imagens, enquanto um grupo musical se apresenta, um homem encapuzado entra no estabelecimento e efetua vários disparos contra os clientes. A polícia investiga o caso e acredita que o crime tenha relação com a disputa entre traficantes e milicianos.

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Duas mulheres e dois homens foram assassinados. São eles: o músico Jorge Vitor, que se apresentava; Luiz Gustavo Nascimento, Fabrine Marques e Elaine Menezes.

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O governador do Estado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, provocou polêmica ao sugerir que traficantes armados que atuam em comunidades cariocas poderiam ser explodidos com um míssil. As declarações de Witzel foram feitas durante um discurso nesta sexta-feira, 14, na Câmara Municipal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, em referência às imagens de criminosos armados na Cidade de Deus, na zona oeste do Rio.

"A nossa Polícia Militar não quer matar, mas não podemos permitir cenas como aquela que nós vimos na Cidade de Deus. Se fosse com autorização da ONU, em outros lugares do mundo, nós teríamos autorização para mandar um míssil naquele local e explodir aquelas pessoas", discursou Witzel.

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A deputada estadual Renata Souza (PSOL/RJ), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), divulgou nota de repúdio sobre as declarações do governador.

"Segurança pública se faz com estratégia, prevenção e inteligência, não com mísseis e execuções sumárias. A declaração do governador revela uma mentalidade autoritária e violenta que expressa, no fundo, o seu preconceito e total desprezo com a vida dos pobres que moram nas favelas do Rio de Janeiro. Além disso, é claro, uma tentativa de deslegitimar e menosprezar uma importante instituição internacional como a ONU", escreveu Renata Souza, em nota.

O Parque Görlitzer é um ponto de encontro popular no sul de Berlim, onde crianças e cãezinhos costumam passear tranquilamente nas tardes de domingo. Mas, nos últimos anos, a área tem atraído cada vez mais traficantes. Como a polícia não consegue resolver o problema, o diretor do parque, Cengiz Demirci, tomou uma decisão radical: pintou o chão com uma linha rosa para determinar onde as drogas podem ser vendidas.

Demirci diz que as linhas servem para que os visitantes não se sintam intimidados pelos traficantes, que normalmente operam em gangues na entrada do parque. "A medida é puramente prática", disse o diretor esta semana a uma rádio local. "Não estamos legalizando a venda de drogas."

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No entanto, policiais e autoridades da Alemanha se irritaram com a decisão. Marlene Mortler, czar antidrogas da chanceler Angela Merkel, disse nesta quinta-feira, 9, que a linha rosa dá aos traficantes "uma licença para o crime". Andreas Geisel, que comanda a segurança de Berlim, garantiu que a cidade não adotará a ideia. "A polícia seguirá atuando contra o narcotráfico, inclusive no Parque Görlitzer."

O sindicato dos policiais (GdP) também reclamou. "Para limpar o parque das drogas e da criminalidade é preciso pressão permanente por parte da polícia, determinação da Justiça e apoio político", disse o porta-voz do GdP, Benjamin Jendro.

As últimas administrações de Berlim vêm reafirmando a mesma política de "tolerância zero" com o narcotráfico, especialmente no Parque Görlitzer. Mas os moradores até agora não viram resultado nenhum. E dificilmente verão. Segundo a imprensa local, até os traficantes reclamaram da linha rosa e disseram que não respeitarão a medida de jeito nenhum. (Com agências internacionais)

A União Europeia concordou nesta quarta-feira (27) em estender a operação contra contrabandistas de migrantes no Mediterrâneo, Sophia, até setembro, mas suspendeu a participação dos barcos, restringindo a apenas a patrulhas aéreas em função do governo italiano.

"Os países decidiram prorrogar o mandato da Operação Sophia por seis meses", disse uma autoridade europeia à AFP, depois de vários dias de discussões entre embaixadores europeus sobre uma operação que expirou em 31 de março.

Os 28 também concordaram em suspender temporariamente a mobilização de embarcações, enquanto "continuam trabalhando em uma solução relacionada ao desembarque de migrantes resgatados no mar", disse a fonte.

A decisão de renovar a Operação Sophia deveria ser tomada por unanimidade na UE. No final de 2018 e dada a impossibilidade de chegar a um consenso, os 28 decidiram prorrogar o atual mandato até 31 de março.

A posição da Itália foi o principal obstáculo. O governo de coalizão, de extremistas de direita e antissistema, se recusa a continuar sendo o único país de desembarque dos migrantes resgatados pelos navios dessa operação.

Com essa decisão, a Itália consegue impedir a utilização de embarcações, mas os europeus conseguem estender a operação por mais seis meses, o que continuará mobilizando as patrulhas aéreas para controlar o Mediterrâneo Central.

O Conselho da UE, que reúne os ministros do bloco, ainda deve formalizar esse acordo, ao qual as capitais europeias já deram sua aprovação.

Desde o seu lançamento em 2015, após o naufrágio de um barco com migrantes, a missão que nasceu com o objetivo de lutar contra contrabandistas de migrantes deteve cerca de 150 indivíduos, e também resgatou 45.000 pessoas.

Ao longo dos anos, os europeus acrescentaram novas funções a essa missão, que também treina a Guarda Costeira da Líbia e controla a aplicação do embargo de armas imposto pela ONU à Líbia e ao comércio ilegal de petróleo.

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