Real fraco e combustível caro ameaçam retomada da aviação

Segundo a ABEAR, os dois fatores vem “pressionando os preços das passagens aéreas”

por Pedro Oliveira sex, 15/10/2021 - 11:46
Henk Sijgers/Flickr Avião no hangar de aeroporto Henk Sijgers/Flickr

A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (ABEAR) fez, nessa quinta (14), um alerta para a escalada do preço do querosene de aviação (QAV), que registrou alta de 91,7% no segundo trimestre deste ano, em relação a igual período do ano passado, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC).

Segundo a ABEAR, também preocupam os sucessivos recordes de cotação do dólar em relação ao real. Para a associação, os dois fatores ameaçam a retomada mais consistente da aviação comercial brasileira e vêm “pressionando os preços das passagens aéreas”.

Preços das passagens

O levantamento mais recente da ANAC mostra que a tarifa média aérea doméstica real do segundo trimestre de 2021 registrou queda de 19,98% em comparação com o mesmo trimestre de 2019, período prévio aos impactos da pandemia da Covid-19. O preço médio do bilhete foi de R$ 388,95, ante R$ 486,10.

A ABEAR destaca que qualquer comparação de preços de bilhetes tendo como referência o ano de 2020 leva em consideração os menores valores históricos por causa do impacto da pandemia.

De acordo com a associação, a tarifa aérea doméstica do ano passado se situou em R$ 376,29, o “menor preço em 20 anos”.

Querosene

Segundo pesquisa da ABEAR, no primeiro semestre de 2021, o preço médio do querosene de aviação na bomba, no Brasil, foi 24,6% superior do que nos Estados Unidos.

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