CE: frigoríficos já vendem ossos de 1ª e 2ª na periferia
Usados como ingredientes para enriquecer o preparo de sopas e caldos, os ossos passaram a ser o produto principal das refeições
A carne se tornou um artigo de luxo no prato do brasileiro, que mudou os hábitos de consumo para não retirar de vez a proteína animal do prato. Pela alta procura de miúdos e ossadas, frigoríficos de Fortaleza, no Ceará, já comercializam ossos de primeira e de segunda. As informações são do Diário do Nordeste.
Usado como ingrediente para enriquecer o preparo de sopas e caldos, os ossos passaram a ser o produto principal das refeições.
A publicação observou que a distinção das opções de osso se dá pela quantidade de carne presente. Enquanto a de primeira varia em torno de R$ 9 o quilo, a de segunda é encontrada em média por R$ 5, na periferia.
Além da nova especificação na hora da compra, os consumidores reclamam no custo das partes que antes eram vendidas por R$ 3 o quilo, ou eram doadas, quando não descartadas.
Os cortes traseiros bovinos já nem são tão vistos nas sacolas, enquanto os cortes dianteiros seguiram a disparada junto com o frango. Um levantamento da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) aponta que 2020 foi ano que o brasileiro comeu menos carne desde 2008.
A disputa por miúdos, pés, asas, pescoço e até carcaças obriga os clientes a encomendar no dia anterior para garantir os produtos à mesa. Além de correr para embutidos como salsicha e mortadela, o estudo da Abiec também indica que o consumo de ovo atingiu o recorde dos últimos 10 anos com 251 unidades por pessoa.