Após alta de até 60%, combustíveis devem manter preços
Os aumentos acompanharam o preço do petróleo no mercado internacional, que em um ano de instabilidade subiu cerca de 40%, alavancado pela recuperação da economia global com a evolução da vacinação contra o Covid-19
O diesel foi o combustível fóssil que mais subiu no ano passado, 46,8% na comparação com 2020, segundo o Levantamento de Preços de Combustíveis da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e de Biocombustíveis (ANP). O segundo maior aumento foi da gasolina (46,5%), seguida do Gás Natural Veicular (40,1%) e gás de cozinha (35,8%).
Os aumentos acompanharam o preço do petróleo no mercado internacional, que em um ano de instabilidade subiu cerca de 40%, alavancado pela recuperação da economia global com a evolução da vacinação contra o Covid-19.
O etanol também disparou no mercado interno, com os produtores priorizando a produção de açúcar, em alta no mercado mundial, reduzindo a oferta nacional. Segundo a ANP, nos postos de abastecimento o etanol subiu 60% no ano passado.
De maneira geral, combustíveis e energia elétrica foram os grandes vilões da inflação de 2021, que deve fechar o ano acima dos 10%, segundo analistas do mercado. O cenário, porém, não deve se repetir neste ano, na avaliação do coordenador dos índices de preços da Fundação Getúlio Vargas (FGV), André Braz, apesar de o petróleo estar retornando para as máximas do ano passado, em torno dos US$ 80 por barril do tipo Brent.
"Ano passado teve desvalorização cambial grande e aumento do preço em dólar do petróleo, houve desmobilização da cadeia produtiva, o que está sendo retomado este ano", disse Braz.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.